23h25 - 20/01/2010
A reação do PSDB a Dilma e ao PT
Que a eleição já começou para os políticos não resta dúvida. Mas a nota divulgada pelo PSDB e as declarações do presidente nacional tucano, Sérgio Guerra, parecem um pouco desproporcionais ao momento da campanha (íntegras ao final deste post).
Guerra deu uma entrevista há cerca de duas semanas falando que acabaria com o PAC. Dilma reagiu num discurso em Minas Gerais dizendo que o PSDB no Planalto representaria retrocesso, pois os tucanos eliminariam alguns programas lulistas.
E daí? Daí, nada. Até porque a partir de 1º de janeiro do ano eleitoral as emissoras de TV (meio pelo qual o brasileiro se informa) estão sob o controle/censura da lei eleitoral: se falam de um candidato, precisam falar de todos. Na dúvida, as TVs suprimem a política de seu noticiário.
Sérgio Guerra começa a nota oficial de 20.jan.2010 afirmando: “Dilma Rousseff mente”. O PT havia respondido antes a uma nota anterior do PSDB sobre o mesmo tema, no dia 19.jan.2010 (íntegra no final deste post).
A seguir, a íntegra da nota do PSDB:
NOTA À IMPRENSA
“Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão”.
“Mente sobre o PAC, mente sobre sua função. Não é gerente de um programa de governo e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas. Mente ao somar todos os recursos investidos por todas essas instâncias e apresentá-los como se fossem resultado da ação do governo federal”.
“Apropria-se do que não é seu e vangloria-se do que não faz”.
“Dissimulada, Dilma Rousseff assegurou à Dra. Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso”.
“Durante anos, mentiu sobre seu currículo. Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp. Nunca foi nem uma coisa nem outra”.
“Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas – a maioria tocada por estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC – 7.715 projetos – ainda não saíram do papel”.
“Outra característica de Dilma Rousseff é transferir responsabilidades”.
“A culpa do desempenho medíocre é sempre dos outros: ora o bode expiatório da incompetência gerencial são as exigências ambientais, ora a fiscalização do Tribunal de Contas da União, ora o bagre da Amazônia, ora a perereca do Rio Grande do Sul”.
“Assume a obra alheia que dá certo e esconde sua autoria no que dá errado”.
“Dilma Rousseff se escondeu durante 21 horas após o apagão. Quando falou, a ex-ministra de Minas e Energia, chefe do PAC, promovida a gerente do governo, não sabia o que dizer, além de culpar a chuva e de explicar que blecaute não é apagão”.
“Até hoje, Dilma Rousseff também se recusou a falar sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, com todas barbaridades incluídas nesse Decreto, que compromete a liberdade de imprensa, persegue as religiões, criminaliza quem é contra o aborto e liquida o direito de propriedade. Um programa do qual ela teve a responsabilidade final, na condição de ministra-chefe da Casa Civil”.
“Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff. Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos”.
Senador Sérgio Guerra
Presidente Nacional do PSDB
Brasília, 20 janeiro de 2010
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