Jungmann: ‘Lula estimula eliminação física' de rivais
Os cabeças da oposição em Pernambuco espantaram-se com a acidez das críticas que Lula lhes dirigiu em comício realizado na noite de sexta (27).
Chamado de “aquele menorzinho”, Raul Jugmann (PPS) disse que Lula porta-se “como donatário. Vê Pernambuco como sua capitania hereditária”.
Acha que Lula não se deu conta da “gravidade de seus atos”. Lembra que as pesquisas atribuem ao presidente “90% de popularidade no Estado”.
“Ao personalizar a crítica, ele submete os oposicitores ao risco de eliminação física”, disse Jungmann ao blog. Esmiuçou o raciocínio:
“Lula quer a morte civil e política da oposição. E açula seus seguidores. Um maluco pode entender que deve eliminar no sentido físico”.
Irônico, Jungmann disse que cogita pedir "garantias de vida à Polícia Federal". Insinuou que Lula mimetiza o estilo autocrático do venezuelano Hugo Chávez:
“Vou me declarar o primeiro perseguido político da era do chavismo lulista”, disse o deputado ao repórter.
Jungmann integra a chapa pernambucana de Jarbas Vasconcelos (PMDB). Ao lado de Marco Maciel (DEM), disputa uma cadeira no Senado.
No comício de sexta, acompanhado de Dilma Rousseff e aliados locais, Lula vergastou também Maciel. Disse ele é “senador desde o tempo do Império”.
Afirmou que, a despeito de ter sido vice-presidente de FHC, Maciel não fez nada por Pernambuco.
Embora avesso a contendas, Maciel viu-se compelido a responder. Evocando Joaquim Nabuco, o senador ‘demo’ disse que faz “política com ‘P’ grande”.
Afirmou que se guia por princípios “doutrinários”. Trazia nas mão uma lista de obras que ajudou a plantar no Estado. Enumerou-as.
Jarbas Vasconcelos, candidato a governador, também comentou os ataques de Lula. Chamou-o de “semideus”.
Acha que Lula quer “esmagar" a oposição. "Ele continua como uma figura extravagante, ferindo a lei”, declarou Jarbas.
“Ele se considera acima de tudo, da Constituição, da Justiça, do Tribunal de Contas, do Congresso. É um semideus. Então, acha que pode tudo".
Na opinião de Jungmann, Lula deveria dispensar um mínimo de “respeito e civilidade à oposição”.
Afirma que “a discriminação é apenas o primeiro passo". "Depois, virá perseguição política”.
Acomoda a disputa entre o tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff em segundo plano.
“O país não vai optar apenas por um presidente. Vai decidir se haverá direitos e garantias para todos ou só para alguns, os amigos do rei e da rainha”.
Escrito por Josias de Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.