Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Serra avança no segmento de indecisos


Presente de Páscoa para José Serra

Veio a calhar a última pesquisa Datafolha, divulgada sábado passado, colocando José Serra nove pontos à frente de Dilma Rousseff. Na véspera de Serra lançar sua pré-candidatura, não poderia receber melhor presente de Páscoa: 36% das intenções de voto contra 27% da petista, quando, um mês atrás, esses percentuais eram de 32% e 28%, respectivamente. Serra voltou ao patamar de dezembro e, de quebra, arrumou o molho para a festa que prepara para se lançar pré-candidato, prevista para o dia 10 de abril.
Para quem já tinha como certa a vitória de Dilma no primeiro turno, a pesquisa revela detalhes da trajetória do voto pelo país que merecem melhor análise. Por exemplo: Serra cresceu bastante na região Sul (dez pontos) e Dilma caiu no Rio Grande do Sul, onde fez política e conta com o apoio irrestrito do ex-ministro Tarso Genro, candidato a governador, mas sem o apoio do PMDB. Lá, Dilma registrou queda de 24% para 20%, enquanto Serra ficou com 38%, uma dianteira de 28 pontos percentuais em uma região que concentra 14% do eleitorado.
Serra cresceu também entre o eleitorado mais pobre, aparentemente o beneficiado pelo Bolsa Família. Entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos, Serra subiu de 30% para 35%. Dilma oscilou de 29% para 26%. Além disso, Serra aumentou suas intenções de voto no eleitorado feminino (37% a 22%). Será que mulher não vota em mulher?
Na ponta do lápis, segundo o Datafolha, no frigir dos ovos, Serra apenas tirou um ponto de Dilma e um de Ciro. Os outros dois pontos vieram de quem estava indeciso ou havia declarado, em pesquisas anteriores, que votaria em branco. Dilma manteve a posição no Sudeste com seus desejados 42% do eleitorado: 24% da pesquisa anterior; e Serra oscilou de 38% para 40%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. No Nordeste, onde estão 28% do eleitorado, Dilma tinha 36% e ficou com 35%; Serra saiu de 22% para 25%.
Estes números apenas animam a festa de lançamento de Serra. Na prática, pouco valem. Mas sinalizam pelo menos outros dois detalhes. O primeiro, que Ciro Gomes tem razão quando diz que, sem ele no páreo, Serra corre o risco, pelos números do Datafolha, de ganhar no primeiro turno. Com ele, haverá hipoteticamente o segundo turno. Nesta pesquisa Datafolha, no cenário sem Ciro, Serra sobe de 36% para 40%; e Dilma, de 27% para 30%. Os votos de Ciro se diluem por igual, mas fica pendente a questão do segundo turno.
O outro detalhe: Serra vai muito bem no Sul, bem no Sudeste, e está bem na fita nas regiões Norte e Centro-Oeste, com 34% das intenções de voto, contra 29% de Dilma. Esperava-se que a transferência de votos de Lula para Dilma fosse maior no Norte/Centro-Oeste, como está sendo no Nordeste. Mas não é o que o Datafolha captou. Como Dilma ganha no Nordeste, onde tudo indica que não será alcançada por Serra, será aqui mesmo no Sudeste a batalha principal. Em especial, em Minas Gerais, com seus 14 milhões de eleitores.
Há quem, nesta hora, volte com a ladainha de colocar Aécio Neves como vice de Serra. No último domingo, na TV, o prefeito paulista Gilberto Kassab, perguntado a respeito, disse que respeitava a posição de Aécio, de tentar uma das duas vagas para o Senado, mas que, com seu currículo de governador e de presidente da Câmara dos Deputados, ele seria o nome ideal. Serrista até debaixo d'água, Kassab deixou claro que o nome do vice será uma escolha pessoal do candidato, da qual o fator partido político, como ser oriundo do DEM ou de outro partido, seria secundário, bem como ser ou não um nome regional, do Nordeste ou Centro-Oeste. Caberá a Serra convidar alguém e o paulista ainda não desistiu do seu colega mineiro. Estaria tudo combinado?

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