Alckmin pede a prefeitos paulistas engajamento à campanha de Serra
Vandson Lima, de São Paulo |
Valor Econômico - 25/05/2010 |
O pré-candidato ao governo de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) buscou engajar os 142 prefeitos presentes ao seminário realizado para a militância tucana, em um hotel da região central da capital, na busca por votos tanto para ele quanto para o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, em suas regiões. Conhecido pela pontualidade, Alckmin atrasou em 46 minutos sua chegada e discursou por apenas 10 minutos. Depois de justificar o atraso por conta de uma reunião com o próprio Serra, defendeu que "ganha eleição quem tem defensores", citando sua derrota nas eleições de 2006 em municípios em que o PSDB não atuou. A fala do ex-governador vem num momento em que pesquisas, como a do Vox Populi, apontam uma queda nas intenções de voto de Serra no interior do Estado, reduto eleitoral de Alckmin. O candidato ao governo também falou sobre a necessidade de se angariar apoio da sociedade civil: "Cooperativas, maçonaria, Rotary Club, Lyons, Santas Casas... temos de buscar esse apoio". O cientista político Alberto Carlos Almeida, convidado do evento, deu o exemplo da cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, em que o prefeito José Camilo Zito dos Santos (PSDB), bem avaliado, não conseguiu fazer seu sucessor, o candidato Laury Villar, em 2004. A campanha do adversário, o pemedebista Washington Reis de Oliveira, atacou os problemas de gestão de dois municípios próximos, administrados por pessoas apoiadas por Zito. O bordão "cuidado com o que ele indica" pegou e, mesmo sem fazer críticas ao prefeito com alta popularidade, Reis de Oliveira, que teve sua estratégia de campanha traçada por Almeida, conseguiu vencer. O publicitário Luiz González, que cuidará das campanhas de Alckmin e Serra, defendeu a análise de biografias para convencer o eleitor, sendo corroborado pelo deputado federal José Aníbal, responsável pela elaboração do programa de governo de Alckmin: "Temos de buscar esse caminho, que traz racionalidade à campanha". O discurso mais agressivo ficou por conta do coordenador da campanha de Serra, Xico Graziano: "Este país está sem planejamento. O Brasil cresceu por uma conjuntura internacional. Vamos enfrentar essa gente mentirosa". Graziano contou que abrirá na internet uma página na qual interessados poderão dar sugestões para o programa de governo de Serra, que deve começar a funcionar daqui a 15 dias. Representando o tucanato no Nordeste, o deputado federal Rômulo Gouveia disse que pesquisa encomendada em Campina Grande (PB) mostra que Serra lidera as pesquisas na cidade e defendeu que São Paulo faça a diferença nas urnas: "Podemos perder em outras regiões, mas São Paulo tem condições de fazer a Presidência do Brasil". |
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