Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

quarta-feira, 31 de março de 2010

Serra inicia campanha


Fora do governo, Serra cuida de palanques, da vaga de vice e percorre o país

31/03 - 11:54 - Marcelo Diego, iG São Paulo

O tucano José Serra deverá percorrer o país dando entrevistas, palestras e cuidando da montagem de um palanque nacional para sua candidatura e da escolha do seu vice. Esse é o roteiro armado pelo PSDB para tentar manter o seu pré-candidato em evidência até a convenção partidária e o início oficial da campanha eleitoral, em junho.

Serra faz um balanço de sua gestão à frente do Estado de São Paulo desde 2007 na tarde desta quarta-feira, às 15h. O governador fará um discurso de exaltação ao próprio governo para mais de quatro mil convidados e deverá dar um tom emotivo.
O primeiro grande ato dos tucanos será no dia 10 de abril, em Brasília, quando ele será apresentado ao partido como pré-candidato à Presidência. No dia 15 está previsto ato em São Paulo para o lançamento da pré-candidatura de Geraldo Alckmin ao governo estadual, quando deverá ser ressaltada a política de continuidade e as marcas da gestão de Serra.
Há ainda uma programação de inaugurações do governo de São Paulo. Até 2 de julho, Serra pode participar das inaugurações mesmo fora do posto (ele deve oficializar a renúncia na sexta-feira).  Em todos os eventos, será ressaltada a marca de que “quem fez pelo Estado, poderá fazer pelo País”. Estão previstas inaugurações de novas linhas da expansão do Metrô, unidades de saúde e escolas técnicas.
Serra deixa governo de SP para se candidatar à Presidência
Serra deixa governo de SP para se candidatar à Presidência
Nacionalização
Mas a proposta é que o tucano saia de São Paulo, nacionalize seu discurso. Estão sendo agendadas visitas políticas para todos os Estados. Será estabelecido um comando da pré-campanha em São Paulo e deverá haver outro em Brasília.
O PSDB contabiliza que terá palanque próprio em 15 Estados _e candidatos da coligação, que replicariam o apoio a Serra, em 24 dos 27 Estados.
O problema está focado neste instante em montar palanques competitivos no Ceará, no Amazonas e no Distrito Federal. No primeiro, os tucanos tentavam convencer o senador Tasso Jereissati a sair como candidato a governador, mas ele mostra mais inclinação a tentar se eleger para mais oito anos no Senado. No Amazonas, o senador Arthur Virgilio disse, em entrevista ao iG, que sua decisão de sair candidato a reeleição era irrevogável. No Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC) negocia uma aproximação com o PSDB, depois da crise que assolou o governo de José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).
Além disso, é preciso compatibilizar e achar espaço para aliados em outros Estados. Como no Rio de Janeiro, Estado em que estava sendo montada uma coligação DEM-PPS-PSDB, que poderia sustentar a candidatura de Fernando Gabeira (PV) ao governo. A postulação de Cesar Maia (DEM) ao Senado, porém, pode implodir a consolidação desse palanque.
Vice
Serra também começa, junto com o partido, a tentar escolher um nome para sua vaga de vice. A hipótese de Aécio Neves (MG) integrar a composição não está 100% descartada pelos tucanos, mas é tida como muito improvável.
O DEM reivindicou a vaga. O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que a hipótese de o PSDB ocupar as duas vagas da chapa presidencial seria considerada se o vice fosse Aécio, mas, pela improbabilidade disso ocorrer, não tem dúvida de que o DEM deverá fazer o vice na chapa de Serra.
Os nomes cotados pelo partido são o da senadora Kátia Abreu (TO) e do deputado José Carlos Aleluia (BA). Dentro do PSDB, discute-se a hipótese de a senadora Marisa Serrano (MS) ser apontada como vice. Os tucanos acreditam que uma mulher na chapa poderia ser um bom contraponto à imagem de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência.
Serra deverá ainda dar palestras e entrevistas pelo país. O partido aposta na consolidação do nome de Serra na região Sudeste e no crescimento em outras regiões do país. “Crescemos no Sul, vamos crescer mais no Sudeste, agora que o problema da chuva em São Paulo cedeu. E a Dilma parou de crescer no Nordeste”, disse o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (CE), acerca do resultado da mais recente pesquisa Datafolha, que aponta o tucano dez pontos à frente de Dilma e liderando as intenções de voto.
Todas essas ações devem ser empacotadas por um especialista em marketing político contratado para a campanha. O nome cotado é o de Luiz Gonzalez, que cuidou da imagem do tucano na campanha ao governo em 2006.

