7º nanico é Zé Maria de Almeida, do PSTU
Contra burguês, vote 16: “Só aceitamos dinheiro dos nossos trabalhadores”
José Maria de Almeida, 52 anos, o Zé Maria, é dirigente nacional do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) e coordenador Nacional da central sindical Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas).
Foi candidato à Presidência por 2 vezes, em 1998 e 2002. Na primeira ocasião obteve 202.658 votos, contabilizando 0,3% dos votos válidos. Na segunda tentativa, praticamente duplicou a marca, obtendo 402.038 votos, 0,47% do total de votos válidos. Em 2006, seu partido engrossou a coligação que lançou Heloísa Helena (PSOL) candidata à presidente, a Frente de Esquerda.
Marxista de orientação trotskista, o PSTU defende mudanças econômicas profundas como o fim da propriedade privada, através da expropriação de grandes empresas, que ficariam a serviço da população. O número do PSTU na urna eleitoral e o slogan é sempre o mesmo, pronunciado de maneira sincopada: “Contra burguês, vote 16!”.
Ao blog, Zé Maria disse que a democracia no Brasil é apenas aparente e que em hipótese alguma aceitaria dinheiro de empresários na campanha.
Qual sua avaliação sobre o governo Lula?
O grande empresariado do país, de acordo com o próprio Lula, nunca ganhou tanto dinheiro como nos últimos 7 anos. Isso já diz muita coisa.
O grande empresariado do país, de acordo com o próprio Lula, nunca ganhou tanto dinheiro como nos últimos 7 anos. Isso já diz muita coisa.
O PSTU se unirá a outros partidos para concorrer a Presidência? O ideal seria a Frente de Esquerda, numa união com o PSOL e PCB. Mas a resposta que obtivemos foi a aproximação do PSOL com o PV. E para nós, isso [aliança com o PV] é impossível. A Marina [Silva] expressa, da mesma forma que o PSDB e o PT, os setores dominantes da sociedade. A nossa candidatura segue, então, defendendo uma frente de esquerda com PSTU e PCB.
Como será o financiamento de campanha?
Só aceitamos dinheiro dos nossos trabalhadores. Teremos uns R$ 200 mil. Não vai ser muito mais que isso. É o que permite que haja fidelidade entre os candidatos e mantém o compromisso do eleito com o povo.
Só aceitamos dinheiro dos nossos trabalhadores. Teremos uns R$ 200 mil. Não vai ser muito mais que isso. É o que permite que haja fidelidade entre os candidatos e mantém o compromisso do eleito com o povo.
Mas com isso vocês dificilmente serão eleitos...Isso acontece porque a democracia, no que diz respeito ao processo eleitoral, é só aparente. O tempo de TV é quase simbólico. Mesmo que haja uma frente com os três partidos, a tendência é que seja menos de um minuto. A legislação permite que as empresas financiem as candidaturas. No processo eleitoral alguns candidatos gastarão R$ 250 milhões, R$ 350 milhões, igual foi com Lula e o Alckmin nas eleições passadas.
E os demais cargos eletivos, como deputados?
Nós vamos lutar para elegê-los, mas sem abrir mão das nossas opiniões e princípios.
Nós vamos lutar para elegê-los, mas sem abrir mão das nossas opiniões e princípios.
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