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Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Datafolha confirma que crescimento de Dilma foi transferência de Heloisa Helena


MATE A COBRA E MOSTRE A COBRA - DIRETOR DO DATAFOLHA CONFIRMA ANÁLISE FEITA AQUI

Blog Reinaldo Azevedo  terça-feira, 22 de dezembro de 2009 | 6:59
No domingo, a Folha publicou uma pesquisa Datafolha com a seguinte manchete: “Cai diferença entre Dilma e Serra”. Apontei: “essa leitura está errada”. E por que o fiz? Poque o jornal comparava o cenário de agora, sem a participação de Heloísa Helena, com o de agosto, quando ela estava na disputa. Naquele mês, Dilma tinha 17% dos votos — agora, 23%. Serra tinha 36% — 37% agora. Relembremos a tabela dos dois levantamentos.
CandidatosEm agostoEm dezembroVariação
Serra
36%
37%
+ 1 ponto
Dilma
17%
23%
+ 6 pontos
Ciro
14%
13%
- 1 ponto
H.Helena
12%
ESTÁ FORA
ESTÁ FORA
Marina
3%
8%
+ 5 pontos
Bc/Nulo
11%
9%
- 2 pontos
Não sabe
7%
10%
+ 3 pontos
Ora, se Heloisa Helena, que tinha 12 pontos, desapareceu do levantamento porque já anunciara que não seria candidata, é preciso ver, então, o que aconteceu com seus votos. E o que escreveu este “não especialista” em pesquisas? Isto:
Observem que a variação de brancos/nulos-não sabe é pequena: de 18% para 19%. Com a saída de Heloísa Helena da disputa, Marina Silva também herdou consideráveis 5 pontos. E Dilma foi a maior beneficiária, ficando com seis. E esse é um movimento absolutamente explicável, já que o eleitorado da ex-senadora do PSOL é ideológico, assumidamente de esquerda. O esperado é que se dividisse mesmo entre Marina - com quem o PSOL vem flertando - e Dilma, considerada, certamente, por boa parte dos eleitores de Heloísa Helena como a candidata de “esquerda” que pode derrotar a “direita”. Observem que não estou contestando os números. Em princípio, acho que o Datafolha foi às ruas e colheu aquele resultado mesmo. MAS DIZER QUE DIMINUIU A DIFERENÇA, LAMENTO, É FAZER MAU JORNALISMO E INCORRER NUMA INCORREÇÃO TÉCNICA INEXPLICÁVEL. No site do Datafolha, há textos sustentando que isso é ERRADO.

“Ah, está gritando porque Dilma cresceu!” É mesmo? A questão óbvia é esta: sem Heloísa Helena, quem pode saber quantos votos teria Dilma em agosto? Pode ser até que já tivesse 23% há quatro meses — teria sido uma grande ascensão à época, sem dúvida. Mas, agora, haveria uma estagnação. Não obstante, a comparação entre cenários distintos permanece nos textos de “analistas” da Folha e de outros jornais.

Leio o seguinte hoje na coluna de Fernando Barros e Silva, na Folha de hoje:
“Entre a pesquisa Datafolha de meados de agosto e a publicada anteontem, Dilma Rousseff (PT) aparece, no cenário mais provável, com sete pontos a mais: tinha 16%, agora tem 23%. Marina Silva (PV) também ganhou cinco pontos entre uma pesquisa e outra: tinha 3%, passou a contar com 8%.
Os 12 pontos que, juntas, Dilma e Marina ganharam são os mesmos 12% que Heloísa Helena tinha em agosto. Ela foi retirada da pesquisa atual porque anunciou que pretende disputar o Senado -o PSOL, seu partido, negocia apoio a Marina.
Como Serra (PSDB) ficou onde estava, na casa dos 37%, e Ciro (PSB) oscilou dois pontos negativamente, pode-se dizer que Dilma e Marina herdaram os votos de HH. É o que pensa, por exemplo, o diretor do Datafolha, Mauro Paulino.

Então Mauro Paulino, do Datafolha, está dizendo que a minha análise estava mesmo correta, certo? E se está certo o que ambos dizemos, a manchete da Folha estava mesmo errada.
Mauro Paulino é um profissional da área e sabe que, para sustentar que “cai a diferença”, seria preciso saber de quanto era a diferença em agosto sem Heloisa Helena. E isso ninguém sabe nem vai saber porque tal cenário não foi testado.
Que importância tem isso? Alguma importância tem. Jornais têm de ler pesquisas direito. De resto, quando erro, admito meu erro. Quando acerto, admito o meu acerto. E eu sou esquisito: prefiro estar certo a estar errado.
O e-mail do Datafolha está aqui se vocês quiserem tirar alguma dúvida e perguntar se o instituto endossa a leitura feita pelo jornal.
PS — “Ah, mas você não acha que a Dilma pode estar em crescimento?” Se a lógica existe, acho que sim. Mas o que isso tem a ver com a leitura errada de uma pesquisa?

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