Serra intervém para tentar ‘ressuscitar’ aliança de SC
Folha
O presidenciável tucano José Serra decidiu se mexer para reagrupar os partidos que compunham a chamada tríplice aliança de Santa Catarina: PSDB, DEM e PMDB.
O presidenciável tucano José Serra decidiu se mexer para reagrupar os partidos que compunham a chamada tríplice aliança de Santa Catarina: PSDB, DEM e PMDB.
Essa trinca de legendas assegurou a reeleição de Luiz Henrique (PMDB) na eleição de 2006.
Garantiu também, no Estado, a vitória do tucano Geraldo Alckmin (PSDB) sobre Lula na disputa presidencial daquele ano.
Luiz Henrique, hoje candidato ao Senado, tentou manter o grupo unido. Esbarrou, porém, na pluralidade de candidaturas.
Cada legenda tem o seu nome: No PMDB, Eduardo Pinho Moreira; no DEM, Raimundo Colombo; e no PSDB, Leonel Pavan.
Pois bem, Pavan, agora acomodado na cadeira de governador que herdou de Luiz Henrique, foi chamado a São Paulo.
Viajou às pressas, neste domingo (30). O repórter Moacir Pereiraconta que Pavan se reuniu com o próprio Serra.
A cúpula tucana cobra uma definição de Pavan, às voltas com uma denúncia de corrupção. Deseja, de preferência, a renúncia dele à candidatura ao governo.
A saída de Pavan, imaginam os tucanos, diminuiria o tamanho da encrenca catarinense.
Restaria promover um acordo entre o pemedebê Pinho Moreira e o ‘demo’ Raimundo Colombo.
Segundo colocado nas pesquisas, Colombo está mais bem posto que Pinho Moreira. Vem daí que o DEM não admite abrir mão do candidato.
O PMDB tampouco parece disposto a apoiar outro nome que não o seu. Serra e seus operadores equilibram-se entre um e outro.
Prevê-se para esta segunda (31) um encontro de Serra com os três personagens da discórdia catarinense: Pavan, Colombo e Pinho Moreira.
O envolvimento de Serra pode ter chegado tarde demais. Antes de voar para São Paulo, Pinho Moreira deve reunir a Executiva do PMDB-RS, que preside.
O candidato pretende arrancar da legenda uma delegação para abrir o leque das articulações. Além de Serra, quer sentar com Michel Temer e com Dilma Rousseff.
O encontro com Temer, presidente do PMDB federal e virtual vice de Dilma, pode ocorrer já nesta segunda.
A movimentação de Pinho Moreira indica que o ex-governador Luiz Henrique, fechado com Serra, já não segura as rédeas do processo.
Para complicar ainda mais o que já parece intrincado, o PSDB realiza uma negociação paralela com a deputada Ângela Amin, candidata do PP ao governo catarinense.
Ângela frequenta as pesquisas em primeiro lugar, à frente de Colombo. Além da corte que lhe fazem os tucanos, a deputada é assediada pelo PT.
O partido de Lula vai às urnas, em Santa Catarina, com a candidatura de Ideli Salvatti. Mas sonha com a abertura do palanque de Ângela para Dilma.
Parceiro de primeira hora de Serra, o DEM olha de esguelha para a aproximação do PSDB com Ângela. Cobra fidelidade.
Escrito por Josias de Souza
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