Pós-debate: Serra prevaleceu sobre Dilma, diz Aécio
Ayrton Vignola/Folha
Na avaliação de Aécio Neves, o grão-duque do tucanato mineiro, José Serra saiu-se melhor do que Dilma Rousseff no primeiro debate televisivo dos presidenciáveis.
Na avaliação de Aécio Neves, o grão-duque do tucanato mineiro, José Serra saiu-se melhor do que Dilma Rousseff no primeiro debate televisivo dos presidenciáveis.
“Claramente, o Serra foi superior”, diz ele. Por quê?
“No debate, você consegue compreender um pouco mais o sentimento de cada candidato, sem a maquiagem, sem a pré-gravação dos programas eleitorais”.
E daí? “Acho que o Serra demonstrou de forma muito clara que está mais preparado. A ministra Dilma fez a tentativa de trazer o debate para o passado”.
Na opinião de Aécio, a volta no tempo “não interessa a ninguém”. Como assim?
“Comparar governos que exerceram mandatos em circunstâncias tão diversas quanto Fernando Henrique e Lula, não é nem correto em um momento como esse”.
Nas contas de Aécio, Dilma “fez a tentativa” de injetar FHC no debate “por duas ou três vezes”. Acha que “não conseguiu”.
Para ele “o debate ficou centrado nas ações do atual governo e daquilo que se pretende fazer para o futuro”.
Enxergou esse primeiro embate como “um aquecimento”. Comparou: “É como um jogo de futebol”.
Esmiuçou a analogia: “Nos primeiros 15 minutos, os adversários buscam se conhecer um pouco mais”.
Considera que o debate desceu à crônica da campanha como “um bom momento para a campanha do governador Serra”.
Natural que Aécio leve água ao moinho de Serra. É verdade que o presidenciável tucano não se saiu mal. Porém...
Porém, é exagero dizer que prevaleceu sobre Dilma. Dizia-se que, num têtê-à-tête com Serra, Dilma derreteria.
Deu-se coisa deiversa. Embora nervosa, poer vezes confusa, a pupila de Lula não saiu do embate de maca. A goleada de Serra não se materializou.
Quanto à comparação Lula-FHC, a comparação pode não interessar ao tucanato. Mas convém ao petismo.
Passa da hora de o PSDB defender o seu legado. Curioso que não o faça, de fronte alta. Há mazelas no baú. Mas também há passagens dignas de defesa.
Escrito por Josias de Souza
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