Serra: político não pode ser tratado como iogurte ou pão
Flávio Freire, O Globo
Ao defender mudanças na legislação eleitoral com o objetivo de tornar as campanhas eleitorais mais baratas, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, aproveitou o tema para criticar sua principal adversária, a petista Dilma Roussef.
Durante encontro com empreendedores de todos o país, em evento promovido pela Associação Comercial de São Paulo, Serra disse que os candidatos precisam se expor mais para que não sejam tratados como um produto. Embora sem citar o nome da candidata do PT, o tucano disse que não é possível terceirizar um governo.
- O político tem que meter a cara e falar o que pensa, tem que se expor mais, apresentar ideias. Quem vai ser governo é insubstituível e aí não tem terceirização. Não se pode tratar um político como um produto, como se fosse um iogurte, como se fosse um pão de centeio - disse Serra.
No evento, Serra voltou a criticar o loteamento de cargos no governo. Segundo ele, esse tipo de iniciativa cria brechas para corrupção na máquina pública e atravanca o desenvolvimento do país.
Embora, tenha dito que não comentaria declarações de outras pessoas, o tucano, diante de uma pergunta sobre a declaração de um ex-presidente do Banco do Brasil, de que haveria uma fábrica de dossiês na Previ, o fundo de pensão da instituição, o candidato chamou o episódio de baixaria.
- Essa é mais uma baixaria como tentaram fazer contra mim em 2002, em 2006 duas vezes, e agora nessa eleição, como ficou provado - disse Serra.
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