Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Dilma teme qualquer exposição anti-governista


Comitê de Dilma veta exibição de vídeo de prefeitos


José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva foram à Marcha dos Prefeitos, em Brasília. Fizeram exposições e responderam a perguntas.

Os organizadores da marcha pretendiam exibir um vídeo. Na peça, em formato de gibi, um resumo da saga “do pires na mão”. A fita não foi rodada.

Por quê? A assessoria de Dilma enxergou no enredo um quê de antigovernismo. E bateu o pé. Ou Dilma ou a fita. Os prefeitos ficaram com a primeira.




As repórteres Renata Lo Prete e Letícia Sander contam que, ao falar aos prefeitos, Serra cutucou, mais de uma vez: “Cadê o vídeo”. E nada.

Ao concluir sua exposição, Dilma foi abordada por repórteres. E o vídeo? Ela negou envolvimento no veto. Disse que desconhecia o assunto.

O famigerado vídeo pode ser assistido lá no alto. Expõe um flagelo comum a todos os governos, não apenas à gestão Lula.

Conta, passo a passo, a trilha que o prefeito tem de percorrer para obter verbas federais.

Recolhe as demandas dos munícipes. Procuram congressistas amigos no Congresso. Enfiam emendas no Orçamento da União.

Depois, viajam à Capital “uma, duas, três vezes, para obter a liberação das verbas. Na Caixa, entregam uma montanha de documentos.

Na versão do vídeo, a primeira parcela da emenda parlamentar é retida. Exige-se do prefeito que renuncie a ações judiciais em que questiona dívidas com a União.

Dívidas que, no dizer dos prefeitos, não existem. Quem se submete leva a primeira parcela da dívida. Inicia a obra.

Súbito, a burocracia federal segura a segunda parcela. O prefeito vê-se compelido a pagar à empreiteira com recursos das arcas municipais.

Em suas derradeiras cenas, o vídeo que a equipe de Dilma vetou mostra o prefeito indo à garra, algemado e empurrado para dentro de um camburão.

Segue-se um letreiro com os nomes das diversas operações da Polícia Federal que resultaram em acusações de corrupção contra prefeitos.

É pena que os prefeitos tenham aceitado a censura. O vídeo não exibido expõe um circuito que, entra governo, sai governo, é marcado pelo malfeito.

A visão exposta na peça é simplória. O prefeito, de fato, é submetido a um calvário burocrático. Mas o grosso da corrupção não nasce aí.

Começa na formação do caixa da campanha, cresce no relacionamento promíscuo do prefeito com o congressista...

...Viceja nas dobras de licitações manjadas de obras superfaturadas, prossegue no “quanto é que eu levo nisso” dos gabinetes da Esplanada...

...E termina no grande “racha” que tunga as verbas que o Estado vai buscar no bolso do contribuinte brasileiro.

Pena que os presidenciáveis não tenham desperdiçado um naco do tempo de suas exposições para dizer meia dúzia de palavras sobre a encrenca.

Ficou boiando no ar uma pergunta incômoda: por que diabos a turma de Dilma vetou o vídeo?

- Atualização feita às 17h32 desta quarta (19): O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, confirmou: a assessoria de Dilma vetou a exibição do vídeo.
Escrito por Josias de Souza


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