Procurador determina que caso EJ corra em segredo
Folha
A investigação da Receita Federal sobre a quebra de sigilo fiscal do tucano Eduardo Jorge terá de correr em estrito sigilo.
A investigação da Receita Federal sobre a quebra de sigilo fiscal do tucano Eduardo Jorge terá de correr em estrito sigilo.
A determinação partiu do procurador da República Vinícius Fernando Alves Fermino, que acompanha o caso.
Vice-presidente do PSDB federal, EJ, como é conhecido, viu seus dados fiscais migrarem das máquinas da Receita para um dossiê.
Convidado a se explicar no Senado, o secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, contou que foram mapeados “cinco ou seis” acessos às informações de EJ.
Embora já os conhecesse, negou-se a revelar nomes, datas e horários. Alegou que é preciso aguardar pelo término das apurações.
Ao tonificar a opção pelo segredo, o procurador Vinícios Fernando anotou que os dados envolvidos na investigação são, por força de lei, “sigilosos na origem”.
Escreveu no despacho, de resto, que deseja evitar que a encrenca produza “influências no processo eleitoral”.
O diabo é que as informações fiscais do dirigente tucano já ganharam o meio-fio. A proteção legal foi mandada ao beleléu.
Quem usurpou a lei, tudo faz crer, não agiu senão com o intuito de influir no “processo eleitoral”.
Resta à platéia torcer para que, em algum momento, de preferência antes da eleição, a Procuradoria e o fisco quebrem os únicos segredos ainda não revelados: Quem fez e o porquê.
Escrito por Josias de Souza
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