Aécio vem à boca do palco para dizer que não é vice
Marcello Casal/ABrNas últimas semanas, formou-se em torno de Aécio Neves uma expectativa de ópera.
O grão-duque do tucanato mineiro foi convertido numa espécie de soprano.
A platéia, como que hipnotizada, aguardava pela entrada da estrela em cena.
O mundo aguardava pelo início da ária de Aécio.
Pois bem, Aécio soltou, finalmente, as cordas vocais:
“Não houve modificação no cenário. É preciso que essas ansiedades sejam contidas”, cantou.
Aécio continua aferrado à mesma partitura. É candidato ao Senado. Impatriótico? “Chega a ser uma piada”, responde ele.
Antitucano? Não, não. Absolutamente. "No momento em que abro mão da minha pré-candidatura [ao Planalto]...”
“...Faço isso para garantir a unidade partidária e para me aliar ao companheiro José Serra". A audição de Aécio leva à reflexão.
Se a salvação de uma candidatura presidencial depender do vice insubstituível, o presidenciável deve ser imolado, nunca o pseudo-vice ideal.
Por todas as razões, o PSDB deveria virar essa página.
- Serviço: Aqui, o áudio de Aécio.
Escrito por Josias de Souza
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