PSB e governo acreditam em reaproximação entre Ciro e Dilma
da Sucursal de Brasília
Na semana passada, antes de suas entrevistas com alfinetadas no presidente Lula e elogios ao tucano José Serra, Ciro prometeu ao seu partido que, tomada a decisão de apoiar a candidata petista, ele iria dar uma "mergulhada" e, depois, faria questão de receber Dilma no Ceará para declarar seu apoio a ela.
Na conversa com a cúpula de seu partido, Ciro disse que iria precisar de um tempo para descansar e se dedicar à mulher, filhos e mãe. Passada essa fase, ele sentaria com o comando de campanha da ex-ministra para acertar uma data para ser recebida no Ceará.
"Não dá para achar que de um minuto para o outro ele vai largar o palanque dele e subir no da Dilma. Temos que dar um tempo", disse o secretário-geral do PSB, Renato Casagrande (ES). "Não esperamos uma imediata adesão, mas creio que ele agirá como um soldado do partido", completou o vice-presidente da legenda, Roberto Amaral.
Agora, aliados do presidente Lula avaliam que é preciso dar um tempo a Ciro, para depois iniciar negociações com ele. Os governistas acreditam que o deputado cearense tem interesse em se aproximar da candidatura de Dilma, mas que em troca irá pedir apoio a candidatos seus nos Estados, principalmente no Ceará.
Seguindo o cronograma traçado na semana passada, hoje, dirigentes do PSB recebem dos diretórios estaduais respostas sobre a política de alianças. Também devem receber de Fernando Pimentel, um dos coordenadores da campanha de Dilma, respostas aos pedidos feitos pelo PSB sobre apoio do PT em alguns Estados.
"Isso não será uma condicionante [para o apoio à candidatura de Dilma], mas vai refletir no entusiasmo que ingressaremos nesse ou naquele lado", disse Amaral.
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