Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

terça-feira, 20 de julho de 2010

Lulla afronta todos os preceitos legais

Belo (mau) exemplo!


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva costuma citar sua trajetória como um bom exemplo de ascensão social num país como o Brasil. De retirante a metalúrgico, de sindicalista a deputado, de candidato a presidente da República, Lula, de fato, chegou lá. Vez ou outra, diz que, se ele deu certo, outros "retirantes" também podem. Inegável que Lula é, nesse quesito, um bom exemplo.
O problema é que, chegando ao posto mais importante do país, Lula esqueceu-se de que é visto como um exemplo a ser seguido por muita gente no Brasil. Não só se esqueceu, como tem dado só péssimos exemplos durante a atual campanha eleitoral. De quem deveríamos esperar uma conduta exemplar, temos observado um comportamento que mais se assemelha a uma afronta à legislação eleitoral.
Tudo bem, a legislação não é totalmente clara em vários aspectos. Muitas vezes, fica-se do campo da subjetividade para definir se alguém cometeu ou não uma irregularidade, se fez ou não campanha quando não deveria fazer. Mas o próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) passou a sinalizar que várias atitudes, até então não vistas como campanha, assim passaram a ser consideradas.
Daí que, se no início da campanha Lula poderia se valer da desculpa de que nada era muito claro, depois que o TSE passou a multá-lo, mais de uma vez, perdeu completamente esse argumento. A ele caberia dar, então, o exemplo de como se comportar diante da eleição, sem perder outras possibilidades legais de divulgar o nome de sua candidata.
Só que ele resolveu ir testando, desde o início, a tolerância da Justiça Eleitoral. Diante das primeiras multas, ensaiou um recuo, para depois voltar com suas investidas pró-Dilma. Na última, no episódio em que citou Dilma Rousseff num evento sobre o famoso trem-bala, Lula sabia que poderia estar cometendo alguma irregularidade eleitoral. Tanto que ele mesmo citou essa possibilidade, para depois sair elogiando sua candidata.
Talvez no episódio em questão o presidente nem tenha infringido a lei. Veremos mais à frente, quando o episódio for analisado pela Justiça Eleitoral. Mas se ele sabia que seria questionado, tanto que fez essa ressalva, por que não se resguardar e evitar dar o mau exemplo? Por que não servir de exemplo?
Lula, pelo que tem dito, responderia que estão querendo calar sua voz em favor de Dilma Rousseff. Não é bem assim. Primeiro, porque o último episódio já ocorreu durante a fase oficial de campanha. Ou seja, bastaria ele aguardar o fim de expediente para citar a participação de sua candidata na construção do projeto do trem-bala. Poderia ter feito os elogios, como o fez, no comício realizado no Rio de Janeiro na última sexta-feira à noite.
Agora, se Lula não concorda com a atual legislação e acredita que ela atrapalha seus propósitos, que tente modificá-la no Congresso. Esse é o caminho mais recomendado.
OUTROS EXEMPLOS
Conversando com um membro da cúpula tucana, ele fez questão de destacar que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não se comportou como o presidente Lula quando deixou o governo no final de 2002 e José Serra foi candidato do PSDB à Presidência. Disse ao tucano que iria fazer uma pesquisa nos jornais da época para checar se FHC realmente não tinha feito campanha de forma irregular a favor de Serra. Ele respondeu: "Não tem risco, pode pesquisar". Perguntei de onde vinha tanta segurança. "É que, naquela eleição, o Serra queria distância do Fernando Henrique. Tudo que o Serra queria ser era o candidato da mudança, não da continuidade." É, faz sentido.

Valdo Cruz, 48 anos, é repórter especial da Folha. Foi diretor-executivo da Sucursal de Brasília durante os dois mandatos de FHC e no primeiro de Lula. Ocupou a secretaria de redação da sucursal e atuou como repórter de economia.

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