Embora tenha tomado a decisão de encerrar sua vida pública quando concluir o atual mandato, o deputado Roberto Magalhães tem conversado regularmente com líderes políticos da oposição sobre a sucessão do presidente Lula e do governador Eduardo Campos. No plano federal, ele considera o quadro definido. O candidato é mesmo José Serra porque se ele tivesse alguma dúvida sobre a candidatura teria deixado Aécio Neves de sobreaviso. Como não o fez, é porque a decisão já está tomada.
No plano estadual, Magalhães vê Jarbas Vasconcelos como candidato a governador para o cumprimento de uma missão: ajudar Serra ser presidente da República. O senador teria garantido ao próprio Serra que fará qualquer sacrifício que estiver ao seu alcance para que ele vença a eleição e que se sua “quota” for disputar o governo contra Eduardo Campos, mesmo este sendo o favorito, disputará. Serra teria ficado grato por este gesto e tem Pernambuco hoje como um caso “equacionado”.
Paradoxalmente, Jarbas é o candidato mais forte e também o mais fraco para disputar o governo estadual. Ele é o candidato mais forte pela sua liderança metropolitana e sua condição de ex-prefeito do Recife e de ex-governador. Mas é também o candidato mais fraco por estar carimbado como o “antiLula” num Estado em que o presidente da República tem 90% de avaliação positiva, sendo que em alguns municípios do interior como Carpina, por exemplo, esse índice chega a 100%.
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