23/12/2009 - 11h53
Plano C do Planalto para Ciro inclui ministério no governo Lula
da Folha Online
O plano C do Palácio do Planalto para o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) está o de não concorrer nem à Presidência nem ao Palácio dos Bandeirantes, voltando a ser ministro de Luiz Inácio Lula da Silva no último ano de governo, informa o "Painel" da Folha, editado porRenata Lo Prete
Ciro quer disputar a Presidência em 2010, mas a pré-candidata da base aliada é a ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil). O socialista resiste em disputar o governo de São Paulo representando os partidos da base, incluindo o PT, que tem seis pré-candidatos ao Palácio dos Bandeirantes: a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, os deputados federais Antonio Palocci e Arlindo Chinaglia, o prefeito de Osasco, Emídio de Sousa, o ministro Fernando Haddad (Educação) e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Na segunda-feira, Lula fez duras críticas à política adotada pelo Diretório do PT em São Paulo nos processos eleitorais. Em conversa informal com jornalistas, o presidente disse que o PT cometeu um "erro histórico" de sempre apresentar um novo nome petista para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes.
Segundo o presidente, esse fator desfavorece qualquer candidatura petista e ajuda na hegemonia do PSDB no comando da capital paulista. Lula recomendou que as lideranças do PT repensem a forma de compor aliança.
"O PT cometeu um erro histórico de não repetir candidato em São Paulo. Precisa ter noção que, antigamente, 30% ganhava eleição quando não tinha segundo turno. Isso aconteceu com Luiza Erundina em 1988. Mas como hoje você precisa de 50% mais 1 voto, o PT precisa perceber que precisa de aliado. Deve procurar os outros 20%, que não está dentro do PT", disse.
Segundo a coluna, ontem, o PT de São Paulo se dedicou, além de reclamar da bronca, a interpretar a mensagem do presidente.
Para alguns, Lula sinalizou que, na ausência de Ciro, o PT deveria ir de Aloizio Mercadante, que não fez feio no resultado final em 2006. Outros ponderam que, se o negócio é repetir, a opção poderia ser Marta Suplicy, candidata em 1998 e petista mais bem posta nas pesquisas.
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