DATAFOLHA: DILMA NO LIMITE DO EFEITO POSTE! NA TV, A LUTA PELOS INDECISOS!
1. Dilma chegou aos 40%. Podemos chamar esses 40% de efeito-poste, ou seja, é esta a porcentagem de eleitores que diz votar em qualquer candidato que Lula apresentar. Mesmo que ainda não sejam todos resultantes do efeito-poste, Dilma chegará aí, se é que não chegou. Claro que não é automático, mas a pré-campanha aberta de Lula com Dilma a tiracolo serviu para isso. Outros 20% dizem que não votariam em candidato de Lula de jeito nenhum. Suponhamos que estes estejam marcando Serra nas pesquisas. Para ajudar as contas, digamos que 10% votarão em branco ou anularão o voto.
2. Ou seja, dos 100%, são 90% os que votarão, e destes, 40% do total de partida na Dilma e 20% compulsoriamente no Serra. Restam 30%. Quanto Marina terá? A TV com pouco tempo vai reduzir seus votos como ocorreu com a Heloisa Helena? Digamos que não e que ela confirme os 10% que tem. Se for assim, restam 20% dos eleitores. Suponhamos que destes Serra já garantiu a metade e está mesmo num patamar de 30%.
3. Então, os 10% de indecisos serão os focos de Dilma e Serra. Mas, nesse caso, teremos segundo turno de qualquer maneira. Mas se Marina cair pela metade, como Heloisa Helena, teremos 15% de indecisos para a disputa de Dilma e Serra. Sendo assim, Dilma parte de 40% e Serra de 30% na disputa por estes 15%. Bastaria a Dilma chegar aos 45% para decidir no primeiro turno.
4. Mas não é tão simples. Primeiro, pela Marina. Se em janeiro havia uma expectativa de Serra manter o patamar em que estava e Marina cair, hoje, o melhor para Serra é Marina ficar, no mínimo, nos 10% onde está. Isso seria a garantia de um segundo turno.
5. Para Dilma-Lula, na TV, apontarem para os indecisos terão que reconhecer erros no governo, coisa que não fazem com facilidade. Esta foi uma razão para Alckmin, em 2006, abrir a TV com 25% e terminar o primeiro turno com 37% e Lula cair dos 47% e chegar aos 42%. Outra razão foi a memória remissiva do mensalão um ano antes.
6. Usando a eleição de 2006 como referência, Dilma deverá ter, pelo menos, esses 42%. Serra deverá ter, pelo menos, estes 37%. E Marina? E os nanicos? E os brancos e nulos? E a abstenção? Se a TV não explica o patamar que Serra e Dilma chegaram, certamente terá importância para explicar se eles conseguirão subir ou não destes níveis -digamos- de 40% e 35%, com que abrem a TV.
7. Ou seja: a TV não tratará de 90% dos eleitores, mas de 10% e da flutuação de Marina.
Ex-blog CM
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