Dilma Rousseff e Marina Silva elogiam alta dos juros. José Serra critica
RIBEIRÃO PRETO - Os principais pré-candidatos à presidência da República divergiram sobre a alta dos juros básicos do país. A ex-ministra Dilma Rousseff usou a alta da taxa Selic para atacar os tucanos. Em visita à Feira Internacional de Tecnologia Agrícola (Agrishow), feira de equipamentos e máquinas agrícolas de Ribeirão Preto, a pré-candidata do PT à Presidência da República afirmou que a decisão do Copom de elevar a taxa de juros de 8,75% para 9,5% foi uma medida para manter a estabilidade e controlar a inflação e que não considerou o ano eleitoral, o que seria uma contraposição ao que a ex-ministra chamou de "malabarismos" do passado.
- Ninguém vai fazer malabarismos para vencer a eleição, como se fazia no passado. O Brasil está maduro. Diante do momento eleitoral, é preciso agir com coragem e transparência - disse Dilma, sem explicar quais seriam os malabarismos que teriam sido feitos pelos tucanos no passado.
Já o tucano José Serra, pré-candidato do PSDB à presidência da República, criticou a alta dos juros.
- Essa é uma medida (a elevação da taxa de juros determinada ontem pelo Copom) contra a ameaça da inflação, que é real. É uma medida dolorosa para a agricultura. O que eu me pergunto é por que entra governo, sai governo, o Brasil tem a maior taxa de juros do mundo. É uma questão que eu vou me debruçar se for eleito presidente da República. Por que o Brasil tem que ter a mais alta taxa de juros do mundo? Teve no governo passado, tem neste governo e assim por diante mais - disse Serra ao participar da Agrishow, em Ribeirão Preto.
Já a pré-candidata pelo Partido Verde, senadora licenciada Marina Silva, elogiou nesta quinta-feira, em Curitiba, a decisão do Copom de elevar em 0,75% a taxa dos juros.
- A decisão foi correta em função de que está se fazendo um esforço muito grande para o controle da inflação. Obviamente que vamos trabalhar com o tripé que vem até agora dando conta dos desafios econômicos com Brasil: meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante - defendeu Marina.
A declaração da senadora causou desgosto durante encontro com empresários, que entregaram à pré-candidata um manifesto com as principais reivindicações.
A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff também disse que não será complacente com a inflação.
- Você não pode ter inflação, mas estabilidade de preços. E isso significa que nós não vamos ser complacentes com a inflação em momento nenhum. Esse compromisso é o meu também - afirmou Dilma em entrevista durante na Agrishow, a qual foi reproduzida por seu portal de campanha.
Segundo a ex-ministra, a taxa de juros, que passou para 9,5%, não vai prejudicar o nível de crescimento da economia brasileira.
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