PT rejeita emenda que incluía PMDB em texto oficial
Fábio Pozzebom/ABr
Diz-se que o casamento do PT com o PMDB sai em junho. Coisa sem volta.
Diz-se que o casamento do PT com o PMDB sai em junho. Coisa sem volta.
Noivos escolhidos. Acordo pré-nupcial firmado. Proclamas na praça. É batata, como se diz.
Não será propriamente um matrimônio, mas um patrimônio.
Dito de outro modo: será uma união de interesses 100% financiada pelo déficit público.
Pois bem, reunido em seu 4º Congresso, o PT levou a voto as diretrizes para o funcionamento da casa sob Dilma.
Discute daqui, confabula dali, José Genoino propôs uma emenda.
Queria injetar no texto o PMDB de Temer, o suposto noivo.
Nada demais. O deputado apenas pedia que fosse explicitado que a aliança prioritária do PT é com o PMDB.
Submetida à deliberação dos cerca de 1.350 petês presentes ao encontro, a emenda Genoíno foi rejeitada.
Manteve-se o texto original, que realça a seguinte prioridade: o PT deve "fortalecer um bloco de esquerda e progressista, amparado nos movimentos sociais".
Vale a pena repetir: “Bloco de esquerda e progressista”. Beleza. Alguém poderia perguntar: E onde é que entra o PMDB de Sarney, Renan, Jader e Cia.?
É como se o PT, antes mesmo de casar, já informasse ao PMDB: “Nossa felicidade conjungal, se existir, será extraconjugal. E vê se não chateia”.
Mais um pouco e Dilma Rousseff vai ao palanque com um Michel Temer de capuz. O PT quer casar, não há dúvida.
Mas não aceita que o casamento com o PMDB lhe imponha nada além de grilhões de barbante.
Escrito por Josias de Souza às 18h17
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