DE SÃO PAULO
Nos 28 minutos de discurso no evento que a oficializou como candidata à reeleição, Yeda Crusius (PSDB) exaltou o fim do deficit das contas do governo, mas não citou o presidenciável tucano. Indagada, disse que foi um lapso. "É tão claro o nosso apoio e o trabalho que vamos fazer para elegê-lo que é dispensável dizer."
Yeda terá como companheiro de chapa o deputado estadual Berfran Rosado (PPS). A aliança é composta por PSDB, PP, PPS e PRB e terá pelo menos quatro minutos e 20 segundos de tempo de televisão.
O anúncio de Berfran como vice é fruto de um acordo político que tirou o PP da vaga. O PP, partido que os tucanos desejavam na vice também da eleição presidencial, chegou a indicar nomes para compor a chapa com a governadora. As indicações não prosperaram porque Yeda vetou os nomes apresentados.
Berfran é um vice palatável para a tucana. Tem uma boa relação com a governadora e integrou o governo como secretário de Meio Ambiente. Yeda se impôs na escolha do vice temendo repetir o episódio do atual vice, Paulo Feijó (DEM), pivô da crise que por pouco não implodiu seu mandato.
O PP foi compensado pela perda da vaga de vice. A jornalista Ana Amélia Lemos (PP) deverá ser a única candidata ao Senado da aliança. O PPS vinha negociando apoio à pré-candidatura ao governo de Luis Augusto Lara (PTB).