De olho na vice, PP prioriza alianças estaduais com PSDB
Assediado pelo PSDB, que busca atrair mais apoio e tempo de televisão para a chapa de José Serra à corrida presidencial, o Partido Progressista (PP) tem procurado fechar o maior número de alianças para os governos estaduais com os tucanos e deixado de lado o PT, que alçou a legenda ao primeiro escalão do governo federal com o Ministério das Cidades.
Nos principais Estados, a preferência pelos tucanos é justificada como maior chance de integrar um eventual governo encabeçado pelo PSDB. Além de, segundo dirigentes, o PP não ter garantia de manter o Ministério das Cidades em um governo coordenado por Dilma Rousseff, o partido teme que o peso político do PMDB como aliado de primeira hora da petista desequilibre o conjunto de forças e esvazie o prestígio das demais agremiações.
A começar pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), cortejado para ser vice de Serra por, pelo parentesco que tem com Aécio Neves, poder colar a imagem do mineiro à do ex-governador de São Paulo, os pepistas pretendem integrar de imediato a chapa de Antonio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas. O apoio do PP ao PSDB contempla ainda Teotonio Vilella em Alagoas, Wilson Santos no Mato Grosso, Marconi Perillo em Goiás e Siqueira Campos em Tocantins. Para os petistas, garantidas mesmo apenas as coligações do PP na Bahia, com o projeto de reeleição de Jaques Wagner, no Mato Grosso do Sul, com Zeca do PT, e no Acre, com Tião Viana.
Existem também entre os políticos pepistas pré-candidaturas próprias, como a do deputado Celso Russomanno em São Paulo, situação que tende a ser dissolvida no caso de uma formalização de Francisco Dornelles como vice na chapa de Serra. O deputado Neudo Campos, por sua vez, tem candidatura solo em Roraima, mas pode abandonar a disputa pelo desgaste de ter sido condenado recentemente pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por desvio de verba pública na obra do Anel Viário, em Boa Vista.
O PP, que promove mais uma reunião da Executiva Nacional nesta quarta-feira (28), busca resolver indefinições sobre apoio do partido, por exemplo, no Piauí, no Distrito Federal e no Amazonas.
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