Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

domingo, 22 de agosto de 2010

Difícil acreditar no senador, que se diz candidato independente


Virgílio endossa Jefferson e condena favela 'fake' de Serra

22 de agosto de 2010 


MARCELA ROCHA
RAPHAEL CORTEZÃO
Direto de Manaus
O senador e líder do PSDB Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM) disse que concorda com as críticas feitas pelo ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, pelo Twitter, em relação à condução da campanha de José Serra (PSDB) à presidência pelo marqueteiro Luiz González.
Em sua página do Twitter, Roberto Jefferson criticou a postura centralizadora do marqueteiro de Serra e afirmou que os políticos do grupo do candidato não são ouvidos durante o processo de elaboração de importantes peças de campanha. "Se González ouvisse um pouco os políticos, não poria no ar uma favela fake, nem 'bobajol do Zé'", escreveu o presidente do PTB, se referindo ao jingle em que o candidato é chamado de 'Zé Serra'.
Em entrevista concedida ao Terra em Manaus, no último dia 20, durante a visita de José Serra ao Amazonas, o senador tucano e candidato à reeleição relatou sua insatisfação com o modo de trabalho do marqueteiro em campanhas eleitorais, disse que não acredita nas pesquisas de intenção de voto feitas pelos institutos Vox Populi e Sensus e ainda defendeu o uso da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no programa eleitoral de Serra na TV.
Como o senhor avalia as declarações do presidente do PTB, Roberto Jefferson, sobre a campanha eleitoral do candidato José Serra?
Obviamente, é preciso estar muito bem assessorado para atender bem a expectativa dos demais partidos que integram o grupo. Se o presidente do partido diz isso, devemos ouvir com humildade com espírito construtivo, procurando corrigir as lacunas. Ele reclamou da característica do marqueteiro de centralizar e eu concordo. Foi assim na campanha do Geraldo Alckmin para a presidência há quatro anos, ele tem dificuldade de ouvir a opinião dos outros.
Você diz isso em relação ao próprio Luiz González ou ao candidato José Serra?
Falo sobre González. É sempre ele e o esquema dele. No segundo turno da campanha do Alckmin, me senti um garoto propaganda. Eu ia aos programas de TV, quando havia debate entre Lula e Alckmin, e sempre ao início e ao fim dos debates eu era ouvido de um lado, o Mercadante (senador Aloízio Mercadante, candidato ao governo de São Paulo pelo PT) era ouvido de outro. Eu sempre falava no início que Alckmin ganharia o debate, já ele falava que Lula ganharia. Ao final eu falava que Alckmin tinha vencido e o Mercadante dizia que Lula tinha ganhado. Era só colocar um gravador e pronto, porque as nossas opiniões valiam bem pouco. As pessoas nos procuravam naturalmente pela posição de liderança, mas como não se tinha um papel substantivo na campanha, de opinar e dizer que o rumo está errado, pouco significava o que era dito.
Como fazer para evitar problemas como esse nestas eleições?
Acho que é importante ouvir o partido, ouvir as pessoas. As pessoas tem que opinar com clareza, indicando o que acham que está errado na campanha e propondo soluções.
O senhor acha que já é tarde para fazer isso, faltando apenas 45 dias para as eleições?
Não acho. Na campanha passada eu comecei com 45 dias e ganhei as eleições. Tenho um respeito enorme por pesquisas do Ibope, Datafolha e por um instituto que não está publicando pesquisas, o GPP. Os outros dois me desculpe mas não tenho na mesma conta. Reconheço, com esses números todos, com exceção desses dois, que há uma dianteira da candidata adversária, mas até então nada irreversível.
Os outros dois institutos de que o senhor fala são Sensus e Vox Populi?
Sim. Como havia dito, reconheço a vantagem da candidata adversária, mas não considero algo intransponível. Os números do segundo turno dos três institutos são números bastante tranquilos. O Datafolha dá nove pontos, que na verdade são 4,5. O 'tracking' (pesquisa de opinião eleitoral de curta periodicidade) do Serra dá equilíbrio, um pouco melhor para ela. Estendido a uma pesquisa mais ampla, o tracking dá mesmo essa diferença de quatro ou cinco pontos, disso eu não duvido. A campanha vai decidir bastante daqui para frente, não podemos errar no que apresentarmos na propaganda política na televisão e no rádio. Não desdenho do rádio e de uma coisa muito relevante, que é a campanha de rua.
Você acha que tem faltado um pouco de campanha de rua para Serra?
Acho que falta, sim, e inclusive vou enfiá-lo em um bairro popular daqui de Manaus (Serra participou de caminhada no bairro Mutirão, que fica na periferia da capital amazonense). Até falaram: 'ele vai encontrar um açaí para tomar', mas eu disse, 'não, em São Paulo tem muito açaí bom, aqui eu quero que ele ande no meio do povo, para que ele sinta como vivem os manauaras pobres e fale com essas pessoas'. Acho que ele precisa mais de campanha de rua, descentralização do pessoal do marketing, mais audiência às lideranças que representam o pensamento da coligação.
Como o senhor vê o uso da imagem do presidente Lula para agregar valor à candidatura do Serra na televisão?
Eles tiveram um passado juntos, até eu tenho. Quando Lula não tinha nenhum amigo aqui no Amazonas, ele só tinha a mim. Quando ele respondia a processo por infringir a Lei de Segurança Nacional, só eu estava com ele. As amizades de diretoria de Petrobras vieram depois. Ele (José Serra) tem um passado com Lula, trabalharam juntos, lutaram juntos pela candidatura do Fernando Henrique em 1978 ao Senado, lutaram juntos pelas Diretas. Só não estiveram juntos na luta do Tancredo (Neves) porque Lula errou historicamente e achou que era melhor ficar de fora, o que significaria o risco de termos Maluf (Paulo Maluf, deputado federal e ex-prefeito de São Paulo) governando e não Tancredo, acabou dando Sarney pelos destinos da política. Não vi o programa eleitoral na TV, não sei em que contexto ele colocou a imagem do presidente. O que sei é que um instituto de minha confiança que trabalha pra mim diz que o presidente Lula pode agregar entre 40 e 45 pontos para a candidatura de Dilma, o que algo excepcional, o que mostra a fortaleza dele, o peso dele, o que é um sinal muito claro de segundo turno. Se ele agregar 40, Serra tem chances de virar na frente, se agregar 45, ele iria para o segundo turno atrás. Marina Silva (PV) sustenta o percentual dela, numa candidatura de extrema modernidade, que vai cumprir um papel muito bonito e estratégico. Do ponto de vista da eleição, ela será prejudicial para quem for para o segundo turno.
Ainda é possível contar com uma 'virada de jogo' na corrida pela presidência no Amazonas, onde o PT tem votações históricas desde o primeiro mandato de Lula?
Eu acho que seria uma proeza muito grande, seria preciso se dedicar ao Amazonas. Antes, é preciso saber a relação custo-benefício de se dedicar ao Amazonas para, quem sabe, perder espaço em outro lugar. Ele (José Serra) pode, com a televisão, com viagens bem aproveitadas, incursões no povo e no interior, diminuir bastante a diferença. Tudo isso somado aos votos da Marina pode evitar que ele tenha uma diferença catastrófica no Estado.

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