Gilmar: TSE deve tratar Lula como trata um prefeito
Folha
Alguém já disse, o repórter não lembra quem, que as leis são como as teias de aranha.
Alguém já disse, o repórter não lembra quem, que as leis são como as teias de aranha.
Muito boas para capturar mosquinhas, mas os insetos maiores rompem sua trama e escapam.
Nas últimas 48 horas, o presidente do STF, Gilmar Mendes, repisou um comentário que dá ao TSE uma aparência de aranha seletiva.
Referindo-se genericamente às acusações de que tem gente fazendo campanha eleitoral fora de hora, Gilmar disse:
"Tem que haver um critério único para aferir a campanha antecipada. Não se pode usar um critério para prefeito, governadores, e outro para presidente da República...”
“...Só digo que a Justiça Eleitoral tem que primar por um standard único, por um parâmetro único. Nós não podemos adotar critérios diversos".
Dito de outro modo: a Justiça Eleitoral não pode rugir como um leão para os malfeitos de um prefeito e miar como gatinho para as estripulias de Lula.
Para não dizerem que foi, ele próprio, seletivo, Gilmar tratou de incluir no raciocínio, sem mencionar-lhe o nome, o presidenciável tucano José Serra:
“Não se pode adotar critérios que valham para o governador de Roraima e não valham para o governador de São Paulo".
Instado a comentar o lote de ações em que a oposição acusa a dupla Lula-Dilma de atentar contra a legislação eleitoral, Gilmar preferiu não entrar no mérito.
Embora ainda não tenha representado contra José Serra no TSE, o PT diz que, a exemplo de Lula, ele também faz uma inauguração atrás da outra.
É como se o petismo quisesse dizer: generalizando-se a infração, restabelece-se a justiça. E o TSE calado...
Escrito por Josias de Souza às 18h59
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