Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Dutra diz que Ciro imobiliza PT


Terça, 22 de dezembro de 2009, 09h31

 

Eduardo Dutra: Indecisão de Ciro imobiliza PT em SP

Diego Salmen
Em entrevista a Terra Magazine, o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, fala sobre a dificuldade de quebrar a hegemonia tucana no Estado de São Paulo, governado há 15 anos pelo PSDB. Para ele, a situação dos petistas nas eleições de 2010 pode se agravar se não houver uma definição rápida de quem será o candidato da oposição no Estado.
"O PT está um pouco refém do calendário do Ciro", diz, em referência ao deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que recentemente transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo na tentativa de disputar o governo do Estado, apesar de negar publicamente que essa seja sua intenção. "Isso acaba imobilizando um pouco o PT, que não se afunila em torno de um nome".
Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, 21, mostra que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB)lideram com folga a corrida eleitoral ao governo do Estado paulista.
Com isso, o partido pode garantir em 2010 seu sexto mandato seguido no Estado - cuja gestão foi iniciada em 1995 pelo então governador Mário Covas.
"Ao mesmo tempo que essa permanência pode possibilitar um desejo de mudança mais forte, fez também com que o PSDB tenha espraiado seu poder por todo o Estado", avalia Dutra. "Não é uma situação fácil de resolver", admite.
Atualmente, o PT conta com seis pré-candidaturas ao Palácio dos Bandeirantes: Emídio de Souza, prefeito de Osasco; o ministro da Educação, Fernando Haddad; os deputado federais Antonio Palocci e Arlindo Chinaglia; o senador Eduardo Suplicy; e a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy.
"Se tivermos seis candidaturas, não temos nenhuma", lamenta o dirigente petista, cujo mandato à frente do partido se inicia a partir do ano que vem.
Confira a íntegra da entrevista:
Terra Magazine - Serra e Alckmin vem mantendo a hegemonia do PSDB em São Paulo, segundo dados da última pesquisa DataFolha. Como o senhor vê essa situação?
José Eduardo Dutra -
 Sem dúvida alguma São Paulo é a principal cidadela do PSDB, e a gente não tem conseguido superar isso. Mesmo nas eleições nacionais, temos tido uma dificuldade em São Paulo. Acho que o fato de o PSDB governar o Estado há tanto tempo acabou estabelecendo um poder mais arraiagado deles no Estado. Ao mesmo tempo que essa permanência pode possibilitar um desejo de mudança mais forte, fez também com que o PSDB tenha espraiado seu poder por todo o Estado. Não é uma situação fácil de resolver.

Eles devem ter méritos também para manter o poder em São Paulo por tanto tempo...
Claro, qualquer partido que fica tanto tempo assim no poder tem mérito. Agora, situações como essa acabam provocando também a chamada "fadiga de material".
Que seria?
Isso aconteceu em Porto Alegre com o PT (NR: cidade governada pelo PT entre 1989 e 2004). Nós governamos por muito tempo, e depois chegou um ponto em que a população quis experimentar outra coisa. Às vezes o fato de nós ainda não termos uma definição do quadro em São Paulo... Nós temos seis candidatos, e quem tem seis candidatos não tem nenhum. Essa indefinição do Ciro, se ele vai concorrer em São Paulo ou não... O fato é que o PT em São Paulo ainda não conseguiu se apresentar como alternativa real de poder ao PSDB.
O senhor mencionou a divisão e o excesso de pré-candidaturas...
É, quem tem seis pré-candidatos acaba não tendo nenhum. Quer dizer, o PT está um pouco refém do calendário do Ciro, porque ele, embora diga publicamente que é candidato à presidência da República, também não descarta a hipótese de se candidatar a governador. Isso acaba imobilizando um pouco o PT, que não se afunila em torno de um nome. O PT tem que se afunilar em torno de um nome e discutir com outros partidos a alternativa, e o Ciro tem que ser um nome a ser considerado. Não pode ter veto nem preconceito em relação a nenhum dos nomes que possam ser colocados pelo partido.
O próprio presidente Lula disse que o PT errou ao não repetir candidatos em São Paulo. Primeiro José Genoíno em 2002, depois Marta Suplicy em 2006, e agora essa indefinição...
Isso acaba não cristalizando uma alternativa. Nós temos qe reconhecer o mérito do PSDB conseguir governar todo esse período.
Até porque esse jogo eleitoral em São Paulo está subordinado à disputa presidencial, não?
Claro, tem que aguardar essa questão do Ciro. Nós queremos atrair o PSB para a aliança nacional. Isso significa o Ciro não ser candidato à presidente. Se ele não for, e se colocar como candidato ao governo de São Paulo, o PT tem que analisar isso com tranquilidade, não pode vetar. Eu não vejo nenhum problema em o PT apoiar o Ciro em São Paulo. Vai depender da boa vontade dele. Agora, já está chegando a hora de tomar uma decisão, né? Seja com Ciro, com o nome do PT, tem que afunilar em torno de um nome. É como eu falei: quem tem seis candidatos, não tem nenhum.
A discussão em torno de uma candidatura de Ciro não pode acabar aprofundando a divisão no PT do Estado? Um candidato "de fora" não irá melindrar a base petista em São Paulo?
Olha, é claro que, se o PT não tiver candidato próprio em São Paulo, será uma coisa inédita na história do partido. Naturalmente se espera que o PT tenha candidato. Mas a questão de lançar candidato, ou não, não pode ser um fetiche de partido nenhum. Tem que ver quais são as condições objetivas... O importante não é lançar candidato, é ter uma candidatura que venha a ser competitiva. Porque, na verdade, o PSDB hoje também não está numa situação tranquila; o nome mais forte é o do Alckmin, e todos nós sabemos que ele não é o nome dos sonhos do Serra.

Seria o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM)...
O Kassab ou o Aloysio Nunes Ferreira (NR: secretário da Casa Civil da gestão Serra). E o Aloysio, em relação aos outros (Kassab e Alckmin), tem o mesmo percentual (de intenções de voto). Essa talvez seja a oportunidade para a gente acabar com o domínio do PSDB: essa situação de indenfinição entre os candidatos tucanos. O nome natural seria o do Alckmin, que é o mais forte, mas nós sabemos que não é o nome dos sonhos do Serra, e isso pode também gerar uma instabilidade dentro do PSDB. Mas eu acho que nós não temos que nos preocupar com os adversários; temos que decidir qual vai ser a candidatura da oposição em São Paulo. Se vai ser o PT, o PSB, tem que afunilar em torno de um nome só.
Sim...
Pelo que eu tenho conversado com as lideranças de São Paulo, hoje eu vejo possibilidade de se aprovar essa aliança dentro do PT de São Paulo (para o lançamento da candidatura Ciro Gomes no Estado). Mas o fundamental é que haja a decisão logo.
Terra Magazine

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