Serra mira área elétrica para atingir atuação de Dilma no governo
Diego Salmen e Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em São Paulo
O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, atacou nesta segunda-feira (31) a atuação do governo federal no setor elétrico, que até 2005 foi comandado por sua rival, a petista Dilma Rousseff. Para ele, empatado nas pesquisas com a adversária, faltou planejamento e gerenciamento à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Durante fórum promovido pela revista Exame em São Paulo, Serra afirmou que Brasília nos últimos anos também teve má atuação na concessão de rodovias e na taxa de investimento público, que, no Brasil, é feita majoritariamente por Estados e municípios. O ataque mais duro, no entanto, foi contra o setor elétrico.“Grandes empresas hidrelétricas têm suas concessões vencendo em 2015. Não se fez nada”, disse. “O caso da energia é gritante. Vamos ter expansão na oferta de 2012 a 2016. E 60% vai ser de energia suja. Não se investe na economia de energia, que rende muito. As metas apresentadas são modestíssimas. Temos problemas. Não há planejamento na área do gás”, criticou.Sobre a área da infraestrutura, uma das bandeiras de Dilma para as eleições de outubro, Serra insistiu que o Brasil tem uma baixa taxa de investimento público e que, se ela for mantida, o país não crescerá de maneira sustentada. “Entre os países do mundo, estamos na rabeirinha, na lanterninha do campeonato dos que investem. Isso significa infraestrutura, basicamente”, disse.O presidenciável, que é visto com reservas por parte do setor empresarial por seu perfil considerado centralizador, buscou reforçar laços em seu discurso. “Na Constituinte quiseram aprovar algumas coisas incríveis. [Queriam] expulsar bancos estrangeiros do Brasil, impedir que bancos fossem nacionais, que só poderiam ser estaduais. Me empenhei muito para que essas questões não fossem amarradas”, disse.O tucano acusou “incapacidade de gestão” e “falta de planejamento governamental” como obstáculos para uma expansão econômica mais forte. “O mundo na próxima década estará mais do lado dos emergentes em matéria de economia. Mas isso não significa que todos eles vão aproveitar na plenitude essas condições. Vai depender das políticas econômicas. E com essa taxa de investimento que temos não teremos nenhuma maneira de crescer de maneira sustentada”, afirmou.Habitual crítico do Banco Central, Serra disse que as políticas macroeconômica e de juros precisam “de outro tipo de combinação para o crescimento de médio a longo prazo". Ele voltou a criticar o que chamou de “aparelhamento” das agências reguladoras e se comprometeu a ter educação como prioridade se eleito.
Diego Salmen e Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em São Paulo
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Em São Paulo
O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, atacou nesta segunda-feira (31) a atuação do governo federal no setor elétrico, que até 2005 foi comandado por sua rival, a petista Dilma Rousseff. Para ele, empatado nas pesquisas com a adversária, faltou planejamento e gerenciamento à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante fórum promovido pela revista Exame em São Paulo, Serra afirmou que Brasília nos últimos anos também teve má atuação na concessão de rodovias e na taxa de investimento público, que, no Brasil, é feita majoritariamente por Estados e municípios. O ataque mais duro, no entanto, foi contra o setor elétrico.
“Grandes empresas hidrelétricas têm suas concessões vencendo em 2015. Não se fez nada”, disse. “O caso da energia é gritante. Vamos ter expansão na oferta de 2012 a 2016. E 60% vai ser de energia suja. Não se investe na economia de energia, que rende muito. As metas apresentadas são modestíssimas. Temos problemas. Não há planejamento na área do gás”, criticou.
Sobre a área da infraestrutura, uma das bandeiras de Dilma para as eleições de outubro, Serra insistiu que o Brasil tem uma baixa taxa de investimento público e que, se ela for mantida, o país não crescerá de maneira sustentada. “Entre os países do mundo, estamos na rabeirinha, na lanterninha do campeonato dos que investem. Isso significa infraestrutura, basicamente”, disse.
O presidenciável, que é visto com reservas por parte do setor empresarial por seu perfil considerado centralizador, buscou reforçar laços em seu discurso. “Na Constituinte quiseram aprovar algumas coisas incríveis. [Queriam] expulsar bancos estrangeiros do Brasil, impedir que bancos fossem nacionais, que só poderiam ser estaduais. Me empenhei muito para que essas questões não fossem amarradas”, disse.
O tucano acusou “incapacidade de gestão” e “falta de planejamento governamental” como obstáculos para uma expansão econômica mais forte. “O mundo na próxima década estará mais do lado dos emergentes em matéria de economia. Mas isso não significa que todos eles vão aproveitar na plenitude essas condições. Vai depender das políticas econômicas. E com essa taxa de investimento que temos não teremos nenhuma maneira de crescer de maneira sustentada”, afirmou.
Habitual crítico do Banco Central, Serra disse que as políticas macroeconômica e de juros precisam “de outro tipo de combinação para o crescimento de médio a longo prazo". Ele voltou a criticar o que chamou de “aparelhamento” das agências reguladoras e se comprometeu a ter educação como prioridade se eleito.
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