Os sonhos não envelhecem
Autor(es): Marcio Vieira Muniz |
Jornal do Brasil - 29/12/2009 |
Sempre que um novo ano acontece, pomo-nos a refletir sobre nossas vidas. A vida pessoal, familiar, profissional e até a política. No Brasil, parte da população tem o hábito de criticar os políticos, generalizando, ofendendo quem merece e atingindo de raspão quem não está incluído no desvio de conduta. – Separar o trigo do joio é preciso. Quando o povo substituiu o professor, consagrado mundo afora, Fernando Henrique Cardoso, pelo operário, líder sindical, optou por grandes mudanças. Esperança de atitudes revolucionárias e modificações estruturais sensíveis. O tempo passou e, ao completar sete anos no governo, avanços são notados, principalmente no relacionamento internacional e na distribuição de “vales”. Muitas dessas ajudas aplicadas com correção; outras, porém, eleitoreiramente, demagogicamente. Lamentável mesmo é o que não foi feito nos sete anos de governo. Valores desanimadores para os salários de médicos mais antigos e demais profissionais do Ministério da Saúde, bem diferentes dos recebidos por outros servidores de outras áreas . Emergências sem profissionais e resolutividade adequadas. Clamor diário por vagas para exames, consultas especializadas e internações e muito mais. Pelo que ouvimos das lutas do passado do então líder sindical Lula da Silva, bastava aplicar em seu governo tudo aquilo que tanto reivindicou dos outros presidentes, que, certamente, aqui seria a filial do paraíso. O assistencialismo não pode substituir a oportunidade de trabalhar e produzir de cada cidadão, ganhando cada um seu próprio sustento, conquistando seus próprios recursos e não permitindo que se crie uma categoria de acomodados com a situação oferecida. A propalada e reivindicada distribuição de renda, presente nos discursos dos anos 80, precisa ser desenvolvida com oportunidades de trabalho. Estradas reformadas e duplicadas poderiam gerar empregos. Aumento das linhas de trem pelo Brasil. Hospitais, à semelhança do Fundão-UFRJ, jamais poderiam estar sucateados, como se apresentam atualmente. A distribuição da população por nosso amplo território nacional, com oportunidades concretas, poderia desafogar os grandes centros urbanos, estimulando o De Volta para Casa, com dignidade e qualidade de vida. Não se devem negar as qualidades do presidente, seu progresso pessoal, mas é preciso coerência entre o discurso e a prática, entre as promessas e bandeiras do passado e a realidade administrativa. – Quando poderíamos imaginar o Lula da Silva com 72% de aprovação, alinhado com o Sarney e o Collor ? Arrancaram o Collor do poder com marchas, caras-pintadas, quase no sopapo. Recentemente, reeleito pelo povo, volta o falso caçador de marajás, junto com seu amigo Renan, fazendo parte da base de apoio do atual presidente. Tudo isso muito pouco debatido pela comunicação nacional, mutante e curiosa. Se em determinados momentos tentam elevar o presidente atual à categoria de quase-deus, também sabemos que Deus é insubstituível e insuperável. Deus não tem sucessor. Deus é Deus. Sendo assim, torcemos muito para que nossa gente não desanime nem desista da importância de votar e bem em 2010, escolhendo os melhores possíveis. É preciso alguém com coragem de reformular os poderes para agilizar as ações em favor de nossa população. O Brasil merece mais do que a pequenez da mente de poucos em detrimento do coração carinhoso e valente da grande maioria de nossa gente. “Os sonhos não envelhecem”. Marcio Vieira Muniz é titular da Academia Brasileira de Medicina Militar. |
FIQUEI HONRADO COM INCLUSÃO DO MEU COMENTÁRIO PUBLICADO PELO QUERIDO JB E REPRODUZIDO AQUI.
ResponderExcluirPROCURO CONTRIBUIR COM PALAVRAS E ATITUDES PARA MELHORAR MEU BRASIL, PARA TODOS.
FELIZ 2010 !
marcio vieira muniz
marciovieiramuniz@hotmail.com