Razões do Blog


Este blog foi criado para apoiar a candidatura de José Serra à presidência do Brasil, por entendermos ser o candidato mais preparado, em todos os aspectos pessoais, políticos e administrativos. Infelizmente o governo assistencialista de Lula e a sua grande popularidade elegeram Dilma Rousseff.
Como discordamos totalmente da ideologia e dos métodos do PT, calcados em estatismo, corporativismo, aparelhamento, autoritarismo, corrupção, etc., o blog passou a ser um veículo de oposição ao governo petista. Sugestões e comentários poderão ser enviados para o email pblcefor@yahoo.com.br .

domingo, 20 de junho de 2010

Vitória de Serra em SC

PMDB SEM CANDIDATO

A conversa definitiva

O acerto da tríplice aliança começou a ser desenhado no dia 1° de junho, quando Pinho Moreira, Colombo, Pavan e Luiz Henrique se reuniram com José Serra, na capital paulista. Na ocasião, diante do impasse da tríplice aliança e da vontade de Serra em ter palanque único no Estado, Pavan garantiu que se Pinho Moreira e Colombo se acertassem, ele não seria um empecilho.

Desde aquela data, os dois passaram a ter conversas frequentes. Para evitar pressões e interferências, mantiveram os encontros em sigilo e adotaram a estratégia de deixar transparecer que os diálogos não avançavam.

Na semana que antecedeu as convenções nacionais, os dois perceberam que o tempo se esgotava e anunciaram que segunda-feira, dia 14, teriam uma definição. Como combinado, no domingo voltaram a se encontrar no apartamento de Pinho Moreira, no Centro de Florianópolis.

O ex-pré-candidato do PMDB diz que começou a conversa disposto a dizer “não” e manter o projeto. Mas, ao longo de 16 horas de discussões, foi se convencendo, ponto a ponto, que o melhor seria recuar e decidir abandonar a candidatura.

– Para disputar como candidato teria que buscar uma coligação que aumentasse o tempo de televisão. Mas o PMDB acabou isolado, com o DEM fechado com PPS, PTB e PSC; o PP negociando com o PDT e o PT acordado com PR, PRB, PSB e PCdoB. Sem apoio e apenas com dois minutos na televisão seria muito difícil levar uma campanha adiante – afirma.

Foram apresentadas novas pesquisas internas que mostravam Colombo à frente nas intenções de voto e com o menor potencial de rejeição. Além disso, levando adiante uma candidatura-solo, ele temia que o partido não conseguisse repetir o desempenho nas eleições proporcionais e visse diminuir as bancadas.

Por fim, considerou ainda que, como candidato, arcaria com o peso de oito anos no governo, representando a continuidade e assumindo sozinho os desgastes, enquanto Colombo poderia colar a imagem somente nas realizações administrativas.

Já de madrugada, Pinho Moreira suspendeu a reunião e pediu tempo para pensar. Consultou a família e recebeu o apoio para que tomasse a decisão que avaliasse ser a melhor. No início da manhã, voltou a se encontrar com Colombo e comunicou a retirada da candidatura. O que aconteceu depois, todos já sabem.

Os dois foram à Casa d’Agronômica, residência oficial do governador, informaram a Pavan e, depois, seguiram à Assembleia Legislativa para o anúncio oficial. A decisão causou polêmicas, reações fortes e alimenta as mais variadas especulações no meio político, como a de que a demora na reedição da tríplice aliança foi uma jogada maquiavelicamente ensaiada para evitar um acerto prévio entre PT e PP, construindo um palanque forte para Dilma Rousseff. Pinho Moreira nega.


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