PSDB: Dilma é marketing e tática de Serra não muda
Sérgio Guerra diz que candidatura não será lançada agora
José Cruz/ABrO senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, avalia que a aclamação de Dilma Rousseff como candidata do PT não passa de “mais uma peça publicitária”.
“Marketing puro”, diz o senador. Classifica o Congresso do PT, encerrado no sábado, de ato “sem conteúdo legal, para reforçar a campanha que ela já vem fazendo”.
E quanto à candidatura da oposição, quando será levada à vitrine? “O governador José Serra está governando o Estado de São Paulo”, declara Sérgio Guerra.
Não vê razões para alteração de planos. “Governar São Paulo não é fácil. A nação espera que o Serra cumpra o papel dele”.
Para ilustrar seu raciocínio, o presidente do tucanato teoriza: “Vamos supor que o governador se lançasse candidato agora...”
“...Suponhamos que ele dissesse: ‘Eu sou candidato a presidente da República e vou fazer campanha. O que danado ele poderia fazer?...”
“...O que a Marina [Silva] está fazendo, o que o Ciro [Gomes] está fazendo? Não tem o que fazer, não podem fazer”.
Mas Dilma não está fazendo? “A ministra faz porque usa o governo, a campanha dela é o governo. É ilegal, feita no cargo de ministra, junto com o presidente”.
O senador falou no “Jornal da Noite”, da TV Bandeirantes. A entrevista foi levada ao ar no início da madrugada desta terça (23).
A certa altura, Sérgio Guerra foi instado a comentar a subida de Dilma nas pesquisas: “A ministra venceu no tempo o problema do desconhecimento. Evidentemente teria que crescer. Tem crescido nas pesquisas, isso não nos surpreendente”.
Acha, contudo, que o Congresso do PT evidenciou as "fragilidades" da candidata de Lula: “A ministra fez um discurso anacrônico, para agradar um lado e agradar o outro, para fazer de conta que ela não é ela”.
Interpretou o discurso de Dilma: Tentou demonstrar “que ela é uma pessoa que vai fazer um projeto liberal e democrático no Brasil, que vai manter instituições. Falou de Estado forte. O que danado é Estado forte? O eleitor não compreende isso direito”.
Identificou diferenças entre as propostas defendidas pelo PT e os planos assumidos por Dilma: “O PT faz discurso mais para a esquerda, no sentido de atender aos movimentos sociais e fazer promessas pra eles...”
“...E a ministra faz um discurso aparentemente responsável. No conjunto, produziu-se uma candidata que não conseguiu e não vai definir até o dia da eleição seu verdadeiro padrão”.
Vão abaixo outras declarações feitas pelo presidente do PSDB na entrevista:
- Quais é a alternativa do PSDB para a economia? “Nós vamos trabalhar para que o Brasil tem juros menores e tenha um câmbio mais apreciado”.
- Mas não havia declarado noutra entrevista que os rumos mudariam? “Não falei nisso. Disse que os compromissos com o ajuste fiscal, com o cambio flutuante e com as metas de inflação seriam mantidos”.
- Estado brasileiro: “Nós vamos fazer uma profunda reforma no Estado. Controlar os gastos, reduzi-los. E vamos dotar esse país de um verdadeiro planejamento. Nós somos um país que não tem planejamento”.
- Governo Lula: “Não avançamos um metro na infraestrutura. A nossa saúde involuiu. A educação não tem qualidade.”
- Distribuição de renda? “Teve uma certa redução de diferenças, que tem origem numa parte do governo que nós elogiamos: os programas sociais que o presidente Lula desenvolveu a partir de idéias que nós tivemos.
- Parâmetros de um eventual governo tucano: “O nosso governo vai ser democrático, limpo, não vai privatizar o Estado brasileiro.
- Dilma sugeriu que vão privatizar, não? Estão dizendo aí que nós vamos privatizar. [A ministra] sugeriu, mas nada disso é verdade. Mais uma vez.
- Tática do plebiscito: “Eles não estão querendo fazer comparação nenhuma. Nem cabe fazer comparações. Eles querem que a gente vacile e não asssuma o governo que nós fizemos. E nós não temos nenhum problema de assumir o governo que fizemos. [...] Com toda franqueza, o que o adversário quer é esconder a sua candidata. Toda essa discussão de comparar um governo com outro tem um objetiovo: esconder a ministra Dilma. [...] É importante que a ministra apareceça, que seja comparada, que diga o que ela fez e todo mundo veja. Que o que ela pensou no passado e pensa no presente seja apresentado a todos. Eu não vi nada nenhnuma proposta real da ministra sobre coisa alguma.
- Popularidade de Lula: “Atribuo a vários movimentos. Primeiro, ele ajudou o pessoal que ganha muito dinheiro. Segundo, ele ajudou a população pobre e carente quando expandiu os programas sociais. Terceiro, ele é um notável comunicador. Quarto, ele tem muito espaço para comunicar. E quinto, não respeita muito as leis. Ele é o presidente da República que faz campanha eleitoral [ilegal]”.
- O panetonegate prejudica a oposição? “Em Brasília, sim. O governador Arruda estava muito bem aprovado lá. Fazia um governo que todo mundo considerava positivo. Na hora em que ele sofre o processo que está sofrendo, nós ficamos prejudicados eleitoralmente em Brasília. Esperamos que a Justiça cumpra o seu papel. [...] Há um prejuízo local, quem nós vamos localmente resolver. Do ponto de vista nacional, não [há prejuízos políticos]”.
- E a cassação de Gilberto Kassab? “Isso não é real. É brincadeira de mau gosto. Nada disso pra frente. Isso é um episódio que depois de amanhã desaparecerá”.
Escrito por Josias de Souza às 06h36
INFORMO A V.EXCIA. SEN SERGIO GUERRA QUE SOU ELEITORA DE DILMA E CONHEÇO MUITA, MAS MUITA GENTE QUE IRA VOTA NA DILMA
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