Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Serra precisa se movimentar mais

Imagens de campanha (Editorial FSP)

Proximidade entre Dilma e Serra apontada por pesquisa Datafolha não elimina as incógnitas da disputa presidencial

O CRESCIMENTO de Dilma Rousseff na pesquisa eleitoral do Datafolha, divulgada nesta edição, corresponde à intensa exposição da candidata governista nestas últimas semanas.
Como nunca, investiu-se na estratégia que vem prosseguindo, sem tropeços, há mais de um ano: identificar a ministra com a continuidade do lulismo, numa série de inaugurações e eventos que, na prática, equivalem a verdadeiros comícios eleitorais.
Sem tempo a perder com disputas internas no PT, o presidente Lula decidiu por si próprio o nome de quem queria ver na disputa sucessória, e empenha-se em transformar uma ministra virtualmente desconhecida da maioria da população, a que não faltam modos rebarbativos e íngreme altaneria tecnocrática, numa jovial arquiteta da prosperidade popular.
Ainda que seja mais importante discutir projetos de governo e práticas políticas do que os traços subjetivos de cada candidato, é fato que manipulações de imagem e atitudes pessoais ganham relevo nas decisões de cada eleitor. Não faltam a Dilma Rousseff experiência administrativa e familiaridade com os recônditos do poder palaciano; é ainda uma incógnita o quanto, no cotidiano da campanha, saberá substituir hábitos intransigentes de comando pela flexibilidade afável que a publicidade recomenda.
Curiosamente, esse mesmo tipo de desafio pessoal se coloca para seus adversários mais próximos na disputa, José Serra (PSDB) e Ciro Gomes (PSB). Na mais benigna das hipóteses, ambos padecem aliás de um atraso nos respectivos cronogramas de campanha, seja por hesitação, seja por uma questão de cálculo; um misto, talvez, das duas coisas.
Vendo diminuir em até dez pontos percentuais, em menos de dois meses, a distância que o separa de Dilma Rousseff, o tucano exaspera alguns de seus correligionários, pela demora em assumir os riscos de uma candidatura em campo aberto.
É natural que o candidato mais forte resista à aceleração de sua campanha, uma vez que aumenta o tempo de sua exposição aos ataques dos adversários; paralelamente, a nenhum líder político convém parecer acomodado, omisso ou timorato.
Cabe notar, a propósito, um aumento na rejeição a Serra (de 19% para 25%), e mesmo sinais de que eleitores antes inclinados a votar em seu nome manifestam agora preferência pela petista.
Novamente, não há nada nestas considerações com respeito às imagens pessoais de Dilma, Serra ou Ciro que uma eficiente assessoria de marketing não saiba contornar -ainda mais quando, nas semanas que antecederem as eleições, pouca memória restará deste momento incipiente da campanha.
O que se pode registrar, desde já, e com desalento, é a ausência de visões distintas de governo, de caminhos alternativos para o futuro, nas considerações eleitorais. É assim que o peso do marketing e das personalidades -reais ou construídas- termina sendo uma das variáveis em pauta quando se tenta prever os próximos passos da disputa.


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