Apoio a Dilma ainda divide PMDB e PDT no RS
Sérgio Bueno, de Porto Alegre |
Valor Econômico - 28/06/2010 |
Eleições: Convenção do PT, sem a ex-ministra da Casa Civil, confirmou Tarso Genro para a disputa estadual Até ontem à noite, um dia após a convenção que homologou a candidatura de José Fogaça ao governo do Rio Grande do Sul, o PMDB gaúcho não havia definido se permanecerá neutro na eleição presidencial ou apoiará a candidata do PT, Dilma Rousseff, conforme a orientação nacional do partido. Mesmo assim, a petista poderá contar com o PDT, aliado dos pemedebistas, para ter um segundo palanque no Estado. "Cada macaco no seu galho. Nosso apoio (na eleição presidencial) é para a Dilma. O PDT terá seu palanque e o PMDB, o dele", afirmou o deputado estadual pedetista Giovani Cherini, presidente da Assembleia Legislativa. Segundo ele, a campanha nacional terá "conotação" diferente da disputa estadual e a tendência é que os palanques separados se reproduzirão em regiões do interior do Estado onde os dois partidos são "rivais". Candidato a vice de Fogaça, o deputado federal Pompeo de Mattos, do PDT, disse que ainda é cedo para assegurar que o partido terá um palanque exclusivo para receber a candidata petista no Estado. Ele ainda tem esperança que o PMDB apoie Dilma. Caso isso não ocorra, defende um palanque pedetista para Dilma no Estado. Apesar de reunir quase 800 delegados na convenção de sábado, o PMDB deixou para a cúpula a responsabilidade de definir se o partido seguirá a aliança nacional com o PT na disputa pela Presidência. O assunto seria discutido ontem à noite em reunião fechada, junto com a possibilidade de inscrição de um segundo nome para a eleição ao Senado além do ex-governador Germano Rigotto. "O PMDB vai tomar sua decisão em seguida", limitou-se a afirmar Fogaça, durante a convenção. O presidente estadual do partido, senador Pedro Simon, não comentou o assunto, enquanto o deputado federal Eliseu Padilha afirmou que a posição da sigla estava "mais ou menos formatada". Mesmo com o crescimento de Dilma nas pesquisas, um dos motivos que empurra os pemedebistas para a neutralidade na disputa presidencial é a resistência de prefeitos e lideres do partido no interior em apoiar Dilma. O PT e o PSDB também fizeram suas convenções no fim de semana. Na sexta-feira, DEM e PTB confirmaram que não disputarão o Palácio Piratini nem apoiarão qualquer outro partido e irão se concentrar nas disputas legislativas. O PT homologou o ex-ministro da Justiça, Tarso Genro, como candidato a governador, com o vice Beto Grill, do PSB. Os candidatos ao Senado serão o atual senador Paulo Paim, do PT, e Abigail Pereira, do PCdoB. Para não azedar as relações com o PMDB, Dilma não foi à convenção, mas em carta afirmou que "no Rio Grande do Sul o povo já percebe que Tarso Genro representa (o presidente) Lula". O partido concorre no Estado coligado também com PR, PRTB e PPL. Já o PSDB confirmou a governadora Yeda Crusius como candidata à reeleição, com o deputado estadual Berfran Rosado, do PPS, como vice, e a jornalista Ana Amélia Lemos, do PP, como postulante única ao Senado, numa chapa que inclui ainda o PRB, o PHS, o PTN, o PSC e o PTdoB. Os demais candidatos ao governo gaúcho são Pedro Ruas (PSOL), Montserrat Martins (PV), Aroldo Medina (PRP), Júlio Flores (PSTU), Humberto Carvalho (PCB) e Carlos Schneider (PMN). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.