O desafio verde
Correio Popular/Campinas
Não se deve temer a agenda ambiental, como se ela representasse uma ameaça ao crescimento da economia. Contando com o ativismo do Estado, e graças ao enorme potencial das energias renováveis em nosso País, excelentes oportunidades podem se abrir para o desenvolvimento sustentável brasileiro.
Por essa razão estive na Dinamarca. Primeiro, para mostrar a política de mudanças climáticas de São Paulo, recentemente transformada em lei estadual. Mais que a meta de redução de 20% na emissão de gases do efeito estufa até 2020, com base em 2005 - redução absoluta, diga-se, não mera reversão de tendências - os compromissos públicos exigidos abrem uma rica agenda de trabalho ambiental na próxima década. A nova lei obriga, no prazo de um ano, o Governo de São Paulo a apresentar um plano para o transporte sustentável no Estado.
Chegou a hora de colocar as ferrovias e hidrovias no primeiro plano das estratégias de crescimento. Muito investimento terá que ser feito para equilibrar e articular os modais de transporte de cargas. Vamos investir, nesses quatro anos, R$ 20 bilhões em Metrô, CPTM e EMTU/SP, abrindo caminho para quadruplicar a rede sobre trilhos com qualidade de metrô (linhas novas e modernização das antigas linhas de trens urbanos). E até 2020 o transporte sustentável terá que avançar ainda mais, pois facilitar o deslocamento das pessoas e reduzir a necessidade de utilização do transporte individual reduzem a poluição atmosférica e rebaixam a emissão de CO2.
Estamos preparando, através da Nossa Caixa Desenvolvimento, nossa agência de fomento, um amplo programa de financiamento, da ordem de R$ 1 bilhão, com juros reduzidos, para as empresas investirem na redução de suas emissões.
Em São Paulo, onde viramos a página do desmatamento, estamos reflorestando as matas ciliares, protegendo rios, córregos e nascentes d'água. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente já cadastrou 370 mil hectares de áreas em recuperação, dentro de uma meta que visa chegar a 2020 com um milhão de hectares recuperados.
Na matriz energética, a "renovabilidade" paulista alcança 56% do consumo, contra uma média mundial de 13%. São Paulo produz 64% do etanol nacional e 25% do mundial. Utilizando-se da tecnologia dos veículos flex, o combustível alternativo avança, estimulado por uma redução no ICMS no Estado, de 25% para 12%. Menos imposto, mais ambiente.
Os países e as empresas que tomarem a dianteira das inovações tecnológicas sairão ganhando na competição internacional.
Precisamos nos preparar, em nome das gerações que ainda nem nasceram, para esse enorme desafio.
José Serra é governador do Estado de São Paulo
Por essa razão estive na Dinamarca. Primeiro, para mostrar a política de mudanças climáticas de São Paulo, recentemente transformada em lei estadual. Mais que a meta de redução de 20% na emissão de gases do efeito estufa até 2020, com base em 2005 - redução absoluta, diga-se, não mera reversão de tendências - os compromissos públicos exigidos abrem uma rica agenda de trabalho ambiental na próxima década. A nova lei obriga, no prazo de um ano, o Governo de São Paulo a apresentar um plano para o transporte sustentável no Estado.
Chegou a hora de colocar as ferrovias e hidrovias no primeiro plano das estratégias de crescimento. Muito investimento terá que ser feito para equilibrar e articular os modais de transporte de cargas. Vamos investir, nesses quatro anos, R$ 20 bilhões em Metrô, CPTM e EMTU/SP, abrindo caminho para quadruplicar a rede sobre trilhos com qualidade de metrô (linhas novas e modernização das antigas linhas de trens urbanos). E até 2020 o transporte sustentável terá que avançar ainda mais, pois facilitar o deslocamento das pessoas e reduzir a necessidade de utilização do transporte individual reduzem a poluição atmosférica e rebaixam a emissão de CO2.
Estamos preparando, através da Nossa Caixa Desenvolvimento, nossa agência de fomento, um amplo programa de financiamento, da ordem de R$ 1 bilhão, com juros reduzidos, para as empresas investirem na redução de suas emissões.
Em São Paulo, onde viramos a página do desmatamento, estamos reflorestando as matas ciliares, protegendo rios, córregos e nascentes d'água. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente já cadastrou 370 mil hectares de áreas em recuperação, dentro de uma meta que visa chegar a 2020 com um milhão de hectares recuperados.
Na matriz energética, a "renovabilidade" paulista alcança 56% do consumo, contra uma média mundial de 13%. São Paulo produz 64% do etanol nacional e 25% do mundial. Utilizando-se da tecnologia dos veículos flex, o combustível alternativo avança, estimulado por uma redução no ICMS no Estado, de 25% para 12%. Menos imposto, mais ambiente.
Os países e as empresas que tomarem a dianteira das inovações tecnológicas sairão ganhando na competição internacional.
Precisamos nos preparar, em nome das gerações que ainda nem nasceram, para esse enorme desafio.
José Serra é governador do Estado de São Paulo
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