Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Mensalão petista

26/02/2010

Pimentel ajudou a fornir mensalão do PT, diz revista

Hoje em Dia/Folha
Notícia veiculada na última edição da revista IstoÉ traz à tona detalhes ainda desconhecidos do caso do mensalão petista.

O repórter Hugo Marques, autor da reportagem, diz ter tido acesso às 69 mil páginas que recheiam o processo do mensalão, em tramitação no STF.

Em meio à papelada, encontrou o processo número 2008.38.00.012837-8. Trata da investigação de crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Tramita sob sigilo na 4ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais. E foi anexado aos autos do mensalão, no Supremo.

Esse processo leva à grelha do mensalão o nome de um grão-petista que passara incólume pelo escândalo: Fernando Pimentel.

Ex-prefeito de Belo Horizonte, Pimentel é coordenador informal da campanha de Dilma Rousseff. E disputa a vaga de candidato do PT ao governo mineiro.

Segundo IstoÉ, Pimentel frequenta as páginas do processo como um dos operadores da remessa ilegal de dinheiro para o exterior.

Parte da verba teria servido para pagar dívidas do PT com o publicitário Duda Mendonça, que fizera as campanhas do próprio Pimentel e de Lula.

Eis o que conta a revista:

1. Um procurador da República de Minas Gerais, Patrick Salgado Martins, discorre nos autos sobre as relações de Pimentel com um empresário e um contator.

2. O empresário chama-se Glauco Diniz Duarte. O contador, Alexandre Vianna de Aguilar. Juntos, teriam remetido ilegalmente aos EUA cerca de US$ 80 milhões.

3. A origem desse dinheiro, sustenta o Ministério Público, é um contrato da prefeitura de Belo Horizonte com a Câmara dos Dirigentes Lojistas.

4. Destinava-se à implantação de um projeto chamado Olho Vivo. Consistia na instalação de câmeras nas ruas da capital mineira. Segundo a Procuradoria, foi superfaturado.

5. Eis o que anotou o procurador Patrick Martins em sua denúncia: Há “[...] fundada suspeita de que o aludido convênio tenha sido ardiloso estratagema para desvio de dinheiro público com a finalidade de saldar as dívidas de campanha do partido em território alienígena”.

6. Seguindo a rota do dinheiro, o Ministério Público verificou que pelo menos US$ 30 milhões migraram para contas da empresa Gedex International, nos EUA.

7. Diretor da Câmara de Dirigentes Logistas à época e dono da Gedex, o empresário Glauco Diniz Durarte teria repassado parte da verba para a conta Dusseldorf, de Duda Mendonça.

8. O procurador Patrick Martins escreveu: “As conexões mostram que eles intermediavam operações diversas com o objetivo de dissimular a natureza, origem, localização, movimentação e propriedade das quantias transacionadas, havendo ainda contra o acusado Glauco Diniz a suspeita de ter elaborado esquema de desvio de dinheiro público com a finalidade de saldar dívidas de campanha do PT”.

9. Afora a revelação de que nacos do mensalão podem ter tido origem em arcas públicas, a revista informa que o esquema serviu para custear despesas alheias a campanhas políticas.

10. Informa-se que uma mala contendo R$ 1 milhão do butim do mensalão teria sido enviada à Executiva do PT do Rio Grande do Sul.

11. A verba de má origem teria sido utilizada por dirigentes do PT gaúcho para saldar dívidas decorrentes da organização do Fórum Social Mundial.

13. No mais, afora uma infinidade de detalhes, o papelório reforça o já sabido: o mensalão financiou o pagamento de propinas ao consórcio partidpario que gravita em torno do governo Lula.

Fernando Pimentel tratou do caso no seu microblog. Escreveu: “Sobre a matéria da IstoÉ, vejam a minha nota”. Segue-se um link.

Quem clica chega a um texto no qual Pimentel lembra que a notícia da revista chega numa semana em que dois outros assuntos dominavam a cena política:

O primeiro, a “corrupção” do governador preso do DF, José Roberto Arruda. O outro, a cassação do prefeito ‘demo’ Gilberto Kassab, suspensa após recurso.

Os dois casos, Pimentel realçou, envolvem “o DEM, principal aliado do PSDB, maior adversário do PT na próxima eleição”.

Nesse contexto, escreveu Pimentel, IstoÉ “resolveu embaralhar tudo, ressuscitar o chamado mensalão de 2005 e, para tentar empatar o jogo, me citar como um dos envolvidos no recebimento de verbas irregulares”.

“A intenção óbvia”, acrescentou Pimentel, “é causar danos à imagem de um dos coordenadores da campanha da ministra Dilma Rousseff à presidência”.

No dizer de Pimentel, a revista “mistura alhos com bugalhos e faz ilações sem qualquer apoio na realidade”.

“Para incluir o meu nome em sua reportagem, a IstoÉ lançou mão de uma coincidência: o diretor financeiro da CDL à época do convênio para a instalação de câmeras mais tarde foi identificado como doleiro supostamente envolvido com o chamado mensalão”.

Segundo o ex-prefeito, “o convênio entre a prefeitura de Belo Horizonte e a Câmara dos Diretores Logistas nunca foi alvo de ação da justiça”.

Sustenta que “o projeto está em vigor até hoje, sem contestações, agora sob a responsabilidade da Polícia Militar”.

Pimentel encerra sua nota assim: “Jamais fui convocado pela justiça para depor ou mesmo prestar esclarecimentos sobre qualquer destes assuntos. Jamais fui chamado para falar a uma CPI ou outro tipo de comissão...”

“...Não há e nunca houve nada, rigorosamente nada, que me ligue, direta ou indiretamente, ao chamado mensalão ou a qualquer outro tipo de irregularidade”.

- Atualização feita às 21h05 desta sexta (26): O procurador da República Patrick Salgado Martins, informou por meio da assessoria: por falta de provas, Fernando Pimentel não foi denunciado no processo que investiga os crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Escrito por Josias de Souza às 19h04

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.