Grande governo de SP


Serra fará balanço em tom emotivo ao deixar governo

AE - Agência Estado
Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra quer se despedir do governo de São Paulo falando diretamente ao eleitor do Estado. O discurso que fará hoje, no Palácio dos Bandeirantes, não será um balanço recheado de números, mas uma prestação de contas em tom político, que lhe permita falar com emoção. "Eu não vou fazer balanço. Numeralha não vai ter", afirmou o governador.
O PSDB mobilizou 5 mil militantes para prestigiar a cerimônia em que ele anunciará a saída do governo e, por tabela, assumirá a candidatura presidencial. A ideia é mostrar que, no cenário nacional, ele "fará acontecer" muito mais por São Paulo e pelo Brasil.
Ontem, em evento para anunciar a liberação de R$ 53 milhões em convênios com 221 municípios, Serra deu o tom do que deverá ser sua despedida. "Saio triste. Não estou contente de deixar o governo de São Paulo. Me dei bem no governo. Fiz muita coisa, sempre com muita dedicação. Sempre fui caxias", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bobagem, Gabeira!!!


Gabeira cogita excluir Cesar Maia de coligação no Rio

Fotos: ABr e Folha

Num instante em que tudo parecia acertado, reabriu-se o debate sobre a composição do bloco partidário que dará suporte à candidatura de Fernando Gabeira no Rio.

Discute-se nos subterrâneos a hipótese de excluir da coligação o DEM, partido do ex-prefeito carioca Cesar Maia.

Filiado ao PV, Gabeira reuniu em torno de si as três legendas que, no plano nacional, apóiam o presidenciável tucano José Serra, contra a petista Dilma Rousseff.

O PSDB indicou o vice de Gabeira: Márcio Fortes, atual presidente da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano).

O PPS levou à coligação um dos candidatos ao Senado: o ex-deputado Marcelo Cerqueira.

E os ‘demos’ acomodaram ao lado de Gabeira o segundo postulante ao Senado: Cesar Maia.

Súbito, inaugurou-se uma discussão sobre os “inconvenientes” da presença de Cesar Maia na chapa.

O presidente do PV-RJ, Alfredo Sarkis, jamais deglutiu a parceria com o DEM. Traz o ex-prefeito atravessado na traquéia.

A vereadora tucana Andrea Gouvêa Vieira, ferrenha opositora das gestões de Cesar Maia na prefeitura, tampouco se mostra confortável.

Ao farejar o cheiro de queimado, o próprio Gabeira passou a flertar com a ideia de excluir Cesar Maia da coligação.

Em privado, Gabeira diz que lhe causou espanto a reação a um comentário que fizera dias atrás.

Dissera que Cesar Maia tem mais experiência política, eleitoral e administrativa que seus adversários na corrida ao Senado.

Gabeira contou a um amigo que a menção elogiosa ao futuro parceiro ‘demo’ lhe rendeu uma onda de protestos “indignados”.

O candidato colecionou reclamações vindas sobretudo de pessoas da classe média, justamente a base do seu eleitorado.

Desde então, passou a ruminar reflexões sobre a relação custo-benefício. Acha que a companhia de Cesar Maia pode produzir mais prejuízos do que ganhos.

Segundo apurou o blog, Gabeira já compartilhou seu desconforto com o PSDB. Falou com o vice tucano Marcio Fortes. Pretende reunir-se com José Serra

De resto, Gabeira agendou para 10 de abril um encontro com eleitores que se dispõem a trabalhar como voluntários de sua campanha.

Na internet, os “voluntários” são contados em 15 mil. Espera-se que pelo menos 150 dêem as caras no tête-à-tête com o candidato.

Entre quatro paredes, Gabeira diz que vai submeter ao grupo o debate sobre Cesar Maia. Prevalecendo a aversão, caminhará para a exclusão.

Segundo a última pesquisa feita no Rio pelo Vox Populi, Gabeira (18%) já roça os calcanhares do rival Anthony Garotinho (20%), do PR.

Acha que são grandes as chances de passar para um segundo turno no qual mediria forças com Sérgio Cabral (38%), do PMDB.

Gabeira receia que o fio desencapado que enxerga na parceria com Cesar Maia acabe por empurrá-lo para a defensiva.

Confirmando-se a exclusão do DEM, a coligação do PV perde valiosos minutos de propaganda.

O tempo de TV de Gabeira cairia de cerca de 6,5 minutos para algo em torno de 3,5 minutos.

Tomado por seus comentários privados, Gabeira considera que “é melhor perder três minutos de TV do que desperdiçar 30 horas da campanha com explicações”.

De resto, embora seja mal visto pelo eleitorado de Gabeira na Capital, Cesar Maia desfruta de prestígio junto ao eleitor do interior do Estado.

O ex-prefeito ‘demo’ exerceria um contraponto a Garotinho, que recolhe nos fundões do Rio o grosso dos seus votos.

Mas Gabeira parece considerar que, mesmo sem Cesar Maia, pode irradiar para o interior a mensagem renovadora de que se julga portador.

No mais, ponderam os aliados verdes de Gabeira, o interior (3 milhões de eleitores) corresponde a escassos 25% dos votos da região metropolitana do Rio (12 milhões).

Resta responder: mandado a escanteio no Rio, o DEM, presidido por Rodrigo Maia, filho de Cesar, permanecerá impassível na coligação nacional de Serra?

