Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

PMDB não negocia vice de Temer


Fechado com Temer, PMDB pedirá reunião com Lula

Folha






A cúpula do PMDB reuniu-se na noite passada. O encontro ocorreu na residência oficial de Michel Temer, presidente da Câmara.

Produziu-se uma decisão que vai permear os próximos passos da negociação em torno do apoio à candidatura presidencial de Dilma Rousseff.

Foi antecipada de 10 de março para 6 de fevereiro a convenção partidária que vai eleger a nova direção do PMDB.

Decidiu-se mais: Temer será reeleito presidente do partido. Chapa única. Mais dois anos de mandato.

Com isso, além elevar o cacife de Temer como seu principal negociador, o PMDB tonificou-o como candidato à vaga de vice de Dilma.

Uma forma pouco sutil de reafirmar a Lula que a legenda não levou a sério o lero-lero de que deveria elaborar uma lista tríplice de vices.

Habituados a falar línguas diferentes, unificaram o linguajar em torno de Temer os dois principais grupos do partido: o PMDB da Câmara e o do Senado.

Tomaram parte da decisão, pelo lado da Câmara, o líder Henrique Eduardo Alves e o ministro Geddel Vieira Lima, além de Temer.

Pela banda do Senado, os dois nomes que manuseiam a batuta: José Sarney e Renan Calheiros. Romero Jucá, embora convidado, não estava em Brasília.

Em meio aos caciques, um índio novo da tribo pemedebê: Henrique Meirelles, presidente do Banco Central.

Meirelles adoraria ser vice de Dilma. Lula apreciaria muito vê-lo na chapa. Mas a reunião converteu o sonho em quimera.

“Decidimos antecipar a convenção para começar o ano com as coisas bem definidas”, disse ao repórter o líder Henrique Alves.

O próximo passo, segundo informou, será reabrir as negociações com os operadores do PT. Vai-se retomar o tricô do ponto em que foi abandonado no final de 2009.

“Precisamos resolver as pendências dos Estados”, disse o deputado. “Queremos nos reunir com o PT já na semana que vem”.

O PMDB tem pressa. Se os impasses regionais sobreviverem à nova tentativa de acerto com o petismo, o partido pretende puxar as suas fichas.

Chamará ao pano verde o jogador que dá as cartas, Lula. Ouça-se um pouco mais de Henrique Alves.

“Se o PT disser que não tem como resolver as pendências, vamos pedir uma reunião com o presidente Lula e com a ministra Dilma”.


Há vários nós por desatar. Mas um deles revela-se especialmente apertado. Chama-se Minas Gerais.

A encrenca é conhecida. O PMDB cobra apoio do PT à candidatura do ministro Hélio Costa ao governo mineiro. O petismo dá de ombros há meses.

O partido de Lula tem dois pré-candidatos ao cargo cobiçado por Hélio: Fernando Pimentel, ex-prefeito de BH, e Patrus Ananias, ministro do Bolsa Família.

Ananias parece mais propenso à composição com o PMDB. Mas Pimentel não esboça a mais remota intenção de retirar-se da disputa.

Mais Henrique Alves: “É preciso levar em conta o fator Aécio Neves”. Refere-se à decisão do governador tucano de retirar-se da disputa presidencial.

“Ao concentrar sua atuação em Minas, o Aécio tornou ainda mais relevante a nossa união no Estado”, disse o deputado.

Tomado pelo relevo político, Minas é o segundo maior colégio eleitoral do país. Visto pela ótica doméstica do PMDB, é o Estado que envia mais delegados à convenção.

Uma convenção marcada para junho, na qual será votado o apoio a Dilma, hoje pendurado apenas num acordo pré-nupcial.

Minas mandará à convenção peemedebista 69 delegados. Bem mais, por exemplo, do que os 20 convencionais que virão de São Paulo.

De resto, o PMDB deseja aparar arestas que o PT vem cozinhando em banho-maria. São duas as principais: Bahia e Pará.

Está entendido que PMDB e PT irão às urnas de lados opostos nesses dois Estados. Na Bahia, Geddel X Jaques Wagner. No Pará, Jader Barbalho X Ana Júlia.

Está combinado também que será adotada a tática do palanque duplo. Mas o PMDB deseja esmiuçar a coisa, para evitar que, no calor da campanha, Lula e Dilma se deixem levar pelo coração petista.

No mais, o PMDB escolherá nos próximos dias os nomes que vão compor a direção do partido na chapa encabeçada por Temer.

Delegou-se a tarefa ao próprio Temer e a Renan. Como a presidência caberá ao grupo da Câmara, o vice virá do Senado.

Por ora, o nome mais cotado para assumir a vice-presidência do partido é o de Romero Jucá, líder de Lula no Senado.
Escrito por Josias de Souza às 05h14

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