Com aliados flertando com Serra, Dilma enfrenta dificuldades para conseguir apoio do PMDB no Rio Grande do Sul e no Paraná
Ivan Iunes
Publicação: 30/05/2010 09:46
Na reta final da pré-campanha, estrategistas de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) farão uma força-tarefa para conquistar terreno entre os 20 milhões de eleitores do Sul do país. Enquanto o Nordeste parece uma barreira intransponível para Serra, é nos estados sulistas que Dilma enfrenta os obstáculos mais minados. Em nenhuma das três unidades da Federação há chances palpáveis de a petista conseguir o apoio do principal parceiro nacional, o PMDB. Pelo contrário, os peemedebistas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná flertam abertamente com o tucano. O comando do PT não economiza esforços para reverter o quadro e evitar que pela terceira vez seguida um presidenciável tucano triunfe sobre um petista na região.
Berço político da ex-ministra da Casa Civil, o Rio Grande do Sul descarrega a maior parte dos votos, há duas eleições, nos candidatos do PSDB. Santa Catarina e Paraná, no mesmo sentido, são estados em que a petista tem o pior desempenho frente ao adversário em todas as pesquisas de intenção de voto. A própria pré-candidata petista admitiu em entrevista a uma rádio catarinense, que terá dificuldades em conquistar parte dos votos, hoje declarados ao tucano. “(O Sul) vai olhar com mais demora a candidatura nova que eu represento”, afirmou. “A antiga (de José Serra, do PSDB) é mais conhecida, até disputou a Presidência da República.”
Depois de visitar Gramado (RS) e Chapecó (SC) na última semana, a petista continuará com o binóculo focado especialmente no Paraná e no Rio Grande do Sul. Até o momento, Dilma não tem um palanque definido na sucessão de Roberto Requião (PMDB) e corre sério risco de ver o aliado Osmar Dias (PDT) reforçar a candidatura do tucano Beto Richa ao governo paranaense. No Rio Grande do Sul, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) oferece um palanque de peso. Mas para reverter a larga vantagem de Serra na região, a pré-candidata ainda se debruça sobre como atrair o PMDB, que lançou o ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, na disputa contra a reeleição de Yeda Crusius (PSDB). “O PMDB do Rio Grande do Sul sempre apoiou os tucanos. Nosso movimento agora é para atrair uma parte do partido, o que temos tido sucesso”, avaliou o líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Partidos divididos
As visitas recentes de Dilma e de Serra ao Sul tiveram exemplos nítidos do apetite dos dois pré-candidatos sobre o quinto maior colégio eleitoral do país. Em visita à região, ambos discursaram longamente e não dispensaram flashes ao lado de peemedebistas locais. Do lado da petista, há o apoio declarado do deputado federal Mendes Ribeiro (PMDB) e um aceno real do senador Pedro Simon (PMDB). Pesam a balança a favor de Serra o deputado federal Osmar Terra (PMDB) e boa parte da bancada estadual do partido.
Presidente do PMDB no Rio Grande do Sul, Simon chegou a fazer um apelo para que os correligionários não antecipassem uma decisão antes da convenção nacional do partido. O esforço, contudo, foi atropelado pelos presidenciáveis. Há cerca de 10 dias, Serra teve encontro reservado com boa parte da bancada estadual peemedebista. Aliado do PMDB na candidatura de Fogaça, mas fechado com Dilma, o PDT gritou. Durante o encontro de secretários municipais de saúde, em Gramado, a movimentação se mostrou ainda mais explícita. Serra foi ciceroneado por Osmar Terra na serra gaúcha. “Todo mundo sabe que o eleitorado do PMDB vota no Serra aqui no Rio Grande do Sul”, declarou Terra.“O partido está completamente dividido, não há uma tendência maior do que a outra. O (Osmar) Terra tá trabalhando feito louco para tentar virar ministro da Saúde”, desautorizou Simon.
Berço político da ex-ministra da Casa Civil, o Rio Grande do Sul descarrega a maior parte dos votos, há duas eleições, nos candidatos do PSDB. Santa Catarina e Paraná, no mesmo sentido, são estados em que a petista tem o pior desempenho frente ao adversário em todas as pesquisas de intenção de voto. A própria pré-candidata petista admitiu em entrevista a uma rádio catarinense, que terá dificuldades em conquistar parte dos votos, hoje declarados ao tucano. “(O Sul) vai olhar com mais demora a candidatura nova que eu represento”, afirmou. “A antiga (de José Serra, do PSDB) é mais conhecida, até disputou a Presidência da República.”
Depois de visitar Gramado (RS) e Chapecó (SC) na última semana, a petista continuará com o binóculo focado especialmente no Paraná e no Rio Grande do Sul. Até o momento, Dilma não tem um palanque definido na sucessão de Roberto Requião (PMDB) e corre sério risco de ver o aliado Osmar Dias (PDT) reforçar a candidatura do tucano Beto Richa ao governo paranaense. No Rio Grande do Sul, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) oferece um palanque de peso. Mas para reverter a larga vantagem de Serra na região, a pré-candidata ainda se debruça sobre como atrair o PMDB, que lançou o ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, na disputa contra a reeleição de Yeda Crusius (PSDB). “O PMDB do Rio Grande do Sul sempre apoiou os tucanos. Nosso movimento agora é para atrair uma parte do partido, o que temos tido sucesso”, avaliou o líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Partidos divididos
As visitas recentes de Dilma e de Serra ao Sul tiveram exemplos nítidos do apetite dos dois pré-candidatos sobre o quinto maior colégio eleitoral do país. Em visita à região, ambos discursaram longamente e não dispensaram flashes ao lado de peemedebistas locais. Do lado da petista, há o apoio declarado do deputado federal Mendes Ribeiro (PMDB) e um aceno real do senador Pedro Simon (PMDB). Pesam a balança a favor de Serra o deputado federal Osmar Terra (PMDB) e boa parte da bancada estadual do partido.
Presidente do PMDB no Rio Grande do Sul, Simon chegou a fazer um apelo para que os correligionários não antecipassem uma decisão antes da convenção nacional do partido. O esforço, contudo, foi atropelado pelos presidenciáveis. Há cerca de 10 dias, Serra teve encontro reservado com boa parte da bancada estadual peemedebista. Aliado do PMDB na candidatura de Fogaça, mas fechado com Dilma, o PDT gritou. Durante o encontro de secretários municipais de saúde, em Gramado, a movimentação se mostrou ainda mais explícita. Serra foi ciceroneado por Osmar Terra na serra gaúcha. “Todo mundo sabe que o eleitorado do PMDB vota no Serra aqui no Rio Grande do Sul”, declarou Terra.“O partido está completamente dividido, não há uma tendência maior do que a outra. O (Osmar) Terra tá trabalhando feito louco para tentar virar ministro da Saúde”, desautorizou Simon.
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