Segunda, 21 de dezembro de 2009, 13h58 Atualizada às 14h39
Guerra: PT centra campanha em Lula por não confiar em Dilma
Marcela Rocha
A oposição está atenta ao crescimento de intenções de voto na pré-candidata petista, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reconhece o avanço da oponente, contudo avalia que, a partir de agora, os números "tendem a se acomodarem" porque "o conhecimento de Dilma se aproximou do conhecimento de José Serra (governador de São Paulo) pelo eleitorado".
Questionados pela pesquisa Datafolha - divulgada neste domingo, 20 - 93% dos entrevistados disseram conhecer o tucano José Serra. Enquanto 80% disseram o mesmo em relação à candidata de Lula. Em comparação a dados da última pesquisa, feita em agosto, a ministra reduziu de 19% para 14% sua diferença com o primeiro colocado. Foram ouvidas 2.500 pessoas, entre 14 e 18 deste mês, e a margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Para o presidente do PSDB, a pesquisa divulgada evidencia a necessidade de Lula nas campanhas do PT.
- As campanhas do PT só dão certo por conta de uma história que produziu Lula. Então é ele quem faz as campanhas darem certo. Isso acontece por conta da história política e social dele. Lula é uma síntese, é a história de alguém do povo que virou presidente da República.
A tática de campanha petista será comparar as gestões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com a atual. Sérgio Guerra alfineta o concorrente: "O PT fará essa comparação por não querer dar centralidade a sua candidata. Até porque, quem quer eleger sua candidata, dá centralidade. Se não dá, é porque não tem confiança nela".
Terra Magazine - Focando um pouco em São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) está bem à frente. Ele tem 50% ou mais das intenções de voto em todos os cenários em que aparece.
Sérgio Guerra - Em primeiro, a oposição foi batida. A principal liderança da oposição em São Paulo, Marta Suplicy (PT), foi severamente batida nas eleições municipais. Em segundo, o trabalho do PSDB em São Paulo é muito sólido. Então, no momento em que aparece o nome do Doutor Alckmin, aparece também um favoritismo consistente.
Sérgio Guerra - Em primeiro, a oposição foi batida. A principal liderança da oposição em São Paulo, Marta Suplicy (PT), foi severamente batida nas eleições municipais. Em segundo, o trabalho do PSDB em São Paulo é muito sólido. Então, no momento em que aparece o nome do Doutor Alckmin, aparece também um favoritismo consistente.
Ele é o candidato?
Isso eu não posso falar.
Isso eu não posso falar.
Em São Paulo, o PT pretende fazer uma campanha como fizeram em 2002 com Lula disputando o Planalto. Querem apresentar o discurso do "novo".
Não foi o PT que fez a campanha em 2002, né?
Não foi o PT que fez a campanha em 2002, né?
Como assim?
As campanhas do PT só dão certo por conta de uma história que produziu Lula. Então é ele quem faz as campanhas darem certo. Isso acontece por conta da história política e social dele. Lula é uma síntese, é a história de alguém do povo que virou presidente da República. É uma história única que não deve se repetir muitas vezes.
As campanhas do PT só dão certo por conta de uma história que produziu Lula. Então é ele quem faz as campanhas darem certo. Isso acontece por conta da história política e social dele. Lula é uma síntese, é a história de alguém do povo que virou presidente da República. É uma história única que não deve se repetir muitas vezes.
No cenário nacional, José Serra permanece nos mesmos patamares de intenção de voto e houve um crescimento da ministra Dilma Rousseff (PT). Isso preocupa o senhor? Lula brincou e disse que Serra é como o Corinthians, fica em primeiro lugar, mas não ganha...
Ganhou eleição para prefeito, governador e perdeu uma eleição presidencial para Lula. O crescimento de Dilma tem a ver com a exposição dela antes de a pesquisa ter sido feita e com o fato de Lula ter se atirado fortemente na campanha dela. Ele expôs a candidata, disse que ela era ele, o governo dele. Possível que esse número se acomode a partir de agora.
Ganhou eleição para prefeito, governador e perdeu uma eleição presidencial para Lula. O crescimento de Dilma tem a ver com a exposição dela antes de a pesquisa ter sido feita e com o fato de Lula ter se atirado fortemente na campanha dela. Ele expôs a candidata, disse que ela era ele, o governo dele. Possível que esse número se acomode a partir de agora.
Por quê?
Ciro Gomes (PSB), quando fez coisa parecida, também cresceu muito para depois recuar. Vamos esperar mais um pouco. Outro fator importante é que o conhecimento de Dilma se aproximou do conhecimento de Serra pelo eleitorado. É evidente que, quando aumenta o conhecimento, aumentam as intenções de voto. Mas o espaço para ficar mais conhecida já não é tão grande. Não vai mudar muito.
Ciro Gomes (PSB), quando fez coisa parecida, também cresceu muito para depois recuar. Vamos esperar mais um pouco. Outro fator importante é que o conhecimento de Dilma se aproximou do conhecimento de Serra pelo eleitorado. É evidente que, quando aumenta o conhecimento, aumentam as intenções de voto. Mas o espaço para ficar mais conhecida já não é tão grande. Não vai mudar muito.
Mas os petistas acreditam que Dilma tem maior inserção na camada mais pobre do que teria Serra. Como o PSDB pretende trabalhar essa inserção?
Não concordo com isso. O problema é que o PT não pensa em Dilma, pensa no Lula. Sempre quando o PT pensa em eleições, pensa no Lula, não consegue pensar em outra coisa. Dilma não precisa ser colocada em um debate para se dar mal. Quando ela fala, ela se dá mal. O PT quer esconder a própria candidata.
Não concordo com isso. O problema é que o PT não pensa em Dilma, pensa no Lula. Sempre quando o PT pensa em eleições, pensa no Lula, não consegue pensar em outra coisa. Dilma não precisa ser colocada em um debate para se dar mal. Quando ela fala, ela se dá mal. O PT quer esconder a própria candidata.
O PT pretende centrar a campanha em comparações entre as gestões FHC e Lula. Como o PSDB reagirá?
O PT fará essa comparação por não querer dar centralidade a sua candidata. Até porque quem quer eleger sua candidata, dá centralidade. Se não dá, é porque não tem confiança nela.
O PT fará essa comparação por não querer dar centralidade a sua candidata. Até porque quem quer eleger sua candidata, dá centralidade. Se não dá, é porque não tem confiança nela.
Terra Magazine
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