No Rio, Serra evita comentar resultados do Datafolha
José Serra desfilou suas pretensões presidenciais pelo Rio de Janeiro neste sábado (14). Caminhou pela Baixada Fluminense.
Recusou-se a falar às câmeras e gravadores que o acompanharam sobre os dados do último Datafolha: Dilma Rousseff, em alta, com 41%. Ele, em baixa, com 33%.
Não é hábito de Serra comentar pesquisas. Diz, no máximo, que são meros retratos do momento. Dessa vez, tinha ainda mais razões para servir-se do silêncio.
O retrato desandou. A antagonista do PT cresceu em todos os Estados pesquisados. A despeito disso, Serra diz que a fase mais importante da campanha está por vir: a segunda quinzena desetembro.
Dilma Rousseff subiu inclusive na região Sudeste, de onde Serra esperava retirar os votos que compensariam a densa desvantagem que o infelicita no Nordeste.
Serra, informa o Datafolha só perdeu votos. Agora, Dilma prevalece sobre ele também no Sudeste.
No Rio, terceiro maior colégio eleitoral do país, a dianteira de Dilma aumentou dez pontos percentuais em 20 dias.
A candidata de Lula belisca agora 41% das intenções de voto dos eleitores fluminenses. Serra, com 25%, assiste no Rio à aproximação de Marina Silva, que já soma 15%.
Em Minas, segundo colégio em número de eleitores, Dilma foi a 41%. Serra, soma 34%. Há 20 dias, ela tinha 35%. Ele, 38%.
Em São Paulo, o maior colégio, governado por Serra até abril, o tucano ainda lidera. Porém, sua vantagem sobre Dilma despencou sete pontos percentuais.
Acossado por números adversos, Serra capricha na simpatia. Em Nova Iguaçu, permitiu-se tomar parte de um programa com o qual não está habituado.
Convidado de surpresa, o candidato foi a um churrasco na laje. Escalou o concreto que recobre a casa de Sueli Andrade, 53.
No mais, Serra recolheu na andança recheio para discurso. Disse ter verificado que os investimentos do governo em saneamento são mais propaganda que realidade.
Repisou o bordão segundo o qual a Saúde, pasta que ocupara sob FHC, parou de evoluir na era Lula: "Saúde não é só fazer. É preciso continuidade".
Escrito por Josias de Souza
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