Sem Aécio, presidente do PSDB fala em Tasso para vice de Serra; DEM quer evitar erros
Andréia Martins
UOL Eleições
Em São Paulo
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A afirmação do ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG), de que não vai aceitar ser vice na chapa de José Serra na disputa para a Presidência e que vai mesmo concorrer a uma cadeira no Senado, não foi surpresa para o PSDB e o principal partido aliado, o DEM.
“Há seis meses conversamos com Aécio e ele disse duas coisas: que não era candidato e não gostaria de ser pressionado para ser”, disse Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB e coordenador da campanha de Serra, ao UOL Eleições, por meio de sua assessoria. A declaração do mineiro não surpreendeu a direção do partido e, segundo o tucano, a expectativa é que Aécio consiga eleger Anastasia em Minas Gerais.
Sobre a decisão do vice de Serra, a discussão ficou para a semana que vem, quando o PSDB irá decidir se anuncia o nome escolhido antes ou depois da convenção nacional do partido, marcada para 12 de junho. Mas na opinião de Guerra, o nome a ser escolhido seria o do senador Tasso Jereissati.
“Se dependesse de mim, o nome era Tasso, mas não depende. Depende dos partidos de oposição”, disse referindo-se à base aliada.
Guerra preferiu não falar do fato de alguns empresários ligados ao partido terem chamado Aécio de “antipatriota”, segundo o ex-governador mineiro, por não ter aceitado o convite de Serra. “Essa é uma discussão que não cabe. Não conheço os empresário e por isso não vou comentar”.
Além de Aécio e Tasso, já haviam sido cotados para compor a chapa como vice de Serra o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) e Beto Richa (PSDB-PR0), ex-prefeito de Curitiba e pré-candidato ao governo do Estado.
Para Rodrigo Maia, partido não pode errar na indicação
O deputado federal Rodrigo Maia, presidente do DEM, acredita que a afirmação do ex-governador mineiro não foi surpresa. “Isso não é novidade para mim, pois ele já tinha dado a mesma declaração antes de viajar. Agora ele vai se lançar ao Senado e avaliar as possibilidades. O que acontece agora é que temos que aproveitar as convenções que serão realizadas para não errar nesse momento”, disse.
Questionado sobre a influência da indecisão de um vice-candidato para Serra na última pesquisa, Maia considera que isso não beneficia a pré-candidata Dilma. “Poderia sim influenciar se fosse favorável ao PSDB, se ele [Aécio] tivesse aceito, essa era a expectativa, pois trata-se de um nome com a mesma força do Serra”, diz.
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