Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Entrevista com Serra II


Serra em guerra contra a dengue

Governador de S.Paulo recebe os editores-chefes da Rede BOM DIA



O governador de São Paulo, José Serra, recebeu a Rede BOM DIApara uma entrevista exclusiva. Ele falou sobre o combate às enchentes e à dengue e destacou os avanços do estado no campo da segurança e falou também sobre política. Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

BOM DIA - Governador, queria que o senhor explicasse o que é que pode ser feito no caso das enchentes
José Serra
 - Em primeiro lugar, você tem o fenômeno da natureza. Por exemplo, em São Paulo, quarta-feira passada, choveu quatro vezes além do que costuma chover em um dia de fevereiro. Desde que são feitas medições é a maior chuvarada que São Paulo já teve. Choveu quase 50 dias seguidos. Parecia Manaus ou Belém. Agora, realmente é uma chuva inusitada. A partir daí vão aparecendo problemas que já existiam ou problemas novos. O quê que a gente tem feito no estado? Prevenção.
Existe uma previsão para o preenchimento dos cargos de polícia e para o aumento no número de viaturas. Como é que o senhor vê a questão da segurança?
Serra
 - Bom, a gente está trabalhando. São Paulo tem a maior força policial do Brasil, com 126 mil soldados. Um PM estuda um ano, um delegado outro tanto, ou seja, não é coisa que você aperta um botão e imediatamente aumenta o efetivo. A gente tem um planejamento de expansão significativa no nosso governo. Há ainda investimento em tecnologia. Por exemplo, rádio digital, nós estamos agora generalizando para São Paulo. Eu inaugurei isso aqui na capital no começo do governo, em 2007, 2008, e agora já está se generalizando.



A dengue, ela está avançado no Estado de São Paulo. Existe uma ação mais efetiva para combater esses focos?
Serra
 - Já gastamos em três anos R$ 120 milhões de apoio aos municípios na luta contra a dengue. Na verdade é o Ministério da Saúde que transfere diretamente para os municípios. Eu que criei, quando era ministro da Saúde, esse enfrentamento da dengue. Os estados são intermediários em algumas coisas e podem cooperar. Quando era ministro tinha estado que não dava bola. São Paulo sempre cooperou. Formamos um esquadrão de elite de profissionais de combate à dengue de 200 pessoas. E vamos também fazer uma campanha de rádio e de televisão, de esclarecimento à população. Enfim, tem uma participação da população que é muito importante, e que a gente precisa fazer campanha educacional. Quando era ministro fui aos Estados Unidos, conversei com a ministra da Saúde por causa da pesquisa contra a dengue. Os Estados Unidos têm interesse nisso. De fato o grande problema da dengue é que não tem vacina e não tem terapia. Têm doenças, têm infecções que você combate com vacina. No caso da dengue não tem nem uma coisa nem a outra direito. É fundamental se descobrir uma vacina e a gente está investindo em pesquisa no Butantã. Eu estava fazendo isso no Ministério da Saúde. Acho que um dia se descobre, porque é das doenças epidêmicas a mais difícil que tem de combater.
Num exercício de futurologia, não tem como estimar em quanto tempo será feita essa vacina?
Serra
 - Não sei. Outro dia até o Isaias Raw estava me dizendo, fazendo uma previsão mais otimista, mas achei que isso é demorado, porque na hora que você descobre você tem que fazer teste. Isso demora anos.


O senhor acha que a solução para os problemas, enquanto não vem a vacina, é mesmo a conscientização?
Serra
 - A dengue é crucial e o poder público tem essa obrigação de educar, de caderninho nas escolas, pegar a garotada, cartilha. É um dos problemas mais difíceis de erradicar no Brasil.
A lei anti-fumo vai marcar a história do senhor como?
Serra
 - Como um chato que se preocupa muito com o efeito do cigarro sobre a saúde. Mas esse negócio de chato não é bom não... [risos] Mas era uma medida necessária que pegou. Nós também fizemos pesquisa, dava 85%, 90% a favor. Eu digo antes, e funcionou muito bem.
Esse é o último ano do seu governo?
Serra
 - Bom é o último ano. (Risos) Quer eu fique aqui, para reeleição, quer eu vá para a eleição federal é o último ano do meu mandato.
A última perguntinha, não vou perguntar se o senhor vai ser candidato ou não, vou perguntar diferente. O senhor deseja ser presidente da República?
Serra
 - [Risos]. Um dia, quem sabe, né? Está bom?
O seu amigo João Manuel (economista e um dos “pais” do Plano Cruzado), diz em entrevista que o senhor e a Dilma são iguaizinhos. Se houvesse um realinhamento político e partidário no país, o senhor e a Dilma ficariam na mesma legenda.
Serra
 - Essa é só uma opinião do João.


Governador afirma que é uma pessoa tímida
BOM DIA
 - A revista Piauí fez uma reportagem com o senhor e traçou um perfil como o senhor sendo tímido. Engraçado, não tive essa impressão durante essa entrevista. O senhor é tímido?
José Serra - Eu acho que eu sou sim.
O que seria tímido?
Serra
 - Sei lá, entrar num restaurante, assim, de repente ficar todo mundo olhando, eu às vezes fico um pouco... [risos].
Tem dificuldade com isso...
Serra
 - É, eu fico um pouco envergonhado, assim quando... É curioso isso. Numa campanha política é diferente, a gente vai, tem de ser, tal, mas na vida cotidiana, entrar num lugar e ficar todo mundo olhando, etc., eu fico, eu tenho que fazer uma certa força para tocar para frente.
Mas isso restringe a sua vida social?
Serra
 - Não, a vida social, quando você está no governo, etc., se reduz muito, né? Não é muita. A minha vida social é, fora compromissos políticos, meus netos e meus filhos. Mas eu sou tímido, sim.
Governador, nessa mesma entrevista o senhor disse uma coisa que é curiosa, que o governador Covas duplicou a Imigrantes, mas o senhor acha que ele ficou marcado pela Sala São Paulo, a questão da cultura.
Serra
 - é verdade.
Qual é a marca cultural do seu governo?
Serra
 - Isso quem vai resolver não sou eu, um pouco a história, mesmo a médio prazo nós fizemos muita coisa. O Museu do Futebol, foi uma ideia que eu tive ainda prefeito de São Paulo, que conseguimos materializar. E o Catavento, que é uma coisa curiosamente menos conhecida, que é espetacular, um Museu de Ciência e Tecnologia para crianças e adolescentes. O Teatro da Dança, que eu não vou conseguir concluir. O Museu da História de São Paulo que nós estamos fazendo, lá no parque Dom Pedro. A Biblioteca São Paulo, que nós fizemos lá onde era o Carandiru, que é a mais avançada do mundo em matéria de acessibilidade. Enfim, a Virada Cultural, que eu criei aqui na capital e estamos induzindo a funcionar no interior. Enfim, são muitas coisas na área da cultura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.