Tucanos investem sobre políticos de partidos aliados ao PT; petistas tentam reforçar presença de Lula ao lado da candidata
BRASÍLIA - O afastamento de candidatos de cargos públicos no início do mês, por exigência da lei eleitoral, deu novo ritmo à disputa presidencial e, três semanas depois, já começa a alterar, por motivos distintos, as estratégias de campanha do PT e do PSDB. Sem os holofotes do governo e a companhia permanente do presidente Lula, a candidata do PT, Dilma Rousseff, acabou expondo sua falta de experiência política, trombou com aliados e estacionou nas pesquisas de opinião, interrompendo uma trajetória de crescimento. Já o PSDB, depois de viver meses de indefinição, conseguiu reequilibrar o jogo da sucessão ao lançar oficialmente a candidatura de José Serra à Presidência. É o que informa a reportagem de Adriana Vasconcelos e Gerson Camarotti,publicada na edição do GLOBO deste domingo.
Os tucanos planejam aproveitar a recuperação de Serra registrada nas últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas por Datafolha e Ibope, que lhe garantem vantagem de até dez pontos percentuais, para investir nos aliados da candidata petista. O PP, por exemplo, seria uma das legendas mais sensíveis às oscilações dos candidatos nas pesquisas. É sintomático o grande número de deputados da legenda que foi visto no gabinete do presidente nacional PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), nas últimas semanas.
Já a coordenação de campanha de Dilma pensa em mudanças para evitar a estagnação nas pesquisas. Uma nova ofensiva pretende colar novamente a imagem da Dilma à de Lula. Os dois estarão juntos em 1° de Maio, Dia do Trabalho, em evento com sindicatos em São Paulo. O partido também deve aproveitar o programa do PT, em maio, para lembrar ao eleitor que Dilma é a candidata de Lula.
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