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As cinco iregularidades apontadas pelo PSDB na pesquisa do Instituto Sensus são, segundo o advogado do partido, Ricardo Penteado, "mais do que suficientes para entrar com um pedido de inidoneidade". O levantamento foi divulgado na semana passada e, desde então, a legenda tucana vem questionando o resultado - empate entre os pré-candidatos do PSDB e PT. "Agora, passamos para a fase de encontrar os responsáveis", disse Penteado, que aguarda um relatório final da equipe de técnicos para tomar as medidas possíveis.
Comprovada a inidoneidade - falta de legitimidade -, o levantamento pode ser desconsiderado pelo TSE. "Como também vimos, pode ter havido uma fraude, uma manipulação, o que é identificado como crime pelo Tribunal", explica o advogado.
Encomendada pelo Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de SP), a pesquisa Sensus apontou empate entre os pré-candidatos José Serra (32,7%) e Dilma Rousseff (32,4%). No sábado passado, a pesquisa Datafolha apontou uma vantagem de dez pontos percentuais para Serra em relação a Dilma. A disparidade entre os resultados dos dois institutos fomenta a argumentação tucana. O intuito do PSDB é descobrir se houve, ou não, a fabricação de formulários por parte do Sensus.
O partido entrou com representações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e obteve o direito de enviar representantes ao Instituto, em Belo Horizonte (MG). As sete horas que esperaram, para obter os dados das entrevistas feitas, são algo "incompatível com o que um instituto poderia demonstrar", afirmou Penteado, para depois ressaltar que, com a demora, "deram todos os indícios de que havia irregularidades".
Os técnicos avaliaram 2 mil questionários e listaram, num relatório parcial, cinco irregularidades. Uma delas diz respeito às disparidades entre dados apresentados ao TSE e os checados pelo PSDB nos questionários preenchidos. Foi informado ao TSE que a amostra de entrevistados com renda de até um salário mínimo era de 6%. Segundo o partido, 17,7%. "É uma forma de trabalhar negligentemente ou com má fé", criticou.
A reportagem procurou Ricardo Guedes, diretor e sócio do instituto, e aguarda um retorno.
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