O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) declarou que será candidato à Presidência da República este ano e “não tem volta” – ou seja, descarta uma candidatura ao governo de São Paulo, como desejam os partidos da base governista.
Ciro disse ainda que pode até abdicar de qualquer outra candidatura se não disputar o Planalto. As revelações foram feitas ao vivo na noite de terça, no programa Tribuna Independente, da Rede Vida de TV, apresentado pelo jornalista Monteiro Neto.
No programa, Ciro voltou a atacar desafetos, como o governador José Serra (SP), provável candidato do PSDB à Presidência, e também o ex-ministro José Dirceu, suspeito de lobby para uma empresa que pode controlar a Telebrás, que será reativada.
– José Dirceu anda exibido demais, fazendo negócios – criticou o deputado.
Sobre a ministra Dilma Rousseff, que será a candidata do PT, Ciro foi mais brando.
Como aliado, deu sinais de que fará uma oposição branca a ela, mas apontou também um ponto fraco: – O que pode pesar contra ela é que ela não tem experiência em campanhas. Eu tenho.
Estou há 30 anos nisso. Aliados Ontem pela manhã, Ciro Gomes ratificou para aliados o que adiantou na TV na noite anterior. Disse que é candidato do PSB ao Planalto, e que tudo depende agora do partido. Ainda sem aliados, não vêm problema em enfrentar as urnas.
Em reunião com dirigentes paulistas de nove partidos aliados, Ciro reforçou que descarta qualquer tentativa de se candidatar ao governo de São Paulo. A reunião aconteceu na sede do PSB em Brasília, a pedido de líderes paulistas do PT, PSB, PC do B e PRB, PDT, PSC, entre outras legendas.
– Agradeço a todos, mas sou candidato a presidente da República e terei muito prazer em montar uma chapa com todos esses partidos para a eleição presidencial.
Confirmando sua pré-candidatura à Presidência da República, Ciro Gomes declarou que amadureceu, está mais vivido, mais experiente.
– Estou completando 30 anos de vida pública, já fui candidato duas vezes, conheço o Brasil, conheço a inteligência brasileira, as universidades, ando pensando o país há muito tempo e tenho desejo de servir ao nosso povo – argumentou, para em seguida dar uma estocada na ideia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de emplacar uma disputa só entre o PT e o PSDB. – A opção plebiscitária é ruim para o país, porque reduz o debate a uma comparação entre passado e presente, sem discutir o futuro. E também é ruim para a democracia, porque reduz o poder de decisão do eleitor, retira as outras opções para que ele exerça o seu sagrado direito de escolha.
Dilma livre Aliados do governo conseguiram reverter ontem a convocação da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para falar sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos do governo federal. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou requerimento para substituir a convocação de Dilma pelo ministro Paulo Vannucchi, aprovado pela maioria dos integrantes da comissão.
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