Domingo, 31 de janeiro de 2010 - 08h09
Internet pode aumentar desempenho de Marina nas eleições de 2010
Martina Cavalcanti
brasil@band.com.br
Ex-ministra do Meio Ambiente e pré-candidata à Presidência, a senadora Marina Silva (PV-AC) aparece em último lugar nas pesquisas de intenção de voto, mas tem grandes chances de avançar na disputa eleitoral se investir nas ferramentas da internet durante a campanha eleitoral. É no que acredita Antônio Lavareda, especialista em marketing eleitoral e colunista da Band News FM, que lançou recentemente o livro “Emoções ocultas e estratégias eleitorais” (Ed. Objetiva).
“A internet pode ser um instrumento absolutamente valioso, sobretudo no caso da Marina Silva. Se ela tiver uma operação de internet muito boa, poderá ter um desempenho que venha a impactar de fato os resultados eleitorais de 2010”, afirmou Lavareda em entrevista ao eBand.
Apesar de ser apontada pelo analista como uma candidata com “alto poder carismático” e que “infunde um nível de confiança bastante grande”, Marina, segundo o analista, larga com desvantagem na corrida pelo Palácio do Planalto, já que, ao lançar a candidatura pelo PV, seu tempo de propaganda na TV e no rádio é reduzido.
Horário eleitoral
Em 2008, Barack Obama era senador em primeiro mandato e não contava com grande estrutura de campanha. Ele conseguiu a candidatura democrata e foi eleito presidente, em grande parte, graças à arrecadação recorde e ao exército de voluntários obtidos através da internet.
Segundo a legislação, 66% do tempo da propaganda eleitoral é distribuído de acordo com o número de representantes do partido e suas coligações na Câmara dos Deputados. Estimativas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apontam que o PT, sozinho, tem aproximadamente seis vezes mais tempo para expor seu programa eleitoral em relação ao PV, partido quantativamente pouco expressivo e, segundo Lavareda, com possibilidades pequenas de coligações expressivas em 2010.
A solução apontada pelo especialista é apostar na internet. O uso da rede para campanhas foi liberado na mini-reforma eleitoral aprovada pelo Congresso no ano passado. “Marina precisa ultrapassar os limites do PV, montar uma operação poderosa na internet para dar presença, visibilidade e força para a candidatura. [Ela precisa estar] presente nas redes sociais, articulada nas diferentes ferramentas que a internet propicia.”
Problemas e soluções para campanhas
Para Lavareda, além de fazer uso de mídias alternativas, os candidatos deveriam ser beneficiados por alterações na lei que regula rádio e televisão durante as eleições. “O maior problema da legislação é o tempo demasiadamente curto de campanhas eleitorais na televisão e no rádio”, aponta o analista. “As campanhas ficam limitadas a 45 dias e, nesse período, há uma grande concentração de propaganda que acaba saturando o eleitor e o desinteressando.”
Hoje, a campanha eleitoral tem início na primeira semana de julho. Em 2010, os comerciais vão ao ar a partir do dia 17 de agosto e param de ser exibidos em outubro. A sugestão do colunista é estender a exibição da mesma quantidade de propagandas por quatro meses, o que, segundo ele, “melhoraria a qualidade das campanhas e tornaria o processo eleitoral muito mais informativo ao eleitorado”.
O excesso de propaganda institucional – aquela que promove as ações do governo – é outro ponto prejudicial da legislação mencionado por Lavareda. “Não é necessário esse volume para informar a população. É abusivo no sentido em que os candidatos apoiados por governantes acabam tendo benefícios eleitorais indiretos dessa exposição, o que causa uma grande assimetria de meios entre o candidato do governo e os da oposição”, opina. “Essa assimetria demasiada é nociva para a melhor prática democrática.”
“A internet pode ser um instrumento absolutamente valioso, sobretudo no caso da Marina Silva. Se ela tiver uma operação de internet muito boa, poderá ter um desempenho que venha a impactar de fato os resultados eleitorais de 2010”, afirmou Lavareda em entrevista ao eBand.
Apesar de ser apontada pelo analista como uma candidata com “alto poder carismático” e que “infunde um nível de confiança bastante grande”, Marina, segundo o analista, larga com desvantagem na corrida pelo Palácio do Planalto, já que, ao lançar a candidatura pelo PV, seu tempo de propaganda na TV e no rádio é reduzido.
Horário eleitoral
Em 2008, Barack Obama era senador em primeiro mandato e não contava com grande estrutura de campanha. Ele conseguiu a candidatura democrata e foi eleito presidente, em grande parte, graças à arrecadação recorde e ao exército de voluntários obtidos através da internet.
Segundo a legislação, 66% do tempo da propaganda eleitoral é distribuído de acordo com o número de representantes do partido e suas coligações na Câmara dos Deputados. Estimativas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apontam que o PT, sozinho, tem aproximadamente seis vezes mais tempo para expor seu programa eleitoral em relação ao PV, partido quantativamente pouco expressivo e, segundo Lavareda, com possibilidades pequenas de coligações expressivas em 2010.
A solução apontada pelo especialista é apostar na internet. O uso da rede para campanhas foi liberado na mini-reforma eleitoral aprovada pelo Congresso no ano passado. “Marina precisa ultrapassar os limites do PV, montar uma operação poderosa na internet para dar presença, visibilidade e força para a candidatura. [Ela precisa estar] presente nas redes sociais, articulada nas diferentes ferramentas que a internet propicia.”
Problemas e soluções para campanhas
Para Lavareda, além de fazer uso de mídias alternativas, os candidatos deveriam ser beneficiados por alterações na lei que regula rádio e televisão durante as eleições. “O maior problema da legislação é o tempo demasiadamente curto de campanhas eleitorais na televisão e no rádio”, aponta o analista. “As campanhas ficam limitadas a 45 dias e, nesse período, há uma grande concentração de propaganda que acaba saturando o eleitor e o desinteressando.”
Hoje, a campanha eleitoral tem início na primeira semana de julho. Em 2010, os comerciais vão ao ar a partir do dia 17 de agosto e param de ser exibidos em outubro. A sugestão do colunista é estender a exibição da mesma quantidade de propagandas por quatro meses, o que, segundo ele, “melhoraria a qualidade das campanhas e tornaria o processo eleitoral muito mais informativo ao eleitorado”.
O excesso de propaganda institucional – aquela que promove as ações do governo – é outro ponto prejudicial da legislação mencionado por Lavareda. “Não é necessário esse volume para informar a população. É abusivo no sentido em que os candidatos apoiados por governantes acabam tendo benefícios eleitorais indiretos dessa exposição, o que causa uma grande assimetria de meios entre o candidato do governo e os da oposição”, opina. “Essa assimetria demasiada é nociva para a melhor prática democrática.”