Privadamente, Gabeira diz que Cesar Maia, por profissional, saberá entender as suas razões.

Pode manter a candidatura ao Senado, lançando um candidato do DEM ao governo e oferecendo um segundo palanque para Serra no Rio.

De concreto, por ora, apenas a impressão de que vem barulho pela frente.

Escrito por Josias de Souza

Veremos, 'cara'!!!


Em recado a Serra, Lula diz que adversários terão de acordar mais cedo para derrotá-lo

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Em discurso na cerimônia de despedida de dez ministros que deixam o governo federal nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado ao pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, José Serra, ao afirmar que seus adversários terão que "trabalhar muito mais" do que ele para chegar ao poder. Sem citar o nome de Serra, Lula disse que aqueles que "dormem até as 10h" terão que lutar para conseguir se eleger --numa referência indireta ao hábito de Serra de não acordar cedo.
"Quem quiser me derrotar, vai ter que trabalhar mais do que eu. Quem quiser dormir até as 10h, achar que deve fazer relação com formador de opinião pública, para me derrotar vai ter que pôr o pé no barro, viajar esse país. As pessoas têm que aprender que esse país não aceita mais ser tratado como país de segunda classe", afirmou.
Ao longo do discurso, Lula mandou vários recados à oposição. O presidente disse que o governo federal é o grande responsável por implantar políticas sociais no país, ao contrário de governos estaduais e municipais --uma vez que Serra governa São Paulo.
O presidente também mencionou o apagão que atingiu o país em 2001 ao afirmar que, durante o seu governo, não houve "surpresas" na área de energia elétrica. "Quantas aves de mau agouro torceram para que faltasse energia nesse país, para que tivesse o mesmo apagão de 2001? Vamos terminar o nosso governo sem ter o tão sonhado apagão dos nossos adversários."
Ao falar de políticas sociais implantadas durante o seu governo, com ênfase na população de baixa renda, Lula também criticou a oposição. "A coisa mais fácil para um presidente é cuidar dos pobres. Não tem nada mais barato do que cuidar dos pobres. Nós fizemos muito se comparado ao que era feito, mas fizemos pouco se comparado com o que temos que fazer", disse.
O presidente também rebateu críticas da oposição sobre a sua ligação com chefes de Estado de esquerda, como o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. "Sou amigo de todo mundo. Da mesma forma que abraço o Obama, abraço o Chávez. Um chefe de Estado não escolhe amizades, se relaciona com outros chefes de Estado. E tem gente que se incomoda: nossa, que baixinho metido. Será que esse Brasil não se enxerga? Quem é que disse que eles sabem mais do que nós", questionou.

Hipocrisia


Ao sair do ministério, Dilma chora e fala em "alegria triste"

Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília
A pré-candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, se emocionou ao fazer o discurso de despedida do Ministério da Casa Civil nesta quarta-feira (31) em uma cerimônia no Palácio do Itamaraty, em Brasília. "Nós somos companheiros de uma jornada, de uma missão. Uma missão especial, uma alegre melancolia, ou uma alegria triste. Nós saímos de um governo, que nós consideramos que mais fez pelo povo deste país, e nós o abandonamos hoje", avaliou Dilma, que proferiu o primeiro discurso do evento, com voz embargada.

"Não somos aqueles que estão dizendo 'adeus', somos aqueles que estão dizendo 'até breve'. Sob a sua inspiração de quem fez tanto, estamos prontos para fazer mais e melhor", disse a agora ex-ministra. "Nos orgulhamos de ter participado do seu governo. Não importa perguntar porque alguns não têm orgulho dos governos de que participaram. Eles devem ter seus motivos. Mas nós temos patrimônio, fizemos parte da era Lula. Vamos carregar essa história e levá-la para os nossos netos", afirmou Dilma, que ainda atacou os críticos do governo, dizendo que estes "não sabem o que oferecer a um povo orgulhoso".

O evento teve início com a assinatura dos termos de posse dos 10 novos ministros pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os sucessores irão ocupar as vagas dos titulares que concorrem às eleições em outubro. O prazo para a desincompatibilização terminava nesta semana.

Reinhold Stephanes saiu do Ministério da Agricultura para concorrer a deputado federal pelo PMDB no Paraná. Em seu lugar, entrou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi. Na Casa Civil, como já era esperado, quem assume o lugar de Dilma é a secretária-executiva da pasta, Erenice Guerra.

O sucessor do ministro das Comunicações, Hélio Costa, será o secretário-executivo do ministério, José Arthur Filardi. A saída de Costa confronta a do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Ambos pretendem concorrer ao governo de Minas Gerais. Na pasta que pertencia a Patrus, ficará Márcia Lopes, ex-secretária-executiva.
Do ministério da Igualdade Racial, Edson Santos vai tentar se candidatar à Câmara dos Deputados pelo PT do Rio de Janeiro. Em seu lugar, toma posse o secretário-adjunto Eloi Ferreira de Araújo. Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, se candidatará ao governo da Bahia. O secretário-executivo da pasta, João Santana Filho, assume.

No Ministério do Meio Ambiente, Carlos Minc será sucedido pela secretária-executiva Izabella Teixeira. Minc tentará uma vaga na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Edison Lobão sai do Ministério de Minas e Energia e toma posse o secretário-executivo Márcio Zimmerman. Lobão volta ao Senado.

Na Previdência Social, sai José Pimentel – que tentará vaga no Senado – e entra o secretário-executivo Carlos Eduardo Gabas. Já na pasta dos Transportes, Alfredo Nascimento dá lugar ao secretário-executivo Paulo Sérgio Passos. Nascimento tentará ser eleito governador de Amazonas.

15:00 h - Despedida de Serra


Em discurso, Serra usará poesia para defender melhoria na vida das pessoas

CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), concluiu na madrugada desta quarta-feira o seu discurso de despedida, programada para as 15h no Palácio dos Bandeirantes. O tucano deixará o governo para disputar a Presidência da República.
No discurso, ele recorre até a poesia para reforçar a ideia de que está na vida pública para melhorar a vida das pessoas.
Disposto a se contrapor ao discurso de Dilma, repleto de números, Serra exaltará a qualidade de vida e o respeito ao cidadão como meta de um homem público.
Ele lembrará sua trajetória, iniciada no bairro operário da Mooca, culminando com uma cena da vistoria do Rodoanel, ontem, quando foi chamado pelos operários da obra para uma fotografia ao lado do muro que exibe o nome de todos os trabalhadores. Daí, recitará Vinicius de Moraes.

Adepto do lema "Fazer Acontecer", Serra investe na imagem do político que empreende em favor dos menos favorecidos.
Ontem mesmo, ele avisou que não faria um "balanço exaustivo, detalhado". As obras e os números servirão apenas para descrever um jeito de governar. Na campanha, tentará construir o perfil de político capaz de ampliar investimentos pelo bem das pessoas.

Ele!!!


O Cara... de PAU

Não há neste artigo uma só linha que não traga uma verdade incontestável. 
Parabéns, CaioLucas, seja lá você quem for...

Luiz, você é o cara!
Você é o cara que esteve por dois mandatos à frente desta nação e não teve coragem nem competência para implantar reforma alguma neste país, pois as reformas tributárias e trabalhistas nunca saíram do papel, e a educação, a saúde e a segurança estão piores do que nunca. 
Você é o cara que mais teve amigos e aliados envolvidos, da cueca ao pescoço, em corrupção e roubalheira, gastando com cartões corporativos e dentro de todos os tipos de esquemas.
Você é o cara que conseguiu inchar o Estado brasileiro com tantos e tantos funcionários e ainda assim fazê-lo funcionar pior do que antes.
Você é o cara que mais viajou como presidente deste país, tão futilmente e às nossas custas. 
Você é o cara que aceitou todas as ações e humilhações contra o Brasil e os brasileiros diante da Venezuela,Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai e outros.
Você é o cara que, por tudo isso e mais um monte de coisas, transformou este país em um lugar libertino e sem futuro para quem não está no grande esquema.
Você é o cara que transformou o Brasil em abrigo de marginais internacionais, negando-se, por exemplo, a extraditar um criminoso para um país democrático que o julgou e condenou democraticamente.
Você é o cara que transformou corruptos e bandidos do passado em aliados de primeira linha. 

Você é o cara que está transformando o Brasil num país de parasitas e vagabundos, com o Bolsa-Família, com as indenizações imorais da bolsa terrorismo, com o repasse sem limite de recursos ao MST, o maior latifúndio improdutivo do mundo e abrigo de bandidos e vagabundos que manipulam alguns verdadeiros colonos.
Você é o cara que agora quer transformar uma guerrilheira, terrorista, bandida, sequestradora, sem vergonha em presidenta do Brasil só para continuar dando as cartas e junto com sua gangue prosseguir roubando impunemente a nação como fez todos estes anos.
É, Luiz! Você é o cara...

É o cara-de-pau mais descarado que o Brasil já conheceu.
Filho do Brasil ??? Você é mais um filho da P#%@!

Caio Lucas

terça-feira, 30 de março de 2010

Ampliação do metrô


Linha 4 do Metrô será aberta ao público em abril

Estações e vagões terão recursos tecnológicos, como plataformas vedadas com vidro e cabines automatizadas

Laís Cattassini - O Estadao de S.Paulo
As estações e os trens da Linha 4-Amarela do Metrô terão novos equipamentos tecnológicos. As obras nas Estações Faria Lima e Paulista já foram concluídas e a linha passará agora por inspeções de segurança. A previsão é de que os espaços sejam abertos ao público em abril. O governador José Serra (PSDB) visitou ontem a linha, acompanhado do prefeito Gilberto Kassab (DEM), do secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, e do secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella.
Os trens, mais estreitos do que os usados pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), contam com comunicação entre os vagões e não precisam de operador na cabine. As estações ? que terão portas de plataforma, como a Sacomã, na Linha 2-Verde ? também receberão catracas de vidro. A estação Paulista, que faz ligação com a Estação Consolação, da Linha 2-Verde, foi equipada com esteiras rolantes, para facilitar o acesso dos passageiros de uma estação à outra.
Para o governador, a nova linha revela a qualidade do transporte em São Paulo. "Fizemos uma linha de primeira classe para todos. Fico muito feliz em ver a obra e o serviço."
Serra falou ainda sobre a importância do período de inspeção de segurança. "A segurança é o mais importante. É preciso que tudo fique 100%", disse. Para ele, a obra também vai trazer um alívio para o trânsito na região central. "São 4 quilômetros de transporte coletivo na região mais movimentada de São Paulo", observou.
A Linha 4, em sua primeira etapa, ligará a Estação da Luz, no centro, ao Butantã, na zona oeste. Serão 12,8 quilômetros de extensão, com 11 estações. As primeiras a serem inauguradas serão Paulista e Faria Lima, em abril, e até o fim do ano Pinheiros, Butantã, República e Luz. Na segunda fase, serão abertas as Estações Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Mackenzie-Higienópolis.
Linha 2. O secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, também inspecionou as obras das futuras Estações Tamanduateí e Vila Prudente, na Linha 2-Verde. Foi realizada a primeira viagem teste de trem (operação assistida de material rodante e via permanente) entre as Estações Sacomã e Vila Prudente.
A Estação Tamanduateí, próxima parada depois da Sacomã, deverá atender cerca de 70 mil pessoas por dia. A previsão é de que a estação seja entregue neste semestre, concretizando a nova conexão do Metrô com a Linha 10-Turquesa (Luz-Rio Grande da Serra) da CPTM, o que facilitará ainda mais o deslocamento dos passageiros, principalmente do ABC paulista. Hoje, a Linha 10-Turquesa tem conexão com o metrô por meio da Estação da Luz.

Serra com diferencial de legalidade


Sobre palanque, Serra pede que não façam campanha antecipada

SÃO PAULO - Ao vistoriar obras do trecho sul do Rodoanel, que será aberto na quinta-feira pela manhã ao tráfego, o Governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, José Serra, aproveitou o evento para dar estocadas no Governo Federal e também na pré-campanha da petista Dilma Roussef, sua adversária.
Em cima de um palanque montado sobre uma ponte que atravessa a Represa Billings, Serra pediu aos trabalhadores da obra deixassem de cantar "Brasil urgente, Serra presidente" para evitar o clima de campanha.
- Aqui não queremos campanha eleitoral antecipada, nem de um lado, nem do outro. Se o outro faz, a gente fica quieto - disse ele em uma cerimônia que mobilizou dezenas de assessores, secretarios de Estado e prefeitos da região.
Com um discurso em que lembrou de sua trajetória política, desde a época em que foi presidente da UNE, Serra voltou a criticar indiretamente o Governo Lula quando falou sobre a situação jurídica da obra.
- Esta obra passou pelo crivo do TCU, do TCE e do MP, o que prova que nós temos competência - disse ele, em referência às denúncias de que o Presidente da República teria inaugurado recentemente obras contestadas por estes tribunais.
O Governador fez ainda questão de elogiar sua equipe. Disse que a obra só foi possível porque Geraldo Alckmin "deixou a casa arrumada" e que tem no vice-governador, Alberto Goldman, mais que um braço direito.
- Ele é o lado direito do cerébro.
Serra ainda destacou o trabalho do Chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, que ficou à frente de todas negociações com os prefeitos e a base de deputados da Assembleia Legislativa. Animado, Serra pousou com os trabalhadores ao lado de um monumento onde estão escritos os nomes de todos que ajudaram na obra. Bem humorado, chegou a fazer graça com a apresentadora Sabrina Sato, que ao lado de um humorista fantasiado de Dilma Roussef, fez perguntas provocativas e no final ainda deu um beijo na testa do Governador.

5.000 na despedida de Serra


Por Julia Duailibi
O PSDB paulista espera colocar 5 mil militantes na solenidade de despedida do governador de São Paulo, José Serra, do Palácio dos Bandeirantes. Serão instalados dois telões no gramado que fica na frente do palácio, onde ficarão os filiados do partido.
Dentro, no Auditório Ulysses Guimarães, são esperadas cerca de 2.000 autoridades, como prefeitos, presidentes das câmaras municipais e líderes tucanos e de partidos aliados  - foram enviados 4.000 convites oficiais pelo palácio, mas a expectativa é que apenas a metade compareça.
Anteontem, o diretório estadual expediu aviso aos militantes para que evitem ir com bandeiras e símbolos ao evento para não caracterizar campanha eleitoral antecipada. “O desejo da militância é compartilhar desse momento excepcional”, declarou o secretário-geral do PSDB paulista, César Gontijo. O partido, que não tem uma tradição de militância como o maior adversário, o PT, conta com 170 mil filiados no Estado.
A cerimônia começa às 15h desta quarta-feira.

Cartilha de oposição


Tucanos têm aula de oposição

Flávia Tavares - O Estado de S.Paulo
O Estado de S. Paulo - 30/03/2010
"Se tiver um minuto para convencer alguém a votar em José Serra, fale da abertura da telefonia", aconselhou o cientista político André Regis. Um slide associava a estrela do PT a uma ficha telefônica. E o tucano, a um celular.
Na palestra para cerca de 160 militantes do PSDB, em São Paulo, não faltaram palavras de ordem: "marquem um divisor de águas entre antes e depois de FHC"; "mostrem ao eleitor em quem não votar"; "não sejam contra programas do Lula, mas digam que eles foram ideia nossa".
O encontro no sábado faz parte do Comunicar 45, projeto do presidente do partido, Sérgio Guerra, para formar "multiplicadores" para divulgar as conquistas do PSDB. O programa nasceu da constatação de que o partido não sabe vender seus projetos, especialmente no Nordeste. No mesmo dia, aconteceram palestras em Maceió (AL) e Cabo de Santo Agostinho (PE). O Comunicar 45 já percorreu Recife, Natal, Fortaleza, Salvador, Teresina, São Luís e Garanhuns.
Argumentos. Embora a intenção fosse de animar a militância, Regis, responsável por fornecer argumentos para o convencimento "sobretudo dos indecisos", reconheceu as dificuldades do PSDB no papel de oposição. Antes dele, o secretário executivo do partido, Sérgio Silva, havia convocado: "Vamos restabelecer a verdade que negamos nas últimas duas eleições". A autocrítica com relação à eleição de 2006 apareceria muitas vezes durante o encontro.
A munição oferecida pelo professor começa com a recomendação de marcar o Plano Real como um divisor de águas: "Uma boa frase é: quem colocou a casa em ordem no Brasil?". Perguntado sobre a linguagem a ser usada, já que a dos adversários é mais popular, Regis cedeu: "Precisamos admitir que não viemos das massas". Sentindo o desconforto dos correligionários, completou: "Mas somos visionários".
Ao listar pontos a serem defendidos, falou da "abertura" e da "universalização" da telefonia ? raramente de privatização. Insistiu que o Bolsa-Escola é o precursor do Bolsa-Família. Na comparação entre Lula e FHC, recomendou: "Dê o debate como encerrado. O FHC já ganhou duas vezes".
Sobre o embate direto entre José Serra e Dilma Rousseff, a orientação é a mesma que vem sendo usada por lideranças tucanas. Comparar biografias, enfatizando a experiência do governador de São Paulo. "Podemos dizer que há o risco Dilma", disse Regis, ressaltando que "falar da doença dela é proibido". Tópicos a serem usados insistentemente: Dilma e o PT defendem a censura e movimentos sociais que derrubam laranjais e ameaçam a propriedade privada.
Redes sociais. Depois do almoço, Luiz Fernando Leitão, consultor em marketing de relacionamento, falou sobre a importância de se montar redes sociais ? de contato direto ou virtuais ? para conquistar eleitores pelo País. O exemplo a ser seguido é o do presidente dos EUA, Barack Obama. "Usem o YouTube, espalhem suas mensagens." Pouco antes, um item da apresentação conclamava: "Fla x Flu ? polarizem a eleição".
Leitão explicou como funcionará o projeto Mobiliza ? rede em que cada multiplicador montará uma lista de contatos e passará informações por celular. Questionado sobre a falta de mobilização da militância, que já estaria se sentindo "derrotada", ele respondeu com a conclusão de sua palestra: "desejo que a militância seja como uma escola de samba: cada um faz uma ala, buscando harmonia com as demais". Os quesitos serão votados no dia 3 de outubro.

Brasil tributa errado e em excesso


Serra ataca a política tributária

Ana Paula Grabois, de São Paulo
Valor Econômico - 30/03/2010
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que deixa o cargo na sexta-feira para lançar sua pré-candidatura à Presidência da República, criticou ontem o governo federal por não criar políticas para enfrentar a perda de competitividade dos produtos brasileiros em relação aos do Sudeste da Ásia, especialmente os importados da China. Serra anunciou ontem a redução da tributação do ICMS de 12% para 7% da indústria têxtil nas vendas do comércio. O segmento têxtil brasileiro tem sido um dos mais afetados pela concorrência chinesa.
"É um alívio, um incentivo. Não resolve todos os problemas, há vários outros, de carga tributária em geral e de concorrência externa com práticas desleais de comércio que são praticados pelos países do Sudeste Asiático, China, Coreia e o Brasil não se defende", disse o governador de São Paulo. "Posso estar numa corrida e o adversário com tênis amarrado e eu com o tênis desamarrado. Aí não dá, posso até ser o melhor. Precisamos amarrar esse tênis da competitividade", afirmou.
Segundo Serra, o problema da competitividade da indústria têxtil tem fundo macroeconômico e nada tem a ver com questões de eficiência das empresas brasileiras. "Temos uma eficiência microeconômica muito grande. Os problemas que temos de competitividade decorrem de problemas macroeconômicos, não é do empresário ou do trabalhador, que são muito competentes não só em São Paulo, em nosso país", afirmou durante o lançamento da medida, por meio de decreto, no Palácio Bandeirantes. A nova tributação vai beneficiar empresas que apresentarem compromisso formal de investimento e geração de emprego para o setor. A redução da tributação deve abranger 13.500 empresas que empregam 500 mil pessoas no Estado e faturam R$ 28 bilhões ao ano.
Serra disse ser favorável aos programas de transferência de renda direta ou por meio de serviços de saúde e educação, mas ressaltou que "a verdadeira emancipação da família depende da renda do emprego e do trabalho". O programa Bolsa Família, vitrine do governo Lula, é um dos principais programas de transferência de recursos do governo federal.
O governador de São Paulo participou ontem de uma maratona de eventos públicos antes de ser lançado como candidato tucano para presidente. Fez inspeção em duas estações da linha 4 do metrô de São Paulo que não foram inauguradas a tempo por motivo de segurança. Na nova estação Paulista, o governador passou por uma esteira rolante ao som da música "Está chegando a hora" e cumprimentava os usuários do serviço. Serra saiu do metrô a pé na avenida Paulista, onde andou alguns metros até chegar no prédio onde iria pegar o helicóptero do governo. Depois, inaugurou escola técnica na favela de Paraisópolis, na zona sul paulistana. Ao voltar para o Palácio Bandeirantes, assinou convênio com as universidades estaduais para a formação de professores e por ultimo, anunciou a redução do ICMS para a indústria têxtil.
Em todos os eventos por onde passou, Serra ficou ao lado do secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, pré-candidato ao governo do Estado pelo PSDB. Alckmin, que chega a aparecer com 53% das intenções de voto na pesquisa Datafolha divulgada ontem, disse que o resultado era "a manifestação de confiança da população". O secretário deixa o cargo na quinta-feira. "As coisas estão caminhando. É importante o entendimento em torno de um grande programa. Estou muito animado, muito entusiasmado com essa possibilidade", afirmou Alckmin. O vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, do grupo contrário ao de Alckmin dentro do PSDB paulista, disse ontem que "neste momento", Alckmin é a melhor opção do partido.
Hoje, o governador deve fazer vistoria de um trecho do Rodoanel, uma das principais obras de sua administração. Amanhã, Serra faz um balanço de seu governo. No dia 10 de abril está previsto o lançamento de sua pré-candidatura pelo PSDB, em Brasília.

Dilma responsável pelo apagão


Oposição arma-se para explorar blecautes contra Dilma

Caio Junqueira, de Brasília
Valor Econômico - 30/03/2010
Após passar os últimos sete anos ouvindo críticas sobre o apagão energético ocorrido no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, a oposição busca adequar a estratégia da "guerra de biografias" na disputa presidencial entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) ao debate sobre a infraestrutura do setor energético do país.
O que tem servido de base para a construção desse discurso são os sucessivos miniapagões que o país tem sofrido nas últimas semanas, o que, segundo a oposição, já seriam mais graves que o ocorrido em 2001. Conforme demonstrou o Valor ontem, a duração total dos miniblecautes em São Paulo, Rio e Brasília aumentou de 50% a 70% neste verão em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em novembro, um blecaute deixou sem luz 18 Estados.
"Um tema fundamental na campanha é nossa capacidade de infraestrutura para suportar um crescimento de 5% ao ano e esses apagões entram nesse item", afirmou o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA). A idéia é mostrar que o sistema de distribuição de energia no Brasil é falho e carente de investimentos e que só Serra conseguirá fazê-los, já que Dilma, no poder, não os fez.
O apagão tucano, por sua vez, seria mostrado como um modelo de como se deve reagir a uma crise de energia. Serra se safaria de possíveis efeitos dele, uma vez que era ministro da Saúde e não tinha relação com a área. Almeida vê diferenças entre o apagão tucano e os atuais. Para a oposição, naquela ocasião o governo demonstrou como se deve reagir a uma crise de energia. "Lá atrás o governo assumiu o problema e buscou solução. Não mentiu nem escondeu. Ao contrário, conclamou a população a participar da solução. Agora o governo não assume, nem demonstrou ação para evitar futuros apagões. "
O líder do DEM, Paulo Bornhausen (SC), avalia que os apagões do atual governo se devem à falta de investimento na manutenção das redes de distribuição e que isso será uma das "heranças malditas" da era Lula. "Este ano vamos crescer 6%, mas a infraestrutura não aguenta isso. Os miniapagões terão que ser colocados na eleição ao lado dessa incompetência de gestão". Também seguiu a linha de que "Serra tem mais experiência e preparo para propor soluções do que Dilma". Bornhausen aponta ainda a existência de um "loteamento" do setor energético no governo Lula como uma das causas dos apagões, tendo na candidata governista a principal responsável: "Quem fez isso foi a ministra Dilma".
O deputado se refere a Furnas, apontada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como a responsável pelo apagão de novembro. Furnas é uma das maiores áreas de influência pemedebista no governo federal e seu fundo de previdência fechada, o Real Grandeza, é controlado por um aliado do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e movimenta cerca de R$ 6,5 bilhões anuais de 12,5 mil associados. Procurado ontem, ele não quis falar sobre o assunto: "Não tenho condições de responder sobre o que Furnas faz ou não faz", afirmou.
Para o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), falar de apagão na campanha prejudicará a oposição. "Se eles quiserem fazer isso, vão se dar mal."

Tudo indica que Fogaça apoiará Serra


Fogaça deixa cargo e faz mistério sobre apoio

 
Sérgio Bueno, de Porto Alegre
Valor Econômico - 30/03/2010
Pré-candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul, o agora ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, transmitiu o cargo ontem à noite ao vice José Fortunati (PDT) sem definir se abrirá o palanque para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), ou para o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na disputa à Presidência. A passagem do comando da prefeitura ocorreu quatro dias depois de os pedetistas confirmarem o apoio a Fogaça e garantirem a indicação do deputado federal Pompeo de Mattos como vice.
Fortunati, que deixou o PT em 2001 depois de ter sido preterido como candidato na eleição municipal do ano anterior em favor de Tarso Genro, hoje pré-candidato do partido ao governo gaúcho, cita a aliança nacional entre o PDT e os petistas para defender o apoio a Dilma. Já boa parte do PMDB gaúcho, mais alinhada com os tucanos, quer ceder palanque para Serra, enquanto o próprio Fogaça já admitiu que vai seguir a orientação do diretório nacional a respeito do assunto.
Para o professor de ciência política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), André Marenco, a definição sobre para qual lado o pemedebista irá pender poderá demorar um pouco mais depois que a última pesquisa do Datafolha apontou o crescimento de Serra na região Sul. Conforme o levantamento, o tucano somou 48% na região, depois de ter caído de 39% para 38% entre dezembro e fevereiro, enquanto Dilma recuou de 24% para 20% (em dezembro ela tinha 19%).
"Agora o PMDB do Rio Grande do Sul deve ficar em compasso de espera", comentou o professor. Para ele, o resultado da pesquisa (que também registrou alta nacional de 32% para 36% para Serra e oscilação de 28% para 27% para Dilma) é uma "incógnita", porque a reversão da tendência foi muito forte no Sul sem qualquer fato novo que justifique o movimento: "Não dá para entender a lógica."
O presidente estadual do PT, deputado estadual Raul Pont, também considerou os números "estranhos". "Não tivemos fato novo, mudança de rumo ou qualquer crise neste período e a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está cada vez maior", disse. Segundo ele, as pesquisas internas do PT indicam que Dilma mantém uma trajetória ascendente e já está bem próxima do desempenho de Serra no Estado.
Tanto para Marenco quanto para Pont é remota a hipótese de influência de uma eventual recuperação dos níveis de popularidade da governadora Yeda Crusius (PSDB) no desempenho de Serra no Rio Grande do Sul. Nos últimos meses, a tucana conseguiu deixar para trás o bombardeio de denúncias de corrupção que enfrentou no ano passado, mas essa relativa tranquilidade tende a ter um efeito mais mitigado e lento nas pesquisas, entende o professor.
Em dezembro, o Datafolha indicou que Yeda tinha 5% das intenções de voto, contra os 30% obtidos por Fogaça e Genro, mas o deputado federal e vice-presidente nacional do PSDB, Cláudio Diaz, acredita que a governadora conseguiu imprimir uma agenda positiva à administração nos últimos meses. De acordo com ele, nos levantamentos feitos pelo partido ela aparece em terceiro lugar com 14% a 18% das intenções de voto e também conseguiu reduzir o nível de rejeição (que já chegou a 60% em outubro de 2009, conforme o Ibope) para cerca de 40%.
Na opinião de Diaz, o desempenho de Dilma na pesquisa revela a "exaustão do fôlego eleitoral" da ministra apesar dos esforços do presidente Lula em promover a candidatura dela pelo país. Ao mesmo tempo, segundo ele, o levantamento já reflete a decisão de Serra de oficializar a condição de pré-candidato.
Conforme Diaz, a agenda positiva de Yeda incluiu ontem o anúncio de diversos investimentos com incentivos fiscais na cidade de Guaíba. O governo também anunciou um programa de refinanciamento de dívidas de ICMS que oferece descontos de até 60% nos juros e correção e de até 50% nas multas no pagamento de débitos vencidos até dezembro de 2009.