Chapa puro-sangue é "difícil e improvável", avalia Tasso Jereissati
12/01 - 10:22 - Ricardo Galhardo, iG São Depois de almoçar com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, na tarde de segunda-feira, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) classificou como “difícil e improvável” a composição de chapa puro-sangue, sonho tucano para a disputa presidencial deste ano.
AE |
Tasso Jereissati ao deixar a residência de FHC |
Pressão
Os caciques tucanos negaram que o encontro tenha servido para pressionar Aécio a aceitar ser o vice de Serra na disputa presidencial. Quando Aécio foi questionado sobre a pressão, Fernando Henrique atravessou a conversa e respondeu: “ninguém está insistindo”.
Segundo eles, o governador mineiro se comprometeu a fazer “a maior campanha já vista em Minas Gerais” para apoiar Serra, mas nem sequer cogitou a possibilidade de disputar a vice-presidência.
O almoço serviu para alinhavar a estratégia eleitoral do início do ano. Enquanto Serra não anuncia formalmente a candidatura, o que deve acontecer somente a partir de março, os caciques tucanos vão percorrer o Brasil para articular alianças regionais.
O PSDB admite ter dificuldade em montar palanques fortes para Serra no Rio de Janeiro, Ceará (Tasso descartou concorrer ao governo cearense) e Amazonas. “Vamos montar o bloco para o Carnaval”, anunciou Aécio.
"Vamos entrar em campo"
Os tucanos se aventuraram no campo das metáforas futebolísticas, especialidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para exemplificar a estratégia. “Vamos entrar em campo e colocar o time até o carnaval”, disse Tasso. "Ele vai ser o capitão”, emendou Fernando Henrique, apontando para Guerra.
Para Guerra, o fato de Serra protelar o anúncio formal da candidatura “não é tão relevante”. De acordo com ele, a desistência de Aécio anunciada no final do ano deixou o cenário tucano mais claro, facilitando o caminho para as alianças. “Isso reduz o problema que tínhamos que resolver de dois pré-candidatos. Havia uma certa ansiedade”, disse o presidente tucano.
Tasso foi mais explícito: “passado o final de ano, com a definição clara do governador Aécio, o governador Serra é o candidato, ponto, acabou”.
Além de iniciar a montagem dos palanques, a cúpula tucana decidiu partir para uma abordagem ofensiva do governo Lula. O primeiro alvo é o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH).
Sobre a ausência de Serra, Guerra justificou: “foi um almoço quase acidental. Estávamos todos passando por São Paulo. Nem sabíamos onde o serra estava. Soube agora que ele está em Taubaté”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.