Na TV, Serra ataca "armação" de dossiê e se coloca como candidato da "continuidade"
Diego Salmen
Do UOL Eleições
Em São Paulo
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Em São Paulo
O candidato do PSDB à Presidência da República usou seu horário eleitoral de TV na noite desta quinta-feira (26) para colocar-se como candidato da continuidade, em detrimento de sua rival, a petista Dilma Rousseff, indicada à disputa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Minha vida mostra que eu não sou de parar nada que esteja andando", disse o tucano. "Se está funcionando, eu dou força, continuidade".
Corrida ao Planalto: horário eleitoral da noite de 26/08
Para corroborar a tese da continuidade, a propaganda admitiu, inclusive, que a criação dos genéricos não foi ideia de Serra. "A ideia era de outro deputado, de outro partido, e foi ele que deu continuidade", disse a locução, enquanto eram exibidas imagens do ex-governador de São Paulo.
A peça também mencionou o caso do dossiê que movimentou o noticiário nesta quinta-feira. "Mais uma vez, adversários de José Serra tentam fazer uma armação para prejudicá-lo", afirmou um locutor.
"Violar imposto de renda é crime. A quem interessa mais essa armação contra José Serra? Quem será que está por trás disso? E até quando o Brasil vai conviver e aceitar os escândalos, aloprados e armações como esta?", prosseguiu o narrador, em referência ao "dossiê dos aloprados", quando membros do PT foram acusados de envolvimento na compra de um dossiê para atingir a candidatura de Geraldo Alckmin ao Palácio do Planalto em 2006.
A Receita Federal apura o vazamento de dados fiscais sigilosos de Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB, ocorrido em outubro do ano passado. Durante a investigação, a instituição descobriu, na quarta-feira (25), que outas três pessoas ligadas a Serra tiveram seu sigilo violado.
As informações seriam utilizadas por um "grupo de inteligência" da campanha de Dilma para criar um "dossiê" contra o presidenciável tucano.
Além disso, foram recolhidos depoimentos de mulheres para atacar a petista. "Serra tem propostas concretas. A Dilma, eu não vi nenhuma dela", disse uma delas. "Não é pelo fato de ela ser mulher, eu sou mulher, é claro, mas ela não tem experiência", afirmou outra.
Dilma e Marina
O programa de Dilma não citou o episódio do dossiê, e insistitiu na ligação com o presidente Lula. "O pai do povo é ele. Espero que Dilma Rousseff seja a mãe do povo", disse um beneficiária do programa Bolsa-Família, classificado como "maior programa de transferência de renda do mundo".
A peça buscou desconstruir o discurso de que o Bolsa-Família desincentiva o trabalho, utilizando o depoimento de uma costureira do Nordeste que está abandonando o programa.
Já Marina Silva (PV) recorreu novamente à educação e a sua proposta de criação do ensino integral, falando de sua trajetória de vida na tentativa de criar empatia com o eleitor. "Só aprendi a ler aos 16 anos (...) Senti na pele o que é um país que não investe na formação de professores", disse a ex-ministra do Meio Ambiente.
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