Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Entrevista com Serra III


Serra desafia Emidio e Furlan a reduzir valor dos pedágios

Governador voltou a desafiar prefeito de Osasco a abrir mão do ISS que arrecada da Castello Branco

Agência BOM DIA
Fotos: Sergio Barzahi/Agência BOM DIA


Pré-candidato à presidência, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), voltou a defender os pedágios pelos benefícios que geram e desafiou novamente o prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT), a devolver os 5% de ISS que arrecada com as praças de cobrança ou devolver este dinheiro aos cidadãos que pagam a taxa no trecho da rodovia que corta a cidade.

BOM DIA - Quem sai de Barueri e Osasco necessariamente tem que pagar o pedágio, tanto que a Justiça concedeu uma liminar ...
José Serra - Mas não é para tanto, a Justiça dá liminar para lá e para cá, não é só porque a Justiça deu ...
Como o estado tem tratado a questão específica do pedágio nesse ponto da Castello?
Serra
 - Mudança, como essa do pedágio, sempre produz um problema local aqui e um problema local acolá, é meio inevitável isso, mas a gente tem que olhar no agregado [...]. A prefeitura arrecada dinheiro do pedágio, ela arrecada o teto de 5% de imposto sobre serviço. Eu quero dizer o seguinte: os prefeitos de Barueri e de Osasco estão livres para devolverem o quanto arrecadam com o pedágio para a população que paga pedágio. Se pesar tanto, eles podem devolver, porque todas as prefeituras por onde passa a estrada sob concessão, arrecadam impostos em cima do pedágio, uma parte do pedágio é imposto da prefeitura. Dessa forma, quem estiver desconforme com esse pedágio pode devolver para a população. O pedágio médio, no caso da Castello, caiu 57%.
Eu discordo um pouco desse valor de 57% porque, na verdade, o valor é o mesmo para quem viaja de Sorocaba a capital.
Serra
 - Mas no trecho, que antes você pagava 100%, agora você paga 43%.
O que eu quero dizer é que o preço é o mesmo, mas foi desmembrado para ser pago um valor num pedágio e outro valor no pedágio seguinte.
Serra
 - Mas se você sair em seguida ao primeiro pedágio você continua ganhando. É nisso que insisto. Nós fizemos uma pesquisa, 80% da população aprovou a mudança. [...] Mas no caso de Osasco e Barueri você tem que contar as obras complementares. Fui inaugurar outro dia o ‘Cebolão’ e todas as alças, todo o complexo viário para Jandira, para Itapevi e Alphaville. [...] Tanto que a prefeita, por exemplo, de Itapevi que é do PT [Ruth Banholzer], estava adorando a obra e aprovou a questão do pedágio, recebeu um benefício direto e grande, e vai receber mais. Nós estamos consertando a estrada [SP-29] que caiu e vamos fazer um acesso com outra categoria em Itapevi. Isso já está previsto, e vai sair com o dinheiro das concessões.

Quando o senhor fala ‘categoria’ é em termo de qualidade de obra?
Serra
 - De amplitude, uma obra melhor, essa estrada, se não me engano, é uma pista dupla. Vai ser feito uma coisa mais ampla.
É possível ter uma ação mais efetiva para conter os focos de dengue no estado?
Serra
 - Nós já gastamos nos últimos três anos R$ 120 milhões de apoio aos municípios na luta contra a dengue. Porque, na verdade, é o Ministério da Saúde que transfere diretamente para as prefeituras. Eu que criei, quando era ministro da Saúde, esse enfrentamento da dengue, porque não tinha nada até então no país. Além do mais, nós formamos um esquadrão de elite de profissionais de combate à dengue de 200 pessoas. Nos lugares mais graves nós estamos mandando gente desse esquadrão.
O que pode ser feito para combater o problema das enchentes?
Serra
 - O quê que a gente tem feito no estado? Prevenção. Todos os municípios do Alto Tietê, da Cantareira, que têm várias barragens, eu fiz reunião diretamente com eles, para prevenir. Porque a barragem, ela segura a água, mas chegando a um certo nível, você tem que deixar a água sair, porque senão a barragem derruba, aí seria uma coisa de tsunami.

Existe previsão para preenchimento dos cargos de polícia e para o aumento no número de viaturas. Como é que o senhor vê a questão da segurança?
Serra
 - São Paulo tem a maior força policial do Brasil, são 126 mil soldados. Um PM estuda um ano, um delegado outro tanto, ou seja, não é coisa que você aperta um botão e imediatamente aumenta o efetivo. A gente tem um planejamento de expansão significativa no nosso governo. Há ainda investimento em tecnologia. Por exemplo, rádio digital, nós estamos agora generalizando para São Paulo. Eu inaugurei isso aqui na capital no começo do governo, em 2007, 2008, e agora já está se generalizando.
A criação de novos presídios provoca reação contrária da população, de entidades, dos prefeitos. A pergunta é a seguinte: vale a pena comprar uma briga dessas?
Serra
 - Temos uma superpopulação carcerária em São Paulo. Ou seja, nós temos mais de 160 mil presos e não tem lugar adequado para ele. Isso é desumano. Todo mundo quer presídio, mas no município vizinho. Ninguém quer no seu. A gente tem tido uma atitude positiva com relação às reclamações, sugestões, mudança de local, propostas. Perdão, nós temos tido uma postura bastante aberta e flexível. Reconheço que qualquer um prefere ter um presídio mais longe. Eu preferia não ter que fazer mais, que não tivesse gente presa, que fosse tudo uma segurança muito boa, tranquilidade total, mas a realidade não é bem assim em nosso estado.



As prefeituras do PSDB são mais ou menos beneficiados por ser do seu partido?
Serra
 - A relação em geral com as prefeituras é boa, mesmo com os que não são do PSDB ou da base aliada, elas são boas no geral, incluindo prefeituras do PT, do PDT. [...] O que eu ouço dos prefeitos é que antigamente eles tinham que vir pressionar para coisas e que, agora, a gente pressiona para que eles façam, para que apresentem programas, para que toquem para adiante os projetos comuns. Isso é verdade, não tem mais a política de ‘pires na mão’ aqui em São Paulo.
Qual sua opinião sobre as pesquisas eleitorais?
Serra
 - Eu não entro em assunto de pesquisa, porque vai para um lado, hora vem, hora vai, etc. É uma coisa sem fim, e vai ser assim até o segundo turno. Se tiver segundo turno né?
A lei anti-fumo vai marcar a história do senhor como?
Serra
 - Como um chato que se preocupa muito com o efeito do cigarro sobre a saúde. Mas esse negócio de chato não é bom não... [risos]. Mas era uma medida necessária que pegou. Nós também fizemos pesquisa, dava 85, 90% a favor.

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