SÃO PAULO - Depois de reclamar da politização feita pela oposição sobre as enchentes em São Paulo, o governador José Serra começou nesta quarta-feira uma megaoperação de combate a aterros sanitários ilegais às margens do Rio Tietê. Provável candidato à presidência da República, Serra foi pessoalmente a Guarulhos, na Grande São Paulo, fechar uma fundição que utilizava o local como depósito ilegal de entulho e ainda depositava borra de alumínio no rio.
- Os aterros impermeabilizam o solo e provocam as enchentes - disse o governador.
A operação começou nesta quarta-feira e vai até hoje em 35 pontos de aterros irregulares. A polícia ambiental promete destruir os acessos aos aterros e monitorar as áreas daqui para a frente para que esses locais não voltem a ser utilizados irregularmente. Segundo o governador, a região onde funcionava a fundição de alumínio é muito parecida com a do Jardim Romano e Jardim Pantanal, na zona leste da capital, que foram desmatadas e tiveram o solo impermeabilizado.
Serra disse que está ampliando também a área de proteção ambiental por meio de um decreto que vai colocar mais restrição as ocupações às margens do Tietê. Ele criticou os loteamentos irregulares clandestinos à beira do rio e disse que essas áreas tendem a alagar.
- Há ilusão de que se trata de um lugar seguro, mas na primeira temporada de chuva inunda tudo. Isso prejudica as pessoas humildes que compraram um terreno para morar. É um lugar impossível de se morar porque está perto do rio e sujeito a enchentes - disse Serra.
O governador afirmou que outros locais podem ser identificados pela Polícia Ambiental. Há pouco mais de uma semana, durante uma viagem a São Luiz do Paraitinga, a cidade mais afetada pela enchente em São Paulo, Serra disse que tem muita gente jogando e se deliciando com o quanto pior melhor.
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