TARSO GENRO E LULA!
1. Um dos primeiros líderes sindicais com dimensão nacional que fez dobradinha com Lula foi Olivio Dutra -sindicato dos bancários do Rio Grande do Sul. Em documentário político na época da redemocratização, os dois apareceram falando ao telefone entre RS e SP, trocando ideias sobre o período. Fez sucesso. Um exemplo dessa proximidade foi a indicação de Dilma por Olivio para o ministério de Minas e Energia.
2. Quando Lula precisou do ministério das Cidades para compor a "base aliada", Olivio saiu e nem ruído se ouviu de seu desprendimento.
3. Em 2002 houve um momento de fricção entre Lula e Tarso Genro. Olivio Dutra era governador do RS e disputaria a reeleição. Surpreendentemente, Tarso Genro se apresentou à Convenção. Venceu a Olivio e foi ele -Tarso- o candidato do PT. Foi e perdeu. Lula esbravejou: tanto antes quando Tarso disputou com o governador Olivio, como quando perdeu a eleição.
4. Mesmo sendo Tarso um dos quadros mais qualificados do PT, Lula o vetou para seu primeiro ministério. Foi nomeado coordenador de um salazarista e, depois, inócuo, a conselho de desenvolvimento econômico. Só quando as feridas curaram e a pedido de muitos, Lula nomeou Tarso para Ministro da Educação e depois o transferiu para a Justiça. Recentemente Tarso ofereceu seu nome para o STF. Foi vetado.
5. Agora Lula precisava de novo de Tarso Genro no RS para compor com o PMDB. O apoio do PT ao PMDB do RS -pelos votos, popularidade do candidato e tempo de TV- transformaria a candidatura do PMDB em franca favorita. E mitigaria a vantagem que a candidatura a presidente da oposição tem no RS.
6. Se Tarso Genro desse esse exemplo, a resistência dos "companheiros e companheiras" do PT gaúcho seria minimizada. Mas não foi assim. Tarso bateu o pé e afirmou sua candidatura ao governo do RS. Lula, em campanha, não vai magoar o PMDB de lá. Ou se preferir: Lula não vai se meter na campanha gaúcha, exceção a uma focalização segmentada a Dilma.
7. Se Tarso e Dilma perderem no RS, as relações ficarão desgastadas. Se Tarso ganhar e Dilma perder, mais ainda. Se Dilma ganhar a eleição presidencial e Tarso perder, no próximo governo nacional do PT, Tarso será nomeado para adido cultural da embaixada brasileira na Guiné Bissau, Iraque, ou Afeganistão.
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