Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Serra é mais preparado e mudará para melhor


César Augusto Machado de Sousa

O que muda se Serra suceder Lula?

29/12/09

Com a aproximação de 2010, o cenário político nacional vai se tornando cada vez mais interessante e é inevitável ponderar sobre os possíveis rumos que o País pode tomar dependendo de como serão contornadas as coligações e de que nomes serão os escolhidos do eleitorado. 

Aécio Neves abandonou a corrida ao ser claro que é a vez de José Serra. O governador de São Paulo, que já se destacava nas pesquisas de opinião tem agora a chance de avançar mais na preferência do brasileiro. Na verdade, este é um indicativo de que a mensagem da necessidade de alternância dos grupos no poder se consolida na cabeça do eleitor. Se você acompanha esta coluna, sabe que venho defendendo que só esta alternância mantém a democracia viva e vibrante.



Pois bem, mas se Serra ganhar, o que acontece ao ótimo trabalho que Lula vem fazendo quanto a condução das políticas econômicas, quanto a distribuição de renda e justiça social, quanto aos projetos de desenvolvimento já traçados para o país? Lembro de uma atriz, que durante a campanha de 2002, dizia ter medo de uma possível vitória de Lula, como se a mudança do governo e a subida do PT ao poder fossem significar uma reviravolta.

A história recente comprova que o governo Lula se encarregou de consolidar as bases lançadas pelo tucano Fernando Henrique Cardoso. Não houve nenhuma guinada política e econômica. Não se pode esquecer que o alicerce para uma economia que hoje se gaba de resistir as crises, foi lançado com o Plano Real e que as primeiras febres da moeda foram acompanhadas por outros pais. Da mesma forma, os primeiros passos em busca de uma efetiva política social foram dados ainda antes do PT chegar ao Planalto. Os genéricos do então ministro da saúde, José Serra, é um exemplo claro de uma tendência a quebrar as históricas vantagens do Capital em benefício do trabalhador e dos mais carentes.

Pois agora, não acredito em diferenças maiores. Vai tudo muito bem com o país e ninguém tirará essa locomotiva acelerada dos trilhos já estabelecidos, mesmo porque, o grande oponente dos planos de Lula, traz a mesma origem e o mesmo DNA do presidente.

Serra é tão de esquerda quanto Lula. Os dois despontaram na história do país na defesa da mesma bandeira: a democracia, a justiça social, a liberdade e o desenvolvimento do nosso povo. Uma diferença que vejo nos dois perfis é que José Serra é intelectualizado, valorizou ou conhecimento e o estudo e que essa não foi a prioridade de Lula — que também não precisou disso para se tornar o homem do ano na opinião dos jornais europeus e de renomados chefes de Estado.



Com o conhecimento que tem, José Serra não se deixa confundir com o canto da sereia do populismo que tem avançado nos países da América Latina. O grupo que o apoia dificilmente invocaria o discurso de conservação do poder pelo bem da pátria, diferente de alguns segmentos mais radicais do atual governo que se aproximam e demonstram apoiar o que acontece na Venezuela, na Bolívia, e que não se incomodaram com a embaixada em Honduras transformada em albergue de gente de ideologia duvidosa.

Talvez esse aspecto seja o único que se possa apresentar como diferença entre a política de Lula e a que poderia ser adotada por Serra caso ele chegue à presidência. As duas personalidades tem em comum a disputa travada pelo cargo e por isso, veríamos um José Serra mais amadurecido ao posto, tanto quanto o foi o Lula de 2002.

Tenho lido a respeito da negociação para que Marina Silva seja o nome à vice-presidência de uma chapa liderada pelo tucano. Arrisco-me a dizer, depois de pensar nessa mistura, que uma aliança como essa sepultaria de vez as chances da ministra Dilma ser eleita. Explico: há nessa potencial combinação elementos para conquistar a confiança da elite formadora de opinião, dos ambientalistas que não se agradam de Dilma, dos mais pobres que manteriam no governo alguém em quem se espelhar, dos mais jovens que teriam um progressista, social-democrata e uma articuladora do desenvolvimento sustentável reconhecida internacionalmente trabalhando juntos para criar oportunidades e estímulos ao empreendedorismo responsável. Os mais conservadores poderiam se sentir confortáveis, tanto quanto os movimentos populares que teriam na possível vice-presidente uma apoiadora.

É interessante considerar que com uma vitória dessa suposta aliança Serra-Marina Lula não sairia de todo derrotado, mesmo não sendo apoiador dessa ideia. Essa combinação daria as mesmas garantias de conservação das metas e políticas públicas do governo, e manteria na liderança do país pessoas que tem a mesma imagem da esquerda  brasileira que lutou contra a ditadura, e do sobrevivente que se supera e avança contra toda resistência.

Na verdade, confirmada essa tendência e mantida a ascensão nas pesquisas de opinião, o que pode acontecer é Lula trocar com o PSDB os governo do país pelo de São Paulo. Não sei se Geraldo Alckmin terá força para resistir ao PT paulista se não tiver uma rede de apoio forte. Por outro lado, se Lula e o PT insistirem numa candidatura de Dilma, podem estar entregando a eleição no bico dos tucanos. Quem sabe não é um trato?


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.