EVO, O PROTEGIDO DE LULA, DILMA, MARCO AURÉLIO E DIRCEU, CONTINUA A DIRIGIR ENTIDADE DE COCALEROS
A Rádio CBN entrevistou ontem a professora Jimena Costa, da Universidad Mayor, de La Paz, na Bolívia. Ela foi convidada a falar sobre a afirmação do pré-candidato tucano, José Serra, que apontou uma obviedade: o governo boliviano é conivente com o tráfico de cocaína para o Brasil. Ontem, vocês viram que Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia e José Dirceu ficaram muito chateados com a afirmação de Serra e saíram em defesa do governo boliviano — na verdade, do aliado Evo Morales. Dilma até chegou a dizer que uma declaração como aquela não era “coisa de estadista”!!!
Pois bem. Leiam trechos do que disse Jimena Costa, que estuda o assunto. Conforme este blog vem informado, a produção da folha de coca, da pasta da coca e da cocaína refinada cresceu enormemente sob o governo Evo. E Jimena informa duas coisas que eu realmente não sabia — e me penitencio por isso:
1 - mesmo na Presidência da República, Evo Morales continua a liderar a entidade dos cocaleros;
2 - só 3% da produção de folhas de Chapare vai para o chamado uso tradicional: mascar. Os outros 97% se transformam em cocaína, a maioria “exportada” para o Brasil.
1 - mesmo na Presidência da República, Evo Morales continua a liderar a entidade dos cocaleros;
2 - só 3% da produção de folhas de Chapare vai para o chamado uso tradicional: mascar. Os outros 97% se transformam em cocaína, a maioria “exportada” para o Brasil.
Não obstante, o Babolorixá de Banânia lhe deu a Petrobras de presente, cedeu à chantagem no caso do preço do gás e molhou a sua administração com financiamento do BNDES. Ou seja: O BRASIL PAGA PARA, NA PRÁTICA, O GOVERNO DA BOLÍVIA METER COCAÍNA NO NOSSO TERRITÓRIO. Seguem trechos da entrevista:
AUMENTO DA PRODUÇÃO
Bom, é temerária acusação de que o governo é cúmplice do narcotráfico. O que acontece realmente na Bolívia é que não tem havido uma política séria para combater o narcotráfico.(…). Oficialmente, conhecemos, e esta é uma declaração tanto de quem dirige a unidade de luta contra o narcotráfico como da Organização das Nações Unidas, de que há 30% de aumento de produção de coca somente em Cochabamba, não se conhecem outras áreas. Mas há o aumento de produção da folha de coca. Sabemos que, hoje, na Bolívia, não somente se produz cocaína com a folha boliviana, mas também com a peruana. Se transformou em um centro de coleta e produção de cocaína.
Bom, é temerária acusação de que o governo é cúmplice do narcotráfico. O que acontece realmente na Bolívia é que não tem havido uma política séria para combater o narcotráfico.(…). Oficialmente, conhecemos, e esta é uma declaração tanto de quem dirige a unidade de luta contra o narcotráfico como da Organização das Nações Unidas, de que há 30% de aumento de produção de coca somente em Cochabamba, não se conhecem outras áreas. Mas há o aumento de produção da folha de coca. Sabemos que, hoje, na Bolívia, não somente se produz cocaína com a folha boliviana, mas também com a peruana. Se transformou em um centro de coleta e produção de cocaína.
EVO CONTINUA A LIDERAR ENTIDADE DE COCALEROS
O problema maior sempre é a ausência de números oficiais. E problema é que não há uma decisão de encarar o problema com seriedade. Em parte porque o presidente da República não renunciou ao cargo de secretário executivo da Federação de Cocaleros de Chapare.
O problema maior sempre é a ausência de números oficiais. E problema é que não há uma decisão de encarar o problema com seriedade. Em parte porque o presidente da República não renunciou ao cargo de secretário executivo da Federação de Cocaleros de Chapare.
SÓ 3% PARA MASCAR
Apenas 2% ou 3% da produção de folha de coca de Chapare vai ao mercado legal e segue para o consumo tradicional, o que implicaria que 97% vai para a produção de cocaína (…). A imprensa local nos mostra dados de que o problema do aumento da produção de cocaína na Bolívia é muito importante e que, ao mesmo tempo, por fazer parte do Movimento Cocalero, o presidente da República não pode abrir uma frente [de confronto] com a sua própria base. A erradicação não é séria. Ao contrario: tem aumentado oficialmente o número de áreas legais para a produção [folhas] de coca.
CONSUMO E PRODUÇÃO DE COCAÍNA SE ALASTRAM
Um problema muito profundo é também de aumento de consumo local, e creio que é uma das maiores dores de cabeça do governo boliviano, porque as notícias são semanais, e estamos chegando a um extremo. Durante este ano, uma comunidade inteira bloqueou caminhos e acelerou os conflitos, solicitando sua incorporação, sua anexação, a um município vizinho em que existe a autorização de produção de chá de coca. A comunidade disse que é mais rentável produzir coca do que produzir outra coisa (…). No ano passado, você viu a notícia de uma comunidade na qual todos os habitantes eram produtores de cocaína, colhiam coca e, em suas casas, produziam cocaína. Haviam mudado as técnicas: antes, eram todas de maceração. Com isso, supomos que são técnicas colombianas: com lavadoras de roupas e microondas para a cristalização. Quero dizer que há ai uma situação muito mais preocupante do que havia há cinco anos. E não estão tomando as medidas que realmente podem enfrentar o problema.
Um problema muito profundo é também de aumento de consumo local, e creio que é uma das maiores dores de cabeça do governo boliviano, porque as notícias são semanais, e estamos chegando a um extremo. Durante este ano, uma comunidade inteira bloqueou caminhos e acelerou os conflitos, solicitando sua incorporação, sua anexação, a um município vizinho em que existe a autorização de produção de chá de coca. A comunidade disse que é mais rentável produzir coca do que produzir outra coisa (…). No ano passado, você viu a notícia de uma comunidade na qual todos os habitantes eram produtores de cocaína, colhiam coca e, em suas casas, produziam cocaína. Haviam mudado as técnicas: antes, eram todas de maceração. Com isso, supomos que são técnicas colombianas: com lavadoras de roupas e microondas para a cristalização. Quero dizer que há ai uma situação muito mais preocupante do que havia há cinco anos. E não estão tomando as medidas que realmente podem enfrentar o problema.